domingo, 15 de outubro de 2006

Tô me sentindo tão sozinha... tanto tanto tanto... Sabe aquela solidão que chega a doer, que te faz querer sair na rua, sentar do lado da primeira pessoa que você encontrar no banco da praça e chorar...?

Desde sexta, quando fui para casa do meu pai estou me sentindo com um rombo. Estou com um problema, precisava conversar com alguém, contar tudo, ser ouvida, ouvir conselhos... Mas com quem eu vou conversar? Minha mãe não está mais aqui. Meu pai, é arrogante e egocêntrico demais para achar que outra pessoa pode ter problema, além dele mesmo. Minha irmã, me trata mal, raras as vezes que conseguimos conversar - sobre ela, claro. Meu irmão, não ta nem aí para ninguém. Mesmo que estivesse, nesse feriado ele viajou para praia (só não faço idéia de com quem ele pode ter ido - como meu pai, ele não tem amigos). Meu namorado, está muito mais preocupado com seu excesso de dança. Meus colegas de república, até se importam, mas não o suficiente para sentar comigo e me ouvir, apenas o suficiente para dizer "não faz isso não, vai acabar prejudicando a gente". Minhas amigas... uma tá em Minas e não responde mais meus recados. A outra tá trabalhando feito uma condenada (jornada dupla que foi obrigada a assumir). A outra tá em Fortaleza, tentando se adaptar a nova vida difícil. Colegas de faculdade... hu? Até parece que esses mauricinhos e patricinhas entenderiam alguma coisa que não tem a ver com carros e viagens...

Talvez eu esteja exagerando... extremamente crítica...

Tentei conversar com meu namorado. Tentei mesmo. Mas ele finge que está ouvindo e logo faz um comentário tipo "você viu aquele programa na tv ontem?". Ou fala: "esquece isso, deixa pra lá". Onde ele está agora? Na casa dele, dormindo ou vendo tv, sei lá. Não o vejo desde sexta. Fiquei esperando ele ligar um tempão agora à noite (tínhamos combinado de ficar juntos). Ele ligou. Ligou e disse: "to cansado, vou dormir e amanhã a gente se vê". Legal, né?

Consegui conversar com um amigo que mora comigo. Ele foi ótimo! Me ouviu, me deu conselhos bons, concordou, descordou. Mas... precisava de outra opinião. Precisava de um pouco mais de carinho...

Então, fico aqui na faculdade, fingindo que estou trabalhando (domingo, 21h), sozinha, jogando poker, esperando a hora passar para que eu possa voltar para casa e ter meu quarto de volta (só depois das 23h50 quando minha colega de quarto, que eu mal conheço mas sou obrigada a morar com ela, dorme).