segunda-feira, 20 de maio de 2013

Sobre a solteirice e outros devaneios

Já contei aqui que comecei a fazer terapia finalmente?
Pois é...
Na mesma semana que me separei, achei melhor começar a me tratar antes que me matasse de vez.

Faz quase 2 meses... (só!)

Pois é...
 
Acabei de decidir parar de fazer terapia.

Eu nem tenho dinheiro e nem necessidade suficientes que me mantenham nesse "tratamento".

Tenho me sentido muito bem ultimamente.
Mesmo detestando fazer residência. Mesmo exausta de tanto trabalhar.
Dadas as devidas condições, estou legal!

Talvez eu esteja bem justamente porque estou em terapia. Sim! Já pensei nisso!
Mas, quando chequei minha conta no banco, vi que não tinha nada a ver. 
Quer dizer, não faz a menor diferença se estou bem por causa da terapia. Simplesmente porque não tenho dinheiro para pagá-la mês que vem. Então... deixa quieto!

Estou bem porque estou bem e vou continuar ótima!


Mudando de assunto...
Andei pensando sobre essa tal solteirice.
Alguém me perguntou esses dias: "vc já chegou naquela fase em que está decidida a ficar solteira por um tempo? curtindo a vida sem ninguém pra dizer o que ou como fazer?"

Bom... curtindo a vida eu realmente estou.
Já era hora!
Mas "decidir ficar solteira" não é algo que eu ache válido nem sequer de ser considerado.
Não acho que as pessoas decidam isso aos 30 anos.

Porque simplesmente não há nada a ser decidido.

Eu quero sim ficar solteira no momento.
Mas, se por acaso aparecer uma pessoa que me desperte, que me complete... Posso deixar de ficar solteira no mesmo minuto, querendo ou não.
E se não aparecer, posso continuar solteiríssima e feliz!
Não é algo de que se tem controle.
E não é algo que eu queira controlar.

Tenho muito claro pra mim o que quero da vida agora e que tipo de pessoa quero do meu lado.
Tenho muito claro também que não dá pra saber "de que tipo" é cada pessoa assim de repente.
E por isso estou disposta a conhecer, me encantar, me enroscar... antes de julgar ou sonhar.

Recebi alguns convites pra sair.
E fiquei impressionada com a forma como lidei com eles.
Antes, quando me chamavam pra sair, eu ficava ansiosa, já começava a pensar o que será que o cara quer de mim (se só quer me comer ou se está disposto a me conhecer), sonhava em como seria, ficava nervosa em pensar na situação (acho que pelo medo).

Agora, simplesmente acho legal.
- Vamos sair?
- Vamos!

E vou.
Não penso no que ele vai querer, não penso no que vai ser.
Simplesmente vou pra me divertir.
Sabendo o que EU quero, o resto fica mais fácil.

E o que eu realmente quero é simplesmente ser feliz!




Sobre a vinda de médicos estrangeiros sem revalidação de diploma.



quarta-feira, 8 de maio de 2013

Sobre a nova palhaçada do nosso governo

Acabo de tomar um susto enorme lendo, no Facebook, pessoas inteligentes, com mente aberta e politizadas defendendo a vinda de médicos estrangeiros para o país SEM prova, sem nada que garanta que eles tenham mínima capacidade de atuar no país.

Eu não sou contra médicos cubanos, bolivianos, americanos, ou de qualquer outra nacionalidade, virem trabalhar no Brasil.

Eu sou contra médicos sem conhecimento mínimo das doenças infecciosas locais ou sem preparo prático comprovado atuarem onde quer que seja.

Quer trabalhar no interior do Brasil?
Ótimo! Seja bem-vindo!
Faça a prova de revalidação de diploma e seja feliz!
(A discussão se a prova é adequada ou não é outra e seria infinitamente mais pertinente do que a atual sobre os cubanos)

Sabe o que vai acontecer com os médicos estrangeiros que vierem por esse novo "programa" da nossa querida presidenta?
Eles vão ficar 2 anos no interior (se forem obrigados a tal) e depois vão se mudar para as grandes capitais, aumentando a superlotação médica que já há em boa parte dessas cidades.
Sabe por quê?
Porque ninguém, absolutamente nenhum médico que tenha um mínimo de estômago e coração, suportaria trabalhar por muito tempo numa região inóspita, sem condições mínimas de atendimento, sem um hospital de referência perto, sem um carrinho de parada, sem uma equipe treinada, sem gazes ou ataduras.
Ninguém suportaria dedicar sua vida a ver pessoas morrerem em suas mãos, sabendo como salvá-las mas impedidos de tal feito por falta de medicações básicas.

A questão não é apenas o fato das cidades do interior serem pequenas, sem estruturas básicas de educação para suas crianças, saneamento e, por que não dizer, lazer.
A questão é ser médico no sertão unicamente pra assinar atestados de óbito e confortar os familiares daqueles que partiram.


domingo, 5 de maio de 2013

Passada a tempestade...

Entrei numa fase completamente diferente que nunca achei que ia atingir na vida: estou curtindo a solteirice.
Curtindo muito!

Não me entenda mal.
Não estou saindo por aí, pegando todos e todas.
Aliás, não vislumbro num futuro próximo nem sequer beijos na boca.
Estou curtindo o "celibato" juntamente com a solteirice.

O mais legal de ser solteira, nesse momento, está sendo a liberdade.
Liberdade para sonhar e planejar.

No meu período de solteira passado, eu planejei fazer residência de pediatria, estudar francês e inglês e ir trabalhar no Médicos Sem Fronteiras.
Quando me "casei" desisti disso tudo. 
No lugar, pensava em construir uma família, ter filhos e me dedicar ao cuidado deles. Acabei indo fazer residência de Radiologia, planejando trabalhar menos e ter melhor qualidade de vida.

Não acho que tenha sido um erro.
Na época, fazia sentido pra mim. E teria sido uma boa vida se tivesse dado certo.
Mas claramente escolhi a pessoa errada pra caminhar ao meu lado.
Tudo bem.
Passou.

E agora, fazendo novos planos, estou pensando seriamente em me mudar para a Austrália.
Na verdade, estou pensando em vários projetos, mas o que mais me atrai agora é esse.
Depois que eu terminar a residência, quero morar 6 meses na Austrália, estudar inglês, prestar o IELTS e, quem sabe, me mudar definitivamente pra lá pra seguir a carreira de ultrassonografista.

Parece um bom plano, não?

Entre meus outros planos (menos prováveis, mas igualmente viáveis) está:
- depois dos 6 meses na Austrália, ficar 6 meses no Brasil juntando dinheiro e ir morar outro 6 meses na França. A partir daí, posso seguir esse plano de 6 meses em cada país pra aprender diversas línguas. Até eu ficar cansada e escolher algum lugar para me estabelecer
- mudar pra Natal - morar à beira mar, numa cidade menor, menos estresse, ganhando menos mas também gastando menos, viajando em todos os feriados para conhecer o nordeste por completo e indo para o exterior a cada 6 meses (para passar apenas 1 semana ou 2)
- mudar para Fernando de Noronha - esse plano é difícil porque na ilha só deve ter 1 ou 2 radiologistas, mas nada que bons contatos não possam me ajudar

Ainda faltam 2 anos pra terminar a residência.
Até lá, muita coisa pode acontecer.
Mas, enquanto nenhuma colisão me tirar dessa órbita, planejarei, sonharei e mudarei de ideia quantas vezes eu quiser.
Simplesmente porque sou LIVRE!