domingo, 2 de setembro de 2001

Voltei!!!

Finalmente, um fim de semana de sossego em casa... ou quase sossego. Minha mãe resolveu fazer um churrasco para os escadalosos amigos dela. Estou quase surda e não aguento mais ouvir forró.

Acho que já perdi o objetivo que esperava alcançar nesse blog: escrever sobre assuntos polêmicos, formar e reformar opiniões... mas tudo bem, ninguém vai ler mesmo. Então, faço desse blog de hoje (pelo menos), um diário para desabafar pois estou precisando. E se por acaso alguém tentar ler acho que não vai conseguir pois tenho muito para botar para fora e esta página vai ficar enorme e muito chata.

Não estou triste, nem deprimida, nem cansada ou estressada, mas estou estranha.
Tudo começou no sábado, quando, numa infeliz atitude, decidi ir para Campos do Jordão. A viagem foi ruim, mas não é essa o problema... O problema é que deixei meu objetivo de lado. No dia seguinte teria a prova do Enem e eu não podia ter viajado, devia ter ficado para manter meu bem estar físico e emocional.
Cheguei de Campos às 3:30 da madrugada, super cansada e um pouco estressada pelos problemas que enfrentamos lá (e que não vêem ao caso). Fui fazer a prova no domingo e não estava bem. Estava com o corpo dolorido, estava impaciente, queria acabar logo e ir para casa. Conclusão: não fiz uma boa prova... em nenhum momento consegui lembrar dos meus mandamentos de vestibulanda, principalmente: "toda questão tem solução" e "cada questão deve ser resolvida como se fosse a única - cada ponto é importante". No dia seguinte fui para o cursinho e me senti a pior das criaturas. Não tinha ido bem, alguns amigos tinha ido pior e estavam deprimidíssimos, o clima estava tenso.
À tarde liguei para uma amiga. Ela fez cursinho ano passado, não estudou direito, não passou e decidiu não voltar e ir trabalhar. Ela me deu alguns conselhos. Me falou que se arrependeu muito de não ter estudado, de ter feito tanto "social" como fez. Ultimamente, eu andei fazendo muito isso: fui à baladas, cabulei algumas aulas, conversei muito durante outras, perdi algumas horas de estudo conversando e pensando em futilidades, viajei na véspera de uma prova... Depois de nossa conversa decidi mudar de atitude - precisava voltar a caminhar para um único objetivo.
No dia seguinte, acordei melhor e decidida a mudar. Cheguei ao cursinho e procurei novo lugar para me sentar. Sentei mais na frente, do outro lado da sala, longe da maioria dos meus amigos, estudei bastante, me dediquei de corpo e alma à aula de Ballet (enquanto estava lá) e estudei mais à noite. Foi ótimo, me senti muito bem.
Só que, no dia seguinte, vieram as inevitáveis críticas. Disseram que eu estava muito diferente, que eu estava sendo egoísta pois havia prometido ajudar alguns a estudar, que estavam me achando triste e desanimada. É claro que sentar longe não é tão divertido, mas quem disse que cursinho é lugar para diversão? Eu estava me sentindo bem por ter mudado e é isso que importa, eu não posso ficar pensando nos outros... as críticas só serviram para reafirmar minha posição, apesar de terem me deixado um pouco chateada.
A semana passou assim, entre críticas e muito estudo. E aí, aconteceu mais. Na sexta, minha amiga bailarina Amanda me ligou para irmos assistir ao Kirov. Eu já tinha desistido de ir, eu nem queria mais mas ela e minha irmã acabaram me convencendo. Liguei para Milene, porque queria que ela fosse também, mas não a encontrei. Acabei indo com as duas insistentes. Quando chegou lá, quando ouvi e vi a orquestra, me senti mal, chateada... nem sei bem porque. Acho que invés de estar assistindo eu queria estar no palco... Sonho meu!!! A Amanda percebeu que eu estava diferente, começou a falar várias coisas que eu rebatia e discordava, meio que sem querer. Chorei muito durante o espetáculo, repensei várias decisões que tomei na vida. Fiquei muito fragilizada.
