Queria escrever... mas estou morrendo de preguiça e estou precisando arrumar meu quarto.
Então só passei para dar um oi e deixar registrado que:
1) Apesar de tudo, meu natal foi bastante agradável. Meu pai fez uma pequena ceia para a gente, conversamos à beça (eu e meus irmãos) e eu nem precisei passar perto da televisão.
2) Pela primeira vez na minha vida, vou passar o Ano Novo longe da minha família. Pela primeira vez vou viajar com pessoas que não conheço direito, para um lugar que não faço idéia de onde seja.
Estou morrendo de medo. Mas acho que vai ser bem divertido.
Uma hora tinha que cortar o cordão umbilical, não é?
Só acho que é meio cedo para minha irmã menor sentir esse corte...
Enfim, assim é a vida.
"O que não enfrentamos em nós mesmos encontraremos como destino." Carl Gustav Jung
quarta-feira, 29 de dezembro de 2004
segunda-feira, 13 de dezembro de 2004
Sim, eu deveria estar estudando mas não estou.
Passei o dia todo estudando (exceto de manhã que fiquei numa reunião que parecia que nunca ia acabar).
Eu estava morrendo de medo de ser reprovada novamente nessa matéria mas agora à noite, me matando de estudar me senti mais segura, acho que estou sabendo o suficiente para passar e ainda tenho amanhã de manhã para estudar um pouco mais. Então, resolvi fazer um intervalinho para escrever no blog.
Queria contar uma cena bizarra (?) que presenciei esses dias. Eu estava subindo uma rua perto do hospital, quando vi uma aglomeração de pessoas. Chegando mais perto, percebi que tinha uma mulher caída. Com toda responsabilidade que o "título" estudante de medicina me dá, meu primeiro impulso foi de ir até lá para tentar ajudar. Porém, quando me aproximei um pouco mais, percebi que havia um médico lá já e ele parecia tranquilo, não parecia precisar de ajuda.
Continuei, então, subindo a rua e olhando para a situação.
Demorou alguns segundos para "cair minha ficha" do que estava acontecendo: a mulher no chão estava passando mal (mas estava consciente), havia uma outra segurando-a e o médico estava, simplesmente parado em pé ao lado das duas dando ordens, dizendo faça assim, faça assado.
Eu já tinha visto algo muito parecido quando estive no PS da Santa Casa de São Carlos. Chegou uma emergência, os enfermeiros se desdobravam em mil para agir e o médico só parado do lado dando ordens, sem nem tocar, sem nem se alterar (sei lá se isso é um procedimento padrão, acho que é assim mesmo).
Mas, na rua, lidando com pessoas comuns, que não estão acostumadas... achei no mínimo desumando da parte dele não se abaixar para ajudar as duas mulheres.
Enfim, eu também não voltei lá para perguntar se queriam alguma coisa. Não posso falar nada. Mas achei tudo isso muito estranho, muito bizarro e fiquei com medo de acabar me tornando igual a ele, e fiquei angustiada por ter visto isso e não ter feito nada...
Passei o dia todo estudando (exceto de manhã que fiquei numa reunião que parecia que nunca ia acabar).
Eu estava morrendo de medo de ser reprovada novamente nessa matéria mas agora à noite, me matando de estudar me senti mais segura, acho que estou sabendo o suficiente para passar e ainda tenho amanhã de manhã para estudar um pouco mais. Então, resolvi fazer um intervalinho para escrever no blog.
Queria contar uma cena bizarra (?) que presenciei esses dias. Eu estava subindo uma rua perto do hospital, quando vi uma aglomeração de pessoas. Chegando mais perto, percebi que tinha uma mulher caída. Com toda responsabilidade que o "título" estudante de medicina me dá, meu primeiro impulso foi de ir até lá para tentar ajudar. Porém, quando me aproximei um pouco mais, percebi que havia um médico lá já e ele parecia tranquilo, não parecia precisar de ajuda.
Continuei, então, subindo a rua e olhando para a situação.
Demorou alguns segundos para "cair minha ficha" do que estava acontecendo: a mulher no chão estava passando mal (mas estava consciente), havia uma outra segurando-a e o médico estava, simplesmente parado em pé ao lado das duas dando ordens, dizendo faça assim, faça assado.
Eu já tinha visto algo muito parecido quando estive no PS da Santa Casa de São Carlos. Chegou uma emergência, os enfermeiros se desdobravam em mil para agir e o médico só parado do lado dando ordens, sem nem tocar, sem nem se alterar (sei lá se isso é um procedimento padrão, acho que é assim mesmo).
