Eu, sempre preguiçosa e tentando evitar a fadiga, sempre acreditei que com o tempo essas questões iriam embora e eu não precisaria me dar ao trabalho de mexer com elas. São sempre coisas que demandam muita energia e paciência...
Por um lado, estou certa. Com o tempo as questões e as pessoas se vão... Mas, minha mãe estava mais certa ainda: elas sempre voltam.
Hoje, um lindo domingo sem sol, resolvi ir ao cinema aproveitar minha tarde. Fui tranquila e contente... e não é que dou de cara com uma das minhas questões até então deixada de lado.
Dei de cara, literalmente, com um ser humano que eu não via há algum tempo. E que eu não estava com muita vontade de encontrar. Pior é que não tinha nem como fingir que não vi...
Cumprimentei o cidadão, rolou aquele clima estranho de "não temos mais nada para conversar depois de tanto tempo", perguntei como estava a vida dele, o amigo dele chegou em seguida e ele saiu andando para o lado oposto.
Nossa! Fiquei sem rumo. Comprei meu ingresso, saí do cinema e fiquei uns 30 minutos vagando pela rua. Foi péssimo.
Mas, pensando em tudo que aconteceu, relembrando e tentando digerir novamente, acho que posso me libertar da culpa que tenho carregado comigo por tê-lo chateado. Olhando o todo de longe hoje, acho que ele mereceu sim o que ouviu. Não contei nenhuma mentira, falei o que falei para me proteger, porque ele estava tentando me magoar e eu já estava ferida demais para lidar com aquilo naquele momento.
Ok. Passou. E espero não tê-lo que encontrar mais.
No fim, me deliciei com "Vicky Cristina Barcelona". E me senti melhor ainda com meu novo "insight". Adoro minha liberdade, meu jeito meio doido de lidar com a vida e com as pessoas, não gosto de rótulos nem de convenções (apesar de por vezes tentar me incluir nas convenções e grudar rótulos na minha própria testa). Adoro ser eu anyway!
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