No dia seguinte era meu aniversário. O pessoal do cursinho fez uma pequena festinha para mim, com um bolo delicioso. Eu nunca havia me sentindo tão querida por tanta gente como me senti nesse dia. Eles são maravilhosos. Depois, fui comer no Mc Donalds com a Paulinha, conversamos bastante. Encontrei uma amiga do CCAA que não via há mais de um ano. Foi tudo muito bom.
Mas ao voltar ao cursinho comecei a pensar muito sobre tudo. Sabe aquelas crises de: "o que estou fazendo com minha vida?" que bate, às vezes? Pois é, acho que estou numa dessas.
Fiquei pensando que quero mudar minha atitude, fazer as coisas que deixo de fazer por medo ou por excesso de responsabilidade. Quero estudar muito, aprender muito mas também quero me divertir, quero dançar ballet com aquela expressão encantadora que vi no Kirov, quero me soltar, me libertar. Não precisa ser 8 ou 80. O meio termo é o ideal. No meio desses pensamentos lógicos mas ilógicos, comecei a ouvir músicas de Tango, que vinham da academia ao lado. Sempre quis assistir às danças da academia mas "nunca tinha tempo". Resolvi ir até lá. Havia várias pessoas dançando, outras conversando e entre elas a Gabi e a Ju, duas bailarinas clássicas maravilhosas que faziam aula de Ballet comigo. De repente, o professor parou a música, todos sentaram e ele chamou a Gabi. Começaram a dançar e... meu queixo caiu! Era uma dança maravilhosa e apesar da Gabi não ter muita técnica do Tango, ela tinha uma expressão perfeita. Me encantou completamente. Mas tive que voltar ao cursinho para estudar.
Hoje (domingo), já na casa dos meus pais, estava assistindo tv e quem eu vejo? A Ana Botafogo, sendo entrevistada no Gente Inocente. Depois minha irmã me chamou pois estava passando "O Lago dos Cisnes" na tv à cabo.
Quase não acreditei no que estava acontecendo: primeiro minha crise de mudança, depois o Kirov, meus amigos, nova crise, a Gabi dançando Tango e para terminar, a Ana Botafogo e um programa especial sobre dança. Isso foi pra me lembrar que eu amo dançar e que podia estar aproveitando minha juventude e minha saúde? Regredi e voltei a pensar se não era melhor fazer faculdade de dança na Unicamp ou prestar um curso mais fácil, que não precisa de tanta dedicação (como exige a Medicina) para poder me dedicar à Dança e à minha vida social, como eu gostaria. Essa regressão só durou uns 5 minutos pois sei que o quero é Medicina e estou disposta a sacrificar a dança (não totalmente, é claro) para ser uma boa médica. Parece que de tempos em tempos esses elementos importantes para mim voltam a me atormentar, como um obstáculo que tenho que pular para reafirmar meu desejo pela Medicina.
Não sei o estou sentindo agora. É como se estivesse anestesiada, fora do mundo real. Sei que quero fazer Medicina e que tenho que me dedicar muito para isso, mas também sei o quanto o Ballet e meus amigos são importantes para mim. Acho que essa semana ainda vai ser meio conturbada, mas isso é bom porque vou poder fazer algumas "experências". Não sei se é possível, mas quero me dedicar aos estudos reservando tempo para a dança, para meus amigos, para minha família e para a internet. Preciso refazer meus planos de estudo para conciliar tudo.
O que já está decidido mesmo é que vou continuar sentando longe dos meus amigos no cursnho, que não vou mais ficar conversando à tarde e que vou me dedicar às aulas de Ballet como nunca fiz antes, sem nem lembrar que existe vida fora da sala, enquanto estiver lá.

Acho que já escrevi demais por hoje... Vou parando por aqui, mas volto a escrever assim que puder

:-)

sábado, 23 de junho de 2001

QUANTO TEMPO...

