domingo, 29 de agosto de 2004

Madrugada de sábado para domingo... e eu aqui, acordada feito uma coruja.
Vim da casa do meu pai hoje porque, além de não aguentar mais aquele lugar, tinha esperanças que minha amiga ia me ligar para combinarmos nosso passeio de amanhã... mas ela não se manifestou mais... vou acabar ficando em casa mofando, só pra variar.
Cheguei, jantei, passei na locadora e peguei "Dogville" para assistir com o pessoal que mora comigo.
Quando estava no meio da longuíssima coleção de trailers de filmes horríveis, uma amiga me ligou. Ela estava angústiada (para não dizer desesperada) por causa de um e-mail que eu tinha mandado para ela (nesse meu estado, agora constante, de estafa total, já não tenho muita noção do que faço). Como sou burra! Por que fiz isso com ela?
Tentei tranquilizá-la mas foi em vão. Escrevi outro e-mail me desculpando e espero que ela só leia na segunda-feira (gostaria muito que, no domingo, ela se mantivesse afastada do computador, "fonte" do problema, acho que isso faria melhor a ela do que apenas ler minhas desculpas).

Assisti ao filme, aliás, que filme é esse???! Que profundidade... muito pesado. E a frase que emiti no final: "acho que isso é representativo do mundo, a maioria das pessoas são assim, como os moradores dessa cidade e as excessões são as que mais sofrem, que acabam em coleiras". Muitíssimo triste. Realidade!

sábado, 21 de agosto de 2004

Que semana foi essa???
Quanto estresse! Quanta correria!!
Na quinta-feira entrei em estafa total. Surtei completamente. Eu tinha corrido o dia todo para fazer uma entrevista à noite (para uma matéria do jornal da faculdade) e, além de na última hora, várias coisas terem saído erradas, depois da entrevista descobri que a porcaria do meu gravador tinha parado de funcionar. Ou seja, foram gravados apensa os primeiros 15 minutos de uma entrevista de 1h30. Quase enlouqueci porque a matéria tem que estar pronta na segunda-feira, eu tenho péssima memória e ainda não teria como transcrever a entrevista como tínhamos pensado inicialmente.
Na sexta, tive que acordar às 6h para receber um amigo de Curitiba que queria conhecer a faculdade e fiquei até às 14h passeando com ele pela faculdade e pelo hospital. Quase morri de cansaço. Depois, sentei na frente do computador para tentar reestruturar a matéria e transcrever o pouco que tinha gravado. Trash! Eu mal conseguia raciocinar. As pessoas falavam comigo e eu respondia "ah, tá" sem nem ter ouvido.
Até que uma amiga me ligou. Contei para ela o que tinha acontecido e ela me deu bronca "Tá fazendo o que aí, então, vai para casa, dorme bastante e depois, quando você estiver descansada você reenicia o trabalho". Eu nem pensei duas vezes. Considerei que ela estava em melhores condições de decidir o que fazer e fui para casa.
Dormi das 16h30 até às 6h30 da manhã seguinte! Direto!!! Eu estava mesmo precisando descansar.
Mas logo que levantei já fui direto para o computador, para a minha matéria que vai ter que sair ótima!

Até agora a pouco eu estava trabalhando nela. Até que estou indo bem. Mas agora vou voltar para casa (estou na faculdade, na solidão desse enorme prédio vazio), descansar um pouco, comer e depois retomo a produção.
Espero que eu consiga terminar tudo antes de entrar em curto-circuito total... e, de preferência, dentro do prazo.

Por que que eu entro em tanta "roubada"???

quarta-feira, 18 de agosto de 2004

Deus existe mesmo!

Foi incrível o que me aconteceu hoje. Eu estava muito mal, por causa de um problema sério de uma amiga (eu tenho o péssimo costume de me envolver com o problema das pessoas e me dar mal). Estava desesperada, sem saber o que fazer.

Fiquei com outros amigos passando o tempo, tentei ajudar a arrumar uns sites, queria me distrair, queria pensar em outras coisas mas era impossível esquecer o desespero que vi naqueles olhinhos lindos...
Fui andar um pouco, encontrei uma roda de amigos e parei para conversar. Aos poucos eles foram saindo e acabou que ficamos apenas a R* e eu. Ela percebeu que eu estava mal, perguntou o que tinha acontecido. Eu expliquei que não podia contar, que não era um problema meu e que era uma coisa muito séria, que ninguém poderia saber.
Nisso, alguém toca meu ombro. Olhei, era o E*. Ele é um fofo, mora na casa comigo. Ele olhou para mim e disse "vamos lá na sala X?". Nossa! Não acreditei. Senti na hora que ele, sem saber, resolveria parte do meu problema.
Subimos... e não é que deu certo?!! O problema em si não foi resolvido, óbvio! Mas ele conseguiu dar uma aliviada fantástica. Foi na hora exata!
Ele me falou depois que nem era para ele ter ido à faculdade, mas, sabe-se lá porque ele acabou indo, nos encontramos (é raríssimo a gente se encontrar de dia) e ele foi fantástico.

