sábado, 30 de junho de 2012

Ai... ai...

As coisais não andam bem...

Elas já estiveram piores há algumas semanas atrás, mas não estão bem de novo.

Não gosto de fazer residência. Eu já sabia que não ia gostar.
Ter que ficar a mercê de egos, ser mandada o tempo todo, explorada, ganhar pouco... Complicado!
Não gosto de me sentir presa e é exatamente assim que me sinto na residência... assim como me sentia no internato...
Nada que não dê pra suportar por uma carreira melhor. Mas é chato, cansativo e eu estou contanto os segundos pra acabar (ainda faltam 2 anos e meio e talvez mais um de especialização - infinitos segundos!).

Tinha perdido meu trabalho no shopping. Eles pagam mal, mas sem essa graninha fica impossível me manter!
Agora consegui outro. Mas não é mesma coisa.
Ao invés das super enfermeiras que tinha no outro, nesse tenho técnicas antas, que tem o rei na barriga. Elas não sabem conduzir os casos, não medem pressão direito, me chamam a cada 5 minutos por bobeira. Mas... se acham inteligentíssimas, querem dar pitaco na minha conduta, ficam interferindo no atendimento. Um absurdo!!

Minha casa a cada mês dá um problema. É elétrico, é cano furado, é computador pifado, é chuveiro quebrado...
Mais gastos e mais encheção de saco...

Meu carro... o desastre!
Ele sempre me deu muito problema, desde que o comprei, ZERO! Ford Fiesta de merda!
Aí, resolvi vendê-lo esse ano. Levei pra funilaria, pra deixar bonitinho. O cara demorou pra fazer o serviço e, no dia em que fui pegá-lo, saiu a queda do IPI. Ou seja, o valor de todos os carros, principalmente os usados, caiu muito!
Fui tentar vender e me ofereceram cerca de 10.000,00 a menos do que a tabela FIPE. Um assalto!
Resolvi esperar passar algumas semanas, pra passar a especulação...
Aí... o carro resolveu voltar a dar problema!
Como vou vender um carro com problema elétrico evidente?
Vou tentar vender o mais rápido possível e rezar pra que ele sobreviva algum tempo ainda...

Quanto ao marido...
Bem...
Relações são sempre complicadas, né?!
Eu me considero uma boa esposa (apesar de ser muito reclamona). Acho que sou cuidadosa, tento evitar de encher o saco dele, não sou muito ciumenta, gosto que ele saia com os amigos, que jogue bola, tento ajudá-lo nos estudos, incentivo muito seus sonhos... Mas tudo exige muita energia... e eu não sei se tenho toda essa energia.
Enquanto ele estava seguindo seu caminho reto, até que eu estava levando numa boa.
Nossos bons momentos são muitos e realmente muito bons!
Mas agora parece que ele entrou numa fase de estresse muito incontrolável. Parece que ele não consegue lidar consigo mesmo e isso transborda...
Sei lá.
Ultimamente ele tem estado meio grosso, irritadiço. Me dá umas patadas sem noção. Parece frontalizado, sabe?! Bem isso mesmo...
Sei o quanto deve ser difícil pra ele estar fazendo cursinho nessa idade, a preocupação se vai conseguir passar ou não ou quanto tempo vai demorar pra conseguir, a quantidade de estudo que está sempre atrasada, a convivência com moleques de 18 anos, a convivência com meninas de 18 anos... a falta do futebol, a falta de tempo, a falta de grana...
Mas meu, na boa, eu já tenho minhas angústias, meus problemas. Já aguento um dia-a-dia maçante que detesto, trabalho no mínimo 11 horas por dia, 6 dias por semana (isso quando não tenho que dar plantões da residência), tenho que cuidar da casa (porque se descuido 1 semana, esperando que ele vai ajudar a limpar, vira um chiqueiro), tenho que aguentar o estresse dele, o mau humor e o cansaço naturais dessa fase de cursinho e ainda fico levando patadas diariamente? Assim fica difícil, né?!

Estou cansada!
Mas não tem nada que eu posa fazer nesse momento...
Apenas sobreviver e esperar o tempo passar.
Já que foram essas as escolhas que fiz pra minha vida, achando que no futuro valerá a pena, então tenho que suportar.