sexta-feira, 31 de janeiro de 2003

Estive lendo meus já publicados posts e reparei vários erros de Gramática, principalmente de regência e pontuação (as benditas vírgulas). Quero me desculpar (pelos velhos e pelos futuros erros) e deixar registrado que não é por falta de conhecimento e sim por falta de atenção (e prática) mesmo -- o que só aumenta minha culpa porque, depois de anos de estudos, ainda não consigo escrever bem.

Mas já estou tentando melhorar...

Não consegui mais uma vez...

Pela 47ª vez, tentei mudar o título e a descrição do blog mas não consegui...
Pelo menos dessa vez consegui deixar publicado por 1 dia... mas fui dormir com remorço porque achei horrível o título e grotesca a descrição.
Fiquei com peninha das pessoas terem que ler tal porcaria e com certo receio de ser mal interpretada ("Nem tudo é o que parece" é realmente um péssimo título para um blog). Acabei voltando tudo ao que era antes.

Desculpem-me!

E saibam que estou aberta a sugestões.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2003

Sobre a carência...

(post censurado devido ao excesso de sentimentalismo)
Uma observação: coloquei, aí na coluna ao lado, links dos governos (municipal, estadual e federal) porque acho importante acompanharmos o trabalho de nossos representantes e acredito que o site é uma boa forma de conhecer seus projetos.
Apesar de a informação ser, muitas vezes, manipulada para garantir uma boa imagem dos partidos, as prioridades e o "colocar a mão na massa" ficam muito claros para quem sabe ler com visão crítica e para quem tem boa memória (às vezes vc lê algo e dali uns dias eles mudam e dizem o contrário).
Além disso, há miutos projetos interessates dos quais podemos participar (ou indicar para amigos que se interessam) mas que só ficamos sabendo depois que acabam ou nem ficamos sabendo. O site te permite conhecer e participar de tais eventos, abrindo mais sua visão comunitária.
Por exemplo:
- durante todo o ano passado fiz gratuitamente um curso de sapateado na Casa de Cultura de Santo Amaro (há diversas Casas em vários bairros onde são ministrados os mais diversos cursos), onde também são oferecidos cursos de música (partitura, piano, violão, gaita...), escultura, pintura, dança do ventre, entre outros. Conheci pessoas maravilhosas, profissionais admiráveis, participei de apresentações para a comunidade e me diverti muuiiiito;
- utilizei os serviços do Centro Cultural, que se tornou minha casa pois passava minhas tardes estudando lá e aproveitava para assistir, também gratuitamente, apresentações de teatro, dança e filmes (como um sobre a Medicina dos anos 40 na Costa Rica - ótimo).

Se tiver um tempinho, clique nos links e leia tudo o que lhe interessar - garanto que será útil.

Não costumo me atrair por novelas mas essa próxima da Globo... já me encantou. Começando pela música, que é simplesmente maravilhosa: "Quando a luz dos olhos meus e a luz dos olhos teus resolvem se encontrar..." (me lembra meu 2º ano de cursinho, quando eu e a Dani-dani estávamos indo almoçar e ela começou a cantar essa música no meio da rua. Nunca vou me esquecer... depois disso passei a pedir sempre pra ela cantá-la e acabei aprendendo. É muito linda, não é?) e os atores também são excelentes. Acho que vou ter que assistir...

quarta-feira, 29 de janeiro de 2003

Essa tal ansiedade...

Uma semana... falta apenas uma semana para o tão esperado resultado da Fuvest. Como está sendo longa essa espera...
Sempre fico dizendo para mim mesma: "aproveite essa semana, faça tudo que gosta, durma e coma muito, porque quando começarem as aulas vai querer muito ter uma semana assim e não vai poder... aí, vai se arrepender de não ter aproveitado esta". Mas é humanamente impossível esquecer a bendita lista e viver como se ela não fosse importante.

Eu realmente queria me sentir plena nesse momento. Sentir como se eu estivesse tendo a vida que pedi a Deus (porque, em algum momento de estresse durante o cursinho, realmente pedi essa vida): não ter compromissos nem responsabilidades, acordar a hora que quero, ter alguém para fazer minha comida, lavar minhas roupas e arrumar minha casa (que folga, não?). Pois é... domingo (e hoje aconteceu novamente), me peguei implorando para minha mãe deixar eu lavar a louça... (e ela, muito boazinha, diz que fica com dó pois estou de férias e "tem muita panela...", mas acaba me deixando na cozinha e vai para o telefone). Quando eu me imaginei fazendo isso?? Pedir para lavar aquela montanha de louça?? NUNCA!
A que ponto chega o desespero da pessoinha...? Coitada, num tá batendo bem...