Mas, na rua, lidando com pessoas comuns, que não estão acostumadas... achei no mínimo desumando da parte dele não se abaixar para ajudar as duas mulheres.
Enfim, eu também não voltei lá para perguntar se queriam alguma coisa. Não posso falar nada. Mas achei tudo isso muito estranho, muito bizarro e fiquei com medo de acabar me tornando igual a ele, e fiquei angustiada por ter visto isso e não ter feito nada...
sexta-feira, 10 de dezembro de 2004
Momento raro: estou sem fazer nada. Ohhhh
Na verdade, não é porque eu não tenha nada para fazer (tenho milhares de coisas acumuladas esperando minha mãozinha para realizá-las) mas é que hoje é sexta-feira, já corri o dia todo. Então, nesse meio tempo, fico aqui, sem fazer nada de útil, só passando o tempo e aproveitando para descansar.
Aliás, hoje dei uma mancada péssima. Fiquei de levar um documento elaborado, com todos os dados levantados, para uma reunião às 17h. Só que ontem à noite fui chamada para um processo de seleção para um estágio que aconteceria hoje às 16h. Na correria de arrumar currículo, resolver todas as coisas, pedi para uma amiga preparar o documento. Primeiro ela me disse que faria, depois, quando eu estava desesperada porque não daria tempo de terminar o currículo, ela vem me dizer que vai para casa dela estudar para a prova de amanhã e não vai na reunião (nem sabia onde estava o documento).
Acabou que ninguém preparou o tal, nenhum dos 3 responsáveis pelo assunto (eu, ela e um outro amigo nosso) foi na reunião e todos os outros, que esperavam por esse documento, ficaram putos (com razão) porque não poderiam fazer nada sem ele.
Sei lá se foi culpa minha: talvez sim porque eu poderia ter me esforçado um pouco mais, ter feito o documento com antecedência e ter passado para alguém que eu sabia que iria na reunião com certeza; por outro lado, eu estava sobrecarregada com todas as coisas da graduação, do centro acadêmico, tinha prova e ainda estava triste porque essa semana fez um ano que minha mãe morreu e eu simplesmente não sabia como lidar com esse sentimento, com essa situação.
Bom, acho que semana que vem, que só tenho uma prova dá para resolver esse problema do documento apesar das milhares de reuniões e de outros problemas que adiei a resolução para essa próxima semana.
Férias??? O que é isso mesmo???
Na verdade, não é porque eu não tenha nada para fazer (tenho milhares de coisas acumuladas esperando minha mãozinha para realizá-las) mas é que hoje é sexta-feira, já corri o dia todo. Então, nesse meio tempo, fico aqui, sem fazer nada de útil, só passando o tempo e aproveitando para descansar.
Aliás, hoje dei uma mancada péssima. Fiquei de levar um documento elaborado, com todos os dados levantados, para uma reunião às 17h. Só que ontem à noite fui chamada para um processo de seleção para um estágio que aconteceria hoje às 16h. Na correria de arrumar currículo, resolver todas as coisas, pedi para uma amiga preparar o documento. Primeiro ela me disse que faria, depois, quando eu estava desesperada porque não daria tempo de terminar o currículo, ela vem me dizer que vai para casa dela estudar para a prova de amanhã e não vai na reunião (nem sabia onde estava o documento).
Acabou que ninguém preparou o tal, nenhum dos 3 responsáveis pelo assunto (eu, ela e um outro amigo nosso) foi na reunião e todos os outros, que esperavam por esse documento, ficaram putos (com razão) porque não poderiam fazer nada sem ele.
Sei lá se foi culpa minha: talvez sim porque eu poderia ter me esforçado um pouco mais, ter feito o documento com antecedência e ter passado para alguém que eu sabia que iria na reunião com certeza; por outro lado, eu estava sobrecarregada com todas as coisas da graduação, do centro acadêmico, tinha prova e ainda estava triste porque essa semana fez um ano que minha mãe morreu e eu simplesmente não sabia como lidar com esse sentimento, com essa situação.
Bom, acho que semana que vem, que só tenho uma prova dá para resolver esse problema do documento apesar das milhares de reuniões e de outros problemas que adiei a resolução para essa próxima semana.
Férias??? O que é isso mesmo???
segunda-feira, 29 de novembro de 2004
Só passei para dar um "oi".
