sábado, 18 de outubro de 2008

Dia do Médico

Para mim, um dia de encontros e reencontros:

Com colegas de turma, que não vejo mais com tanta frequência pela correria do dia-a-dia;

Com antigos colegas que se formaram ano passado, ano retrasado e que agora vem dar um oi, contar como está a residência ou a vida de médico batalhador plantonista;

Com residentes que nos acompanharam nos mais diferentes estágios, encheram nosso saco, sofreram com a gente, foram nossos cúmplices em "crimes" contra os assistentes.
Alguns legais, alguns chatos, alguns lindos de morrer...

Com o preceptor, de quem tanto enchi o saco para me ensinar ECG, e que depois de dias me aguentando, sentou comigo e me trouxe a luz;

Com aquela assistente que tanto me cobrou, que algumas vezes me humilhou por eu não saber as alterações eletroencefalográficas da intoxicação por Cefepime ou outros detalhes que a tal considera essencial para a formação de um médico geral... hahaha

Com o dr. sorridente, que até duas semanas atrás, fazia campanha para vereador. Votei nele. E não consigo dizer por que, mas seu sorriso me inspira confiança. Encontrá-lo assim, de bermuda, socialmente, conversar com ele, me faz sentir confiança maior ainda. Posso estar muito enganada, mas acredito!

Com o dr. (quase sempre) engomadinho. Tadinho... cada dia mais afetado... e mais velho. Mas gosto dele. Nunca vou esquecer as horas que perdi da minha vida tentando convencê-lo dos meus pontos de vista, do convite que ele me fez para jantar em sua casa, do acolhimento que ele me proporcionou em momentos difíceis. Engraçado como as aparências enganam...

Com o senhorzinho que tanto já fez parte da minha vida - um médico respeitável, um administrador competente, um dançarinho aplicado (fazíamos aula de dança juntos!), um pai invejável (seu filho é um rapaz impressionante... em todos os sentidos). Adoro ele e sua família com todo o coração;

Com minha orientadora querida de quem tanto fugi nos últimos meses. Ano passado, eu fiquei com a responsabilidade de escrever um artigo, resultado da nossa pesquisa. Claaaaro que ainda não escrevi e achei que ia levar uma baita bronca, afinal, quase um ano de atraso... Mas não, ela me abraçou com carinho, disse que estava com saudades, perguntou como estava o internato, me deu força e contou com ela sofreu na época dela. Felicidade maior que receber um abraço desse, não há!

Certamente esse foi o melhor pós-plantão da minha vida!!! (Merecido, aliás, porque meu plantão foi um horror! Pacientes graves, correria, pacientes surtando, querendo fugir, assistentes questionadores, residente estressada e perdida)

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