Blog, blog, blog... meu blog, desculpe pelo abandono!!! Eu senti muitas saudades. Mas sabe como é... uma garotinha, começano a aprender o que é viver, numa idade tão tardia (18) e numa situação tão difícil (vestibular para Medicina), acaba abandonando (por um tempo) os amigos.

Eu teria tanto para te "falar"...

Falar da minha indignação com o Objetivo, que invés de me ajudar como deveria, só me trás mais problemas;
Falar do meu nervosismo em relação ao simulado e do medo de me decepcionar comigo mesma;
Falar do maravilhoso show que fui assistir semana passada;
Falar do que estou sentindo por um ser do sexo oposto, mas um sentimento que não sei bem o que é e nem sei de onde vem...
Falar que finalmente aprendi o que é o equilíbrio interior e que apesar de todos os problemas dessa semana eu consegui me manter alegre e consegui estudar bastante;
Falar, falar, falar escrevendo...

Como sempre vou acabar não falando nada, fica para a próxima...

:-*

sábado, 12 de maio de 2001

APRENDENDO COM A VIDA

Essa semana foi de muito aprendizado para mim. Convivo com pessoas incríveis que me ensinam muito com suas atitudes dia após dia. Algumas pessoas (na verdade a atitude de algumas pessoas) me ensinam como não devo agir e isso também é válido.
Meu maior aprendizado dessa semana foi: não devemos julgar as pessoas pelo que elas aparentam ser, pelo passado delas e nem pelo que vemos elas fazerem uma ou duas vezes. Apesar de não gostar disso, eu costumo avaliar muito as pessoas que conheço pouco e se elas apresentam uma característica que considero grave como grosseria, falta de educação, mentira ou materialismo em excesso, me afasto dessa pessoa sem nem saber se ela é realmente assim ou se ela apenas estava assim no momento em que a vi.
Ultimamente tenho ouvido as pessoas falarem muito mal da Xuxa, da Sandy e do Junior, entre outros (cito eles pois todos conhecem e cada um tem seu conceito a respeito). Esses três, em especial são pessoas que eu admiro, pessoas que eu gostaria de conhecer, mas alguns dizem: "a Xuxa é uma puta, fez filmes pornográficos para ganhar dinheiro e ser famosa, posou nua para um monte de revistas, explorou o Luciano Zafir para ter a Sasha e deu mau exemplo para as crianças e adolescentes tendo um filho sem que estivesse casada, ela não merece ser admirada por ninguém; a Sandy e o Junior fazem imagens de santinhos, inventaram que vivem numa família perfeita, a Sandy é uma coitadinha explorada pela mídia, faz papel de virgenzinha bondosa, o Junior é um gay que só subiu na carreira por causa da irmã, ele não tem talento, não canta nada". Mas ninguém que fala essas coisas tem a humildade de parar para ouvir o que eles tem a dizer e para refletir se essa imagem é real. Ninguém vai até a Fundação da Xuxa ver quantas pessoas ela ajuda e já ajudou, poucos percebem o lindo exemplo que a Xuxa dá de amor pela filha, o carinho que as duas tem, a felicidade que sentem quando estão juntas - as mães e os filhos deveriam seguir e se amar mais. Sobre a Sandy e o Junior é só ter o mínimo de bom senso para perceber que, mesmo que a imagem de família perfeita seja inventada, mesmo que a imagem da Sandy tenha sido fabricada, este é um ótimo exemplo a ser seguido, o amor como base de tudo. Ninguém pode dizer que o Junior é gay (a não ser que seja um homem e tenha constatado isso) ou que ele não tem talento musical sem que se tenha visto ele tocar de perto.
Esses e outros julgamentos precipitados são a base de muitos sentimentos negativos, muita raiva, muitas atitudes baixas... Eu falo assim pois já fiz muito isso. Já falei mal de várias pessoas, já senti raiva de graça por muita gente e com isso só fiz mal a mim mesmo. Vi que críticas gratuitas são uma tremenda perda de tempo e de energia.
Quando digo isso as pessoas dizem que sou boba, que é nato do ser humano criticar, falar mal e que não há como acabar. Eu sei que não vou mudar a cabeça de ninguém com o que falo, com o que escrevo mas quanto mais afirmo essas coisas mais vejo que não há bons argumentos contra. Assim me sinto mais segura e mais forte para enfrentar a mim mesma e sair do grupo de pessoas 'burras' que em vez de fazer o bem e falar do bem, preferem falar do mal e sentir o mal.