Essas duas próximas semanas vão ser super puxadas para mim: tenho várias provas, trabalhos e reuniões... Aliás, agora estou estudando para a prova sub de radiologia. Mó legal!
Nesse momento, minha vida está perfeita: consegui ajudar minha amiga; fui para o Congresso e foi muuuito bom (apesar de ter tido que dormir no chão, tomar banho frio todos os dias e passar fome - eita cidadezinha ruinzinha), meu "chefe", admirado e aclamado por muitos presentes lá, apresentou de maneira brilhante (e dando ênfase à importância da participação dos alunos - eu e o Bru) o trabalho que estamos fazendo juntos (os gráficos que me roubaram tantos finais de semana) e foi o maior sucesso; almocei com minha madrinha hoje e foi maravilhoso; eu tinha duas reuniões hoje às 17h30 - fiquei nas duas e fugi das duas (perfeito!).
Agora vou voltar aos estudos porque preciso passar nessa matéria (e porque também estou me divertindo bastante tentando decifrar raios x, tomos, ressonâncias e ultra-sons).
Essas duas próximas semanas vão ser super puxadas para mim: tenho várias provas, trabalhos e reuniões... Aliás, agora estou estudando para a prova sub de radiologia. Mó legal!
Nesse momento, minha vida está perfeita: consegui ajudar minha amiga; fui para o Congresso e foi muuuito bom (apesar de ter tido que dormir no chão, tomar banho frio todos os dias e passar fome - eita cidadezinha ruinzinha), meu "chefe", admirado e aclamado por muitos presentes lá, apresentou de maneira brilhante (e dando ênfase à importância da participação dos alunos - eu e o Bru) o trabalho que estamos fazendo juntos (os gráficos que me roubaram tantos finais de semana) e foi o maior sucesso; almocei com minha madrinha hoje e foi maravilhoso; eu tinha duas reuniões hoje às 17h30 - fiquei nas duas e fugi das duas (perfeito!).
Agora vou voltar aos estudos porque preciso passar nessa matéria (e porque também estou me divertindo bastante tentando decifrar raios x, tomos, ressonâncias e ultra-sons).
quinta-feira, 18 de novembro de 2004
Não estou muito bem hoje...
Não estou nada bem desde ontem. Não sei o que está acontecendo. Estou irritada, estou elétrica, estou cansada, muito preguiçosa, não tenho comido direito, tenho dormido muito...
Tenho tanto medo da tal doença... alguns dizem que não tem cura, outros dizem "é lógico que tem". Os que dizem não ter cura afirmam que vc tem uma crise que dura cerca de 8/10 meses, depois passa, vc fica bem por um tempo, depois tem outra crise e assim vai vivendo a vida... a não ser que resolva se entupir de remédios e gastar rios de dinheiro com terapia.
Tudo tão incerto.
Não sei se estou apenas estressada pela montanha de coisas a fazer ou se já estou antecipando o sofrimento do "faz 1 ano"... Não consigo parar de pensar "há um ano atrás eu estava...".
Hoje corri o dia todo. Nossa! Que dia!
Às 8h eu tinha reunião no hospital mas não fui (outro sintoma: estou novamente faltando nos meus compromissos), levantei às 8h30 e fui lavar roupa. Saí de casa às 10h30, correndo. Passei na Secretaria de Graduação para ver se tínhamos conseguido fechar a grade horária para ano que vem e descobri que, na verdade, haviam surgido mais alguns problemas (que eu, como representante dos alunos, preciso ajudar a resolver). Falei: "ah, isso é fácil, a gente fala com o professor e resolve sem probelmas" - o maior fingimento! Mas quem sabe ela não fica mais tranquila e tenta resolver tudo sem mim...
Às 11h, fui para o "departamento" de Educação Médica (onde dizem que eu moro porque vivo "trabalhando" lá), encontrei a secretária e reclamei para ela que as confusões do ano passado para a recepção dos calouros estavam se repetindo, que estávamos rediscutindo tudo novamente, sem necessidade etc, etc, etc. Ela falou: "Também acho. Sabe o que vc faz? Leva a ata do ano passado, todas as informações que vc acha que não precisa rediscutir e apresenta. Aliás, vamos agora na sala do diretor executivo resolver algumas pendências". E lá estava eu, assumindo mais trabalho, e, pior, indo novamente me meter na diretoria...