Por que essas listas demoram tanto?? Por que, justamente esse ano, eles resolveram não divulgar os gráficos de desempenho na primeira fase?? Só para aumentar o desespero dos coitadinhos dos alunos, que ficam em casa, arrancando os cabelos, esperando que alguém lhes diga que a nota que tiveram na 1ª fase é ótima e que têm chances... mas geralmente ninguém aparece para fazer isso... Malvados!!!

Eu não cheguei a esse ponto de arrancar os cabelos pois, além de ter todos que conheço me apoiando (parece exagero mas depois explico que não é), durante a semana que saíram as notas de corte fui pedir ajuda ao Léo (coordenador do cursinho) e ele falou que minha nota na 1ª fase tinha sido muito boa, que com certeza eu estava entre os 50 primeiros de Medicina e que eu só não ia passar se fizesse uma besteira muito grande na 2ª fase (como aconteceu no ano anterior) e depois entreguei o papel com minha nota para a Silvana (minha coordenadora do Projeto) e ela falou que era uma das melhores entre os alunos que ela acompanhava. Considerando que ela acompanhava alguns dos melhores alunos de um dos melhores cursinhos e que eu não acho que tenha feito muita besteira na 2ª fase, estou confiante e por isso ainda não arranquei os cabelos.

Mas se não conseguir sair logo desse ciclo dorme-come-internet-come-dorme vou acabar careca...
E minhas queridas e trabalhadoras amigas que prometeram que iam me ligar para nos vermos e não puderam... (desculpem, não estou cobrando nada... sei que estão ocupadas, mas é que estou muito carente...) e cadê a Amanda que não consigo achar em lugar nenhum?

Tempo, tempo, tempo... passa logo e leva essa ansiedade com você...

terça-feira, 28 de janeiro de 2003

Estou tão orgulhosa dos meus bloguinhos. Acho que estão ficando bem bonitinhos, não estão?
Minha mais nova aquisição é essa garotinha do tempo que revela como está o céu, a temperatura, a pressão atmosférica, a umidade do ar... Adorei!
Ainda estou fazendo investigações e tentando aprender um pouco mais para aprimorar e por isso não estou escrevendo tanto quanto gostaria.

Ah, hoje peguei para ler "Sem Anestesia" de Alex Botsari (2ª leitura). É incrível como esse livro me faz ter tantas idéias em tão poucas páginas... é maravilhoso, apesar de ele ter quebrado algumas das minhas fantasias em relação à Medicina, da primeira vez que li, pois trata de problemas dessa profissão que eu nem imaginava que podiam existir. Acho que todos os estudantes de Medicina e todos os médicos deveriam ler esse livro para ver se conseguem tirar a venda de seus olhos ou a corda que amarra suas mãos...

Falando em Medicina... fiquei muito, muito, muito feliz quando li no blog da Milene que ela sonhou que eu tinha passado no vestibular e já era calourinha dela. Imagina só... eu estudante de Medicina da USP... Acho que se isso realmente acontecer demorará um tempo para "cair a ficha". Sempre foi uma coisa tão difícil e distante que agora que está tão perto não consigo mais nem pensar...

segunda-feira, 27 de janeiro de 2003

"Prefiro os que me criticam, porque me corrigem, aos que me adulam, porque me corrompem". (Santo Agostinho)

Citação do governador de São Paulo, no programa de Boris Casoy, ao falar da importância da fiscalização dos partidos de oposição, na democracia.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2003

Music written by J.M.Pederson/ K.Dahlgaard/ C.Braide

THIS IS ME

Some people go through their lives / Lost in confusion / Pretending to be something else / Creating illusions / Put how can you find the love you need / If the vibes you're giving ain't real / What you see is what you get - it's no big deal / So step out into the light of day
And say what you mean and let your soul be free
Say what you say / And do what you do / Be proud of yourself / There ain't anyone like you like you / Don't give in to hate / Let love be the key / Stand up and say - this is me / Say this is me
Some people worry too much / What others are thinking / But you've got to remember one thing / It's not your life they're living
What have you got to lose by being honest with yourself ? / Find out who really are your true friends / So step out into the light of day / And say what you mean - and let your soul be free




quarta-feira, 22 de janeiro de 2003

Depois de muito esforço, entradas e saídas em sites, procuras, noite sem dormir e sem comer... consegui colocar comentários, mudar a cor do título, colocar links e amei o contador (acharam meu blog procurando por "aluna da USP"(?) e por Xuxa nua (?) - não é curioso?). Estou me sentindo a expert no assunto (que exagero!).
Agora estou mais felizinha.