Cada pessoa que ler isso, mesmo que não concorde com uma palavra sequer, vai estar me fortalecendo. Foi muito bom para mim ter aprendido essa lição e espero nunca mais voltar para o grupo dos 'burros'. E afirmo que se vc achar assim, sou boba mesmo.

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domingo, 29 de abril de 2001

Tentando entender a raça humana

Ultimamente tenho pensado muito a respeito dos seres humanos e da atitudes que tomamos.
Tenho estado muito brava com as críticas, com a intolerância por algo diferente e principalmente com o preconceito. Mas isso não é o pior. Tenho estado muito brava, também, comigo, com minha maneira de agir.
Sou contra preconceitos, contra mentiras, contra falsidades, contra arrogância, sou defensora da liberade de expressão, da humildade, da solidariedade, entre outras coisas. Tento passar minhas idéias para as pessoas, tento fazer com que elas repensem suas atitudes e tentem mudar. No entanto, apesar de ter plena convicção de minhas idéias acabo contradizendo-as.
Sabe aquela história do "faça o que eu digo mas não faça o que eu faço"? Acho que estou começando a entrar nisso.
Essa semana fui com o pessoal do cursinho ao programa do Serginho Groisman, o Altas Horas, participei da gravação, que durou uma tarde inteira. Foi muito legal, eu estava muito feliz. Mas, apesar de estar gostando, apesar de estar feliz, pela tv parecia que eu estava chateada, parecia que eu estava odiando aquilo tudo. Teve uma hora que fiz um gesto de extrema arrogância. Quase não acreditei que aquela era eu. Depois que assisti comecei a pensar em algumas atitudes que eu tinha tomado naquela semana. Me lembrei que realmente tinha estado bastante arrogante tratando algumas pessoas como se fossem inferiores a mim, como se o que eu digo fosse a 'única verdade absoluta'.
Pois é... eu que sou uma pessoa boa, que prego a humildade, tenho atitudes bastantes mal-educadas e arrogantes, mesmo sabendo e dizendo que isso é errado. Por que um ser humano faz isso?
Não tenho idéia da resposta mas vou continuar investigando.
Os pscicólogos e os entendedores do comportamento dizem que o primeiro passo para resolver um problema é perceber que ele existe. Pelo menos isso eu acho que estou conseguindo fazer. Consegui, finalmente perceber que estava agindo errado e vou me esforçar para melhorar.
Prometo que também vou me esforçar para escrever textos melhores e mais interessantes.

sábado, 14 de abril de 2001


Assunto delicado

Muita gente talvez vai se ofender com o que vou escrever hoje, mas preciso desabafar.
No começo desse semana, no intervalo das aulas do cursinho, não sei por que raios eu e uma menina (de quem não sei nem o nome) começamos a conversar sobre religião. É um dos piores assuntos que se tem para conversar, mas eu, como uma curiosa nata, não podia deixar de ouvir a opinião dela. Ela foi batizada na Igreja Metodista, tem um namorado que quer casar na Igreja Católica mas ela não tem uma religião definida. A menina me contou que foi visitar um mosteiro, me falou sobre o que fazem lá e um pouco do dia-a-dia dos padres. Enquanto conversávamos surgiu na minha cabeça algumas questões que nunca ninguém conseguiu me responder e isso me fez voltar a pensar sobre minha religiosidade.
Eu acho muito importante que as pessoas tenham uma religião, melhor ainda acho que os pais devem ensinar os filhos a serem religiosos, mostrar um caminho e depois deixar que eles sigam seu próprio e escolham sua religião, qualquer que seja. Eu comecei a questionar sobre isso muito cedo mas o máximo que consegui até hoje foi chegar a algumas conclusões sem tanto fundamento e muitas, muitas perguntas sem respostas.