Depois, fui à sala da minha orientadora para ver como estavam os slides da apresentação que eu não consegui fazer e que ela fez com a maior facilidade. Recebi a notícia: a apresentação do nosso projeto no Congresso vai ser na mesma hora da apresentação de um outro projeto dela mas em salas diferentes. Ou seja, ainda valendo as leis da física, ela não pode estar em dois lugares diferentes ao mesmo tempo... então, ela quer que eu apresente o projeto. Apresentação oral! Num Congresso (nunca nem assisti esse tipo de apresentação). Sobre um trabalho que eu nem entendo (muito menos concordo) por que será apresentado. Hahahaha. NÃO VOU!
Falei para ela que não tem como, que eu morro de medo de falar em público, que não me sinto segura... Mas ela insisti em dizer que não tem como ela estar em dois lugares ao mesmo tempo (o que até me parece um bom argumento). Me angustiei horrores com essa história, não sei o que fazer para me safar dessa, mas vou arrumar um jeito.
Enfim, nem tive muito tempo para pensar a respeito pois desci para o Centro Acadêmico e encotrei novos problemas para resolver.
Às 12h, já horrivelmente estressada, larguei tudo e fui almoçar com minha madrinha querida. Conversamos bastante (finalmente!), demos muita risada. Foi ótimo. Mas logo ela teve que ir trabalhar.
Voltei ao Centro Acadêmico. Assim que entrei meu celular tocou. Era minha amiga de infância, com quem eu não falava há meses. Fiquei tão feliz ao ouvir a voz dela, mas logo:
Eu: - E aí, mulher? Como vc está? Tudo bem?
Ela: - Não. Tudo péssimo.
E começou a me contar que a mãe dela piorou da doença que ela tem (que minha amiga ainda não sabe o que é). Ela está tendo surtos, perdeu completamente a noção de realidade, é violenta, acha que está sendo perseguida o tempo todo. Muito provavelmente, ela tem esquizo. Minha amiga largou toda a vida dela (a faculdade, o emprego) para cuidar da mãe mas ela só piora e agora está colocando a vida dela e da família em risco. Ela me ligou porque já não sabe mais o que fazer e precisa de ajuda.
Lá fui eu falar com todas as pessoas que conheço que sei que poderiam ajudar. Mas psiquiatras mesmo que era o necessário, não encontrei nenhum: "liga amanhã, por volta das 11h que a doutora vai estar aqui". Fiquei desesperada.
Liguei para uma outra amiga minha (minha companheira nas caças à PQs) e pedi que ela fosse comigo ao hospital, tentar conseguir falar com alguém. 5 minutos depois me aparece ela, branca feito a recém pintada parede do C.A., com o cabelo todo molhado e uma cara horrível. Sentei para conversar com ela e ela me contou que tinha acabado de vomitar novamente. Comeu pra caramba e vomitou tudo - de novo. Distúrbio alimentar, "fuga", depressão grave... já não sei mais o que fazer com ela.
Mesmo assim, carreguei ela para o hospital comigo (torcendo para, no caminho, encontrar a médica que tem cuidado dos "problemas gástricos" dela).
Mas não fui à psiquiatria. Fui à clínica médica pois precisava resolver os problemas com os remédios da minha vó (a irresponsável veio me dizer, no domingo, que o remédio dela tinha acabado - isso porque eu já expliquei mais de mil vezes que ela tem que me avisar pelo menos 3 dias antes). Corri de um lado para outro, extremamente elétrica, agitada (nessas alturas não conseguia mais nem pensar no que estava fazendo). Não encontrei a médica da minha amiga, mas resolvi o problema da minha avó e resolvi esperar até amanhã (de manhã, já que tem que ser assim com PQs) para encontrar algum psiquiatra.
Liguei para a minha amiga de infância, dei algumas orientações do tipo (se a coisa apertar, chama os bombeiros ou a polícia que eles vão saber o que fazer).
Dei mais umas corridas para resolver pequenas coisas da graduação e fui para a reunião do C.A. Ineditamente, eu tinha 4 pautas para discutir. Aguentei bravamente e consegui discutir 3 (uma boa média). Fui correndo jantar (faltava exatamente 2 minutos para o restaurante fechar). Pelo menos o jantar foi bem sossegado. Encontrei uns amigos e ficamos falando sobre Cabo Verde (terra de uma das minhas amigas da mesa). Ela nos ensinou que esse belo país africano é composto por 9 ilhas, com cerca de 500mil habitantes, sendo que a ilha mais populosa tem cerca de 120 mil. Chegamos à conclusão de que, se algum dia conseguirmos juntar os 1.200 dólares para visitar Cabo Verde, não podemos fazer nada de errado lá, senão o país inteiro fica sabendo em poucas horas (imagina só, se numa cidade "grande" do interior de São Paulo, você faz uma coisinha de nada e vira notícia, imagina num país como esse).