Depois, fomos almoçar e eu dizia e repetia a ele: "Foi Deus que te mandou", "Com certeza, foi Deus que te mandou". Ele olhava com aquela cara de interrogação e dizia "Tá, então! Que bom!". É bom quando as coisas acontecem assim, né? Me sinto cuidada, me sinto mais otimista, acrditando que nunca tudo está perdido.

Detalhe: para quem não me conhece direito, eu não sou nem um pouco religiosa. Inclusive mais critico do que qualquer outra coisa, mas a cada dia acredito mais que Deus existe e acho que ele deve gostar pelo menos um pouquinho de mim...


sexta-feira, 13 de agosto de 2004

Fico Assim Sem Você

Claudinho e Buchecha

Avião sem asa, fogueira sem brasa
Sou eu assim sem você
Futebol sem bola. Piu-Piu sem Frajola
Sou eu assim sem você

Por que é que tem que ser assim?
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil alto-falantes
Vão poder falar por mim

Amor sem beijinho,
Buchecha sem Claudinho
Sou eu assim sem você
Circo sem palhaço, namoro sem abraço
Sou eu assim sem você

To louco pra te ver chegar
To louco pra te ter nas mãos
Deitar no teu abraço, retomar o pedaço
Que falta no meu coração
Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo

Neném sem chupeta, Romeu sem Julieta
Sou eu assim sem você
Carro sem estrada, queijo sem goiabada
Sou eu assim sem você

Por que é que tem que ser assim?
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil alto-falantes vão poder falar por mim
Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo
Por que?







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terça-feira, 10 de agosto de 2004

Muitíssimo feliz novamente!!!
Acabo de receber 2 e-mails de 2 pessoas muito especiais e a promessa de mais um, diretamente de Minas (estou esperando, todos os dias!, viu, irmãzinha?).

Como sou instável (e exigente), não?
Acabo de ter uma séria crise de baixa auto-estima. Quantas crises para uma pessoinha só...
Cheguei ao ponto de duvidar de uma amizade tão grande e tão intensa simplesmente por causa de uma frase que ela escreveu.
É uma frase bonita, pública, que cita a mim como uma pessoa carinhosa e empenhada... Eu deveria ter ficado feliz ao ler, mas, simplesmente comecei a pensar "é só isso que ela acha de mim, ela significa tanto para mim e eu sou apenas isso para ela?". Ridículo da minha parte!

Comecei a escrever um post horrível sobre o assunto (blog, blog, meu bloguinho... minha terapia, meus óculos) e, assim, comecei a pensar. Decidi, então, fazer um exercício interessante: escrever um texto parecido com o que ela fez, falando das pessoas que são especiais para mim... Escrevi dos "mais mais", entre eles, essa amiga, lógico. E não é que a citei apenas como alguém que "está a meu lado, com seus olhinhos sempre atentos"... Depois que li, veio a luz. É óbvio que não é apenas assim que a vejo, não é só isso que ela tem de importante para mim, mas na hora foi isso que veio, é o que mais marca.
Eu devia é estar muuuuito feliz por ela ter me citado, por ela ter lembrado de mim. Quando tentei lembrar de todas as pessoas que são importantes para mim, inicialmente saíram 10 nomes (sem contar minha família). Aí passei para outro tópico, comecei a escrever sobre outras coisas e fui lembrando de mais um monte de gente que é importante e que eu não citaria pois esqueceria, porque não caberia. Além disso, uma das primeiras coisas que percebi quando li seu texto, é que ela não citou a I., uma grande amiga dela, alguém bastante importante na jornada em questão... que coisa, não?

Vivendo, caindo, levantando, sorrindo e aprendendo.
O que seria de mim sem esse meu cantinho virtual? Como consegui sobreviver sem ele esses meses todos?
Não sei mexer mais no blog...
Tentei um monte de vezes editar o texto anterior e não consigo... não sei mais como fazer.

Queria aproveitar a oportunidade para agradecer ao Mário por todas as mensagens de apoio e motivação. Acho que, se não fossem suas mensagens, eu não teria tido coragem de voltar. Obrigada mesmo!

Hoje está sendo um dia bastante produtivo. Assisti à aula (inteira! yes!), depois fui para minhas três reuniões do horário do almoço, sendo que escolhi a de Tutoria para ficar mais tempo, lógico.
Visitei minha fada madrinha que, aliás, anda me dando uma atenção toda especial... Tão fofa!
À tarde, achei que novamente ficaria no ócio ou iria caçar algo para fazer, mas, motivada por um calouro da minha Tutoria, resolvi ir assistir uma aula de Antropologia muito legal que o 1º ano ia ter. Grande aprendizado!