Conclusões: 1) a Bíblia é muito subjetiva e dá margens a muitas interpretações, é por isso que existem tantas religiões diferentes baseadas nela; 2) a maioria das religiões usa ou já usou seu poder para dominação, para ganhar dinheiro, ou seja, para o 'mal' e isso não é segredo para ninguém; 3) a religião Católica, apesar de ser uma das mais importantes do mundo(em número de adeptos), possui 'leis' frágeis, nem todos os padres pensam e pregam da mesma forma, isso causa contradições dentro da própria Igreja; 4) nós, seres humanos, não somos capazes de imaginar algo que nunca vimos, que não conhecemos e por isso não somos capazes de imaginar Deus. Temos uma vaga idéia de como Ele é mas não sabemos exatamente. Dando um exemplo grosseiro, se eu disser para você: 'imagine um grand jeté entournant (um passo de Ballet)', e você não conhecer bem os passos de Ballet, não conseguirá imaginar como ele é de verdade. Eu posso te dizer que esse é um salto que se faz girando, como se quisesse sair voando, posso dar todos os detalhes teóricos... Você não vai conseguir reproduzi-lo, nem saber como é exatamente. Somos muito limitados.

Perguntas: 1) como pode algumas religiões pregar que Deus é Bom, é o Bem sem admitir a existência do Diabo, do Mal, se vivemos numa sociedade tão caótica (Eu não estou dizendo que acredito na existência do Diabo); 2) algumas religiões acreditam em vida após a morte, não é? Acreditam que depois que a pessoa morre, sua alma, seu espírito ou como quiser chamar, se separa do corpo e vai para um outro lugar. Por que, então, essas mesmas pessoas vão ao cemitério, ficam conversando com o corpo do morto (ou com o que restou dele), choram sobre a terra como se a pessoa que morreu estivesse lá ouvindo? Por que essas pessoas acham um horror, às vezes um absurdo, estudar um cadáver e dizem que é como se a pessoa (o cadáver) fosse apenas um objeto de estudo? Quem sabe não era essa a missão da pessoa: se tornar um objeto de estudo depois de morta para que muitos estudantes aprendam e possam salvar outras vidas? Se a alma já se foi por que tratar o corpo de uma pessoa como uma relíquia que não pode ser tocada? Admito que deve ser um pouco nojento, principalmente pelo cheiro, mas não vejo problemas de ordem religiosa.

Acho que já chega desse assunto, não é?