terça-feira, 21 de janeiro de 2003


"Brigadão", MI

Finalmente posso escrever no meu bloguinho abandonado todas as besteiras que quiser. Tenho bastante tempo e várias minhocas (cultivadas o ano todo) para publicar.

MUDANÇA
Primeiramente gostaria de falar sobre o "rito de iniciação" da vida adulta pelo qual estou passando. Não sei se todo mundo passa por isso mas tenho a impressão de que sou a única maluca que vive um período (aparentemente ridículo) como esse.
É como um ensaio para um espetáculo de dança. O período (de transição) em que se avalia o que se aprendeu anteriormente, uni-se o que tem de melhor de forma harmoniosa para que se obtenha uma coreografia final para ser apresentada. No caso da minha vida, não será a coreografia apresentada mas a harmonia resultante utilizada para a próxima fase da minha vida, o início da tal vida adulta, que espero que seja na Faculdade de Medicina.

Eu sempre quis continuar criança. O meu lado infantil é muito forte e muito presente. Eu me relaciono muito melhor com as crianças do que com os adultos. Para se ter uma idéia, semana passada minha mãe me chamou para ir à praia (faz uns 4 anos que não vejo o mar) e eu recusei com as seguintes frases: "Vou fazer o que lá? Não vai ter nenhuma criança pra eu brincar!". Parece absurdo uma pessoa de 20 anos dizer algo assim mas é que eu realmente não suporto ficar em algum lugar que não seja minha casa, ouvindo papo de adultos sem cultura (meus parentes), vendo-os beber e fumar, sem que tenha uma criança por perto com quem eu possa correr, rolar pelo chão, fazer desenhos malucos e bastante bagunça. Por isso (e outras motivos que não vêm ao caso) tive dificuldades em assumir minha maioridade (Aliás, legalmente conquistada sábado, dia 11/01/03, com a entrada em vigor do novo Código Civil).
O que mudou (com todo desespero que passei por causa do vestibular) é que comecei a entender que esse meu lado infantil pode conviver perfeitamente com as responsabilidades de uma adulta. Eu não concordo realmente com a vida que a maioria dos adultos que me rodeiam levam. Tenho filosofias muito peculiares e que pouca gente entende mas quem disse que preciso ser compreendida por todos? Já não me importo mais quando me chamam de careta por eu não beber nem um gole de álcool, nem em dia de festa, ou de louca quando digo que não como açúcar refinado (o que inclui todos os tipos de doce, chocolate etc) por filosofia de vida, ou de mal educada quando impesso as pessoas de fumarem dentro da minha casa ou quando olho feio e faço comentários desagradáveis quando fumam perto de mim.
Finalmente consegui entender que posso continuar rolando no chão como criança ao mesmo tempo que assumo minhas responsabilidades de pessoa adulta e defendo minhas tão criticadas filosofias de vida.
Por tudo isso falo do rito de iniciação à maioridade. Esse período que estou vivendo que inclui o processo de destruição em massa e mudança radical (em que mudei tudo no meu quarto, destrui velharias inúteis do passado, que cultivava por simples apego), processo de abertura (falar para algumas pessoas coisas que sempre desejei mas nunca tive coragem), processo de cidadania (fazer trabalhos sociais em orfanatos e ongs, mesmo não sabendo sequer trocar uma fralda) e, o mais difícil, o processo de cuidado pessoal (que me reservo o direito de não comentar).
[É como o ensaio que começou trazendo, como sempre, uma inicial frustração, por encarar a descordenação dos passos, mas, ao mesmo tempo, uma satisfação por se perceber a evoulção desde o último espetáculo... Jogam-se fora as velhas sapatilhas rasgadas e substituem-nas por lindas e cheirosas sapatilhas novas, que ainda precisam ser quebradas e moldadas no seu pé antes de dançarem como se quer]