Agora pouco, desci para o computador e recebi a mensagem que tanto esperava: minha fadinha querida me mandou parte do livro que ela está escrevendo para eu ler e "revisar" (até parece que sou capaz de tamanha responsabilidade). Vou imprimir e ler com o maior carinho do mundo.

Estou feliz! Estou com bastante coisas para fazer até o relógio marcar 0h e o encanto se desfazer, como todo dia acontece...

segunda-feira, 9 de agosto de 2004

"Ateh quando voce vai aguentar ficar sem externar as suas emoções aqui no seu cantinho virtual, hein??"

Até quando, até quando...

Quem disse que algum dia eu agüentei? Sempre me doeu e muito ter deixado meu bloguinho... até tentei criar outros, escrever de um outro jeito mas nunca teve a mesma graça, nunca teve o mesmo sabor, nunca consegui escrever novamente com a mesma veracidade.

Tenho que voltar atrás e dizer que NÃO! Eu ainda não estou preparada para voar por outro horizontes assim tão longínquos. Ainda não é o momento de abandonar meu querido.

Exposição? Se eu realmente estivesse preocupada em não me expor, eu não teria me tornado representante de nada, não teria dado minha cara para bater tanto... e quanto tenho apanhado...

Desculpem aos meus leitores queridos por tê-los abandonado esses meses, desculpas maiores ainda por eu não contar a vocês tudo que me aconteceu nesse tempo. Mas já há tanto a falar sobre hoje...

Ah, meu blog querido que me "ouve" com tamanha atenção, que me faz sentir bem, querida, importante.

Esse mês têm sido extremamente difícil para mim. Como todo mês de Agosto. Meu inferno astral! Hoje tive uma crise de desespero (mais uma) e fiz algo que nunca me imaginei. Nunca fui tão sincera nem comigo mesma. Cheguei na frente de uma grande amiga, disse que precisava dizer algo muito importante a ela, para ela me olhar nos olhos e me ouvir atentamente: "Desculpa por tudo que eu tenho feito de errado e por tudo que ainda vou fazer! Eu não estou bem, não estou no meu estado normal. Estou confusa, estou sofrendo. O aniversário da minha mãe está chegando, logo é o meu e depois o aniversário de casamento dos meus pais. Penso nisso o tempo todo, me lembro disso a cada minuto e não posso evitar, não consigo parar. Sofro. E é só o começo! É bem capaz de eu piorar conforme o mês for passando. Desculpa por tudo que eu vou fazer de errado e por tudo que vou deixar de fazer." Não sei como fui capaz de olhar nos olhos dela e dizer isso (não sei como estou sendo capaz de escrever isso tudo aqui). Mas é que sinto isso tão forte. Sinto piorar a cada dia.
E não posso mais usar a desculpa da depressão. Não estou mais deprimida. Já me tratei, já melhorei. Mas estou num momento ruim.
Por um lado, estou muito feliz com tudo que estou fazendo, com o reconhecimento que estou recebendo na faculdade por tudo que eu tenho feito, pela construção, pelo aprendizado. Mas tem ainda aquela dor que nunca parou de doer e que ainda vive em mim pela perda, pela distância.

Hum, preciso contar uma história linda que vivi semana passada:
Na terça-feira, eu estava na faculdade, extremamente pressionada pelo resultado ruim de uma negociação da qual participei. Muitos estavam me criticando e cobrando. Não agüentei. Liguei para uma amiga e disse "preciso te ver, preciso sair daqui, posso ir à sua casa?". Ela me recebeu com maior amor.
Assim que cheguei, ela me deu um presente: um cachecol colorido, lindo! Ela havia pedido para mãe dela (que mora no interior) fazê-lo para mim ("eu podia ter comprado um para você, mas não!, quis que fosse feito com muito amor, como você merece") e ele havia acabado de chegar pelo correio, no mesmo dia. Passei a tarde com ela, ajudando-a em seu livro (ela está escrevendo um livro maravilhoso!)
À noite, quando eu estava indo embora, sua mãe ligou para perguntar se ela havia recebido o cachecol. Minha amiga contou a ela que eu estava lá e ela quis conversar comigo no telefone. Ela me contou que fazia duas semanas que ela estava tentando fazer o cachecol mas não conseguia, sempre dava alguma coisa errada. Até que no sábado, ela parou e falou "Bem que a mãe dela podia me ajudar a fazer esse cachecol, para que saísse lindo como ela merece." A partir daí, tudo começou a dar certo e ele saiu. Lindo e perfeito. "Foi feito à quatro mãos!"

Quantas provas de amor em um único objeto. Que tamanho tesouro!!!