:-*

domingo, 8 de abril de 2001

Que vida dura...
É engraçado o que acontece comigo e com as pessoas em geral, eu acho. No começo deste ano eu estava super animada para estudar, queria aprender tudo que pudesse, estava ansiosa para fazer vestibular e acreditava, de verdade, que em 2002 eu estaria numa faculdade.
Dois meses se passaram e agora eu me encontro num péssimo estado.
Não tenho mais aquele pique para assistir às aulas, nem para passar horas com a cara enfiada nos livros sem poder mais ir ao cinema ou a exposições, ler livos e revistas ou escrever no meu blog. Sei que deve estar pensando que eu deveria tirar algum tempo para me divertir e eu faço isso, esse é o problema. Meu tempo de 'diversão' é bastante restrito e já está definido: faço Ballet 2 vezes por semana, vou ao dentista (que diversão, eh?!) , recebo minha mãe em casa e nos finais de semana fico na casa de meus pais (a maior parte do tempo na frente do computador). Se eu quiser ir ao cinema tenho que escolher entre deixar de fazer uma dessas coisas ou deixar de estudar... acabo não indo.
E o pior é que além de deixar de fazer o que eu gostaria, ainda assim, minha matéria do cursinho está toda atrasada e já cabulei algumas aulas (o que não me arrepnedo de ter feito). Como uma pessoa pode sobreviver a isso, por dois anos, sem enlouquecer?
Esta semana pensei muito sobre o rumo que minha vida está tomando. Acho que preciso mudá-lo, mas não sei como. Gostaria de poder estudar muito todos os dias, aprender de verdade e ainda ter tempo para ir à academia mais vezes, ir ao cinema, ir à exposição de 50 anos de TV, ler minhas revistas que estão lá empilhadas há tanto tempo, ler os livros do Jung, do Drummond, comer mais, dormir mais e, principalmente, visitar meus amigos... será que é pedir muito? É, sim!!!
Algumas pessoas me dizem: "é só esse durante esse ano, no que vem vc estará na faculdade e tudo estará melhor". Será mesmo? Eu, talvez, estarei na faculdade e terei que ter novas responsabilidades, estudar em período integral, 'mexer' com gente morta, fazer provas, trabalhos, palestras e afins...
O terrível de toda essa história é que a solução para esses problemas é simples: NÃO PENSAR!!!
Eu tenho absoluta certeza de que quero ser médica e como todos os que vieram de uma família humilde, terei que traçar um caminho duro, com muitas pedras e obstáculos. Estou certa de que no final tudo valerá a pena!!! E, por outro lado, se eu não gastasse tanto tempo pensando nessas besteiras, prestaria mais atenção às aulas, estudaria com mais vigor e talvez até sobraria um tempinho para a diversão.
É isso aí:
ABAIXO O PENSAMENTO!! VIVER SEM PENSAR É O SEGREDO DA FELICIDADE.

Qualquer dia vou escrever um texto exclusivamente sobre esse assunto.
Obrigada por ficar aí me ouvindo (oops, me lendo), quem precisa de terapia quando se tem um blog???

:-*


domingo, 1 de abril de 2001


Desculpe-me por não estar atualizando meu blog ultimamente. Minha vida tem sido uma correria e os poucos momentos que tenho tido com o computador tenho usado para escrever e ler mensagens dos meus amigos. Hoje, novamente tenho poucos minutos para escrever. Mas prometo que semana que vem essa será minha prioridade.
Sei que compreenderá.
Beijinhos

:-)

sábado, 3 de março de 2001

Em um belo poema, uma lição de vida

"Maioria sem nenhum"

Uns com tanto,
outros tantos com algum.
Mas a maioria sem nenhum.

Essa história de falar em só fazer o bem
não convence quando o efeito não vem.
Porque somente as palavras não dão solução
aos problemas de quem vive em tamanha aflição.

Elton Medeiros e Mauro Duarte

:-)

sábado, 24 de fevereiro de 2001

Por que isso, meu Deus???

Estou inconformada com essa onda de Funk que está rolando por todo canto . Você liga o rádio: Funk, liga a tv: Funk, andando na rua: Funk... até os camelôs do largo 13 que antes só ouviam forró agora não largam o Funk!! O que é isso, minha gente?!
Eu não tenho nada contra o Funk, até gosto bastante do ritmo. O que eu acho um absurdo é o sucesso que o Funk começou a fazer quando os que se dizem 'funkeiros' resolveram que as músicas teriam uma letra totalmente pobre (do tipo: "tá dominado, tá tudo dominado..."), ou de duplo sentido, e que para acompanhar os cantores haveria mulheres quase peladas rebolando, "mexendo a bundinha".
Você não sente alguma semelhança com 'sucessos' passados, 'as preferidas do público' há algum tempo atrás? Mulheres peladas, bundas e peitos, músicas horríveis, de duplo sentido não te lembram... axé? É o tchan, Companhia do Pagode, Gera Samba e tantos outros que eu (ainda bem) não conheço ou não me lembro...
O que me intriga é: será que o povo é facilmente dominado pela mídia e aceita todas as porcarias que aparecem ou será que são as pessoas que realmente gostam de tanta besteira e por isso aparece tanto na mídia?
Sempre que penso nisso chego a conclusão que são as duas coisas: a mídia mostra, o povo aceita, a mídia abusa e o povo adora!!! Mas não me conformo que o povo brasileiro seja tão 'burro', tão facilmente manipulado... e volto a pensar.
Por que não Caetano, Gil, Djavan tocando mais nas rádios, com a agenda lotada para os programas de tv? Nem precisavam ser só eles, o espaço é grande, cabem todos até as besteiras.
É aí que está o problema: o espaço é enorme e está sendo ocupado, quase que totalmente, por porcarias que 'divertem' o público masculino e ensinam as crianças a mexer e mostrar a bunda e a cantar músicas tão horríveis.
Sou totalmente a favor do equilíbrio, um pouco de tudo para satisfazer a todos (claro que nos devidos horários) mesmo que eu ou você ou o camelô do largo 13 ache uma porcaria (alguém sempre vai odiar).
Vivemos numa democracia e por isso deveriamos ter o direito de escolher ao que assistir na tv e não sermos obrigados a assistir a tanta besteira ou desligá-la.
Mas, como nosso sistema não funciona mesmo, vou continuar com meus livrinhos e fazendo o que posso para tentar 'mudar o mundo'.

Até a próxima!

:-(


sábado, 17 de fevereiro de 2001

Indicações de sites

Hoje, gostaria de indicar a vocês alguns sites que gosto muito.

1. http://www.farofa.com.br/ - mais uma vez não perco a oportunidade de falar do site da Rosana Hermann onde você pode encontrar de tudo.

2. http://www.farmaciadepensamentos.com/ - onde você pode encontrar frases inteligentes sobre os mais variados assuntos e se fizer um cadastro receberá uma frase por dia em seu e-mail.

3. http://www.emtemporeal.com.br/ - site de notícias onde você também pode fazer cadastro e receber por e-mail.

4. http://www.voluntarios.com.br/ - seja um voluntário - informações sobre voluntariado no Brasil

5. http://www.clickarvore.com.br/ - programa de reflorestamento no Brasil - você cilca e eles plantam uma árvore em "seu nome" (gratuitamente).

Aguarde a próxima edição das 'Indicações'. Tem muito mais.

;-)


segunda-feira, 12 de fevereiro de 2001

Dedicado à minha amiga Milene

Hoje estou muito, muito feliz. Minha amiga e companheira de pré-vestibular conseguiu realizar nosso grande sonho: ser aprovada no vestibular mais concorrido do Brasil e agora vai cursar Medicina numa das melhores Universidades.
Isso me dá muita força para estudar mais esse ano e otimismo para não desanimar. Quem já passou por isso sabe o quanto é duro, o quanto é difícil enfrentar você mesmo, sua ansiedade e medos, abrir mão das coisas que gosta de fazer e muitas vezes abrir mão da companhia dos amigos para ficar estudando.
É muito duro também ver nossos amigos decepcionados consigo mesmos por não terem passado e querendo desistir da faculdade ou do curso que queriam fazer. Conheço muitos que fizeram isso e me sinto triste por não ter podido ajudar.
É por essas e outras que parabenizo todos que passaram na faculdade onde queriam estudar e principalmente a Milene que tanto lutou (e eu pude presenciar sua luta) e hoje é a pessoa mais feliz do mundo.
Parabéns!!!
Ano que vem será minha vez!!!
Agora preciso ir porque tenho que estudar para a prova de Bolsa do Anglo.
:-) :-) :-) :-) :-) :-) :-) :-) :-) :-) :-) :-) :-) :-) :-) :-) :-) :-) :-)

sexta-feira, 26 de janeiro de 2001

O que pensam os Neonazistas?

Ontem, assiste ao SBT repórter e pela primeira vez parei para pensar: "o que se passa na cabeça dos racistas, preconceituosos e neonazistas?". Antes eu ouvia sobre essas pessoas e falava: "que absurdo, como alguém pode pensar assim...?", mas nunca parei para ouvir os argumentos deles. Eu era totalmente contra, tinha ódio e ponto.
Continuo sendo contra essas idéias mas agora tenho outra visão sobre isso.
Eu sempre imaginei que os neonazistas e os preconceituosos radicais eram aqueles caras "maus" que se vestiam e agiam de maneira diferente...
Só ontem me dei conta que isso não é verdade. São pais e mães de família que se vestem e falam como qualquer outra pessoa.
Pelo que entendi das entrevistas com neonazistas eles são contra, principalmente, a mistura de raças. Eles acreditam que assim a raça ariana vai ser exterminada e que é exatamente isso que as outras raças querem. Para eles as pessoas de outras raças são ruins - são os ladrões, os assassinos, os estupradores... A atitude deles me parece uma defesa contra um inimigo que eles criaram em suas cabeças.
Não deixa de ser verdade que a mistura de raças poderia levar à "extinção" da raça ariana pura, que eles consideram superior, mas daí a achar que os negros são todos criminosos e os homossexuais são pecadores que influenciam toda a sociedade, é demais!
No meu ponto de vista o preconceito, em qualquer proporção e sobre qualquer pessoa (negro, homossexual, judeu, deficiente...), existe por ignorância (do dicionário: "ignorante - que, ou quem não tem conhecimento de determinada coisa"). O preconceituoso ouve, de outro ignorante, que ele precisa defender-se porque aquele determinado grupo vai lhe fazer mal e cita alguns "casos" que aconteceram... está criado o preconceito bobo.
Nós não devemos ter raiva dos neonazistas e preconceituosos em geral. Acho que precisamos entender que eles têm essas idéias por falta de conhecimento e precisamos ajudar a diminuir essa ignorância, quando possível, passando um pouco do conhecimento que temos. Mas o mais importante é não nos deixarmos influenciar por essas idéias.
:-)

quinta-feira, 18 de janeiro de 2001

Por que o nome nuvens?
Bem,
1. Foi o primeiro me veio à cabeça
2. Para algumas pessoas, representam os sonhos, a felicidade ('estar nas nuvens')
3. Para outras representam uma fase de problemas (nublado)
4. Tem aquelas que lembram de Deus, Santos e, principalmente, dos Anjos ('eles moram lá em cima, nas nuvens')
5. As nuvens trazem sombra num dia ensolarado ('que alívio!')
6. Trazem a chuva, que pode refrescar e 'alimentar' plantas ou causar enchentes, e o 'mau-tempo'
7. São um passatempo para aqueles que procuram formas concretas no céu
8. E, para aqueles que sabem aprecia-las, fazem parte de uma beliíssima obra de arte, o céu

Enfim, as nuvens podem ser bonitas ou feias, boas ou ruins, destrutivas ou construtivas, podem trazer lembranças agradáveis ou desagradáveis...

Nesse 'Blog' você poderá encontrar pensamentos, textos, frases, piadas, indicações de sites interessantes... de tudo um pouco. Ele pode ser bom ou ruim, bonito ou feio, destrutivo ou construtivo, agradável ou desagradável... assim como as nuvens são, assim como as pessoas são, assim com a vida é.
Tudo depende da maneira como se vê, do que se pensa, no que se acredita e do momento pelo qual está passando.
Espero que goste.
Volte sempre que quiser.
:-)


quarta-feira, 17 de janeiro de 2001

Gostaria de sugerir a você um maravilhoso site: http://www.farofa.com.br
Este é o site da indescritível Rosana Hermann.
Lá você pode encontra de tudo: ótimos textos dos mais variados assuntos, muito humor, "a primeira auto-biografia não autorizada do mundo", endereços de sites interessantes e muito mais.
Entre, confira e se divirta.