Enfim, voltei ao C.A. e descobri que minha vida estava virada de cabeça para baixo, que eu preciso conversar sobre isso com alguém que não vá me julgar nem dizer "é vc faz coisas demais" mas desmarquei minha terapia que seria amanhã (simplesmente porque não queria ir), que tenho zilhões de coisas a fazer e resolver antes de viajar para Vitória (sexta agora, à noite).
E aí, então?
Depois de surtar, ligar para minha madrinha e não conseguir falar, fazer drama com a Ju, uma das minhas grandes preocupações (que além de tudo, não fala mais comigo direito, mas, pelo menos, ainda passa para me dar tchau - ainda bem que vc passou, fiquei feliz em te ver!), tentar fazer as coisas e não conseguir... larguei tudo, me joguei no sofá do C.A. e fiquei assistindo tv.
Assisti ao filme "Garota Interrompida". Que droga! Por que justamente esse filme estava passando hoje, justamente a essa hora? Chorei horrores, sofri, me questionei se não sou assim que nem uma das loucas do hospício... Foi aí que me veio toda a lembrança da depressão, das teorias, das discussões, dos sintomas.
Terminei o filme e vim escrever. Eu precisava colocar essas coisas para fora... E me fez bem. Estou me sentindo melhor.
Mas, novamente volto a me questionar se não estou me expondo demais... se não deveria escrever isso à caneta e trancar no fundo de algum armário bem escondido.
Como sou complicada, paranóica, medrosa, melancólica...
"Louco é assim que nem pessoa 'normal', mas de maneira ampliada. Quem nunca gritou sem ter razão? Quem nunca quis ser criança para sempre? Quem nunca teve muito medo? Quem nunca mentiu e sentiu prazer em fazê-lo?..."
Não estou nada bem desde ontem. Não sei o que está acontecendo. Estou irritada, estou elétrica, estou cansada, muito preguiçosa, não tenho comido direito, tenho dormido muito...
Tenho tanto medo da tal doença... alguns dizem que não tem cura, outros dizem "é lógico que tem". Os que dizem não ter cura afirmam que vc tem uma crise que dura cerca de 8/10 meses, depois passa, vc fica bem por um tempo, depois tem outra crise e assim vai vivendo a vida... a não ser que resolva se entupir de remédios e gastar rios de dinheiro com terapia.
Tudo tão incerto.
Não sei se estou apenas estressada pela montanha de coisas a fazer ou se já estou antecipando o sofrimento do "faz 1 ano"... Não consigo parar de pensar "há um ano atrás eu estava...".
Hoje corri o dia todo. Nossa! Que dia!
Às 8h eu tinha reunião no hospital mas não fui (outro sintoma: estou novamente faltando nos meus compromissos), levantei às 8h30 e fui lavar roupa. Saí de casa às 10h30, correndo. Passei na Secretaria de Graduação para ver se tínhamos conseguido fechar a grade horária para ano que vem e descobri que, na verdade, haviam surgido mais alguns problemas (que eu, como representante dos alunos, preciso ajudar a resolver). Falei: "ah, isso é fácil, a gente fala com o professor e resolve sem probelmas" - o maior fingimento! Mas quem sabe ela não fica mais tranquila e tenta resolver tudo sem mim...
Às 11h, fui para o "departamento" de Educação Médica (onde dizem que eu moro porque vivo "trabalhando" lá), encontrei a secretária e reclamei para ela que as confusões do ano passado para a recepção dos calouros estavam se repetindo, que estávamos rediscutindo tudo novamente, sem necessidade etc, etc, etc. Ela falou: "Também acho. Sabe o que vc faz? Leva a ata do ano passado, todas as informações que vc acha que não precisa rediscutir e apresenta. Aliás, vamos agora na sala do diretor executivo resolver algumas pendências". E lá estava eu, assumindo mais trabalho, e, pior, indo novamente me meter na diretoria...
Depois, fui à sala da minha orientadora para ver como estavam os slides da apresentação que eu não consegui fazer e que ela fez com a maior facilidade. Recebi a notícia: a apresentação do nosso projeto no Congresso vai ser na mesma hora da apresentação de um outro projeto dela mas em salas diferentes. Ou seja, ainda valendo as leis da física, ela não pode estar em dois lugares diferentes ao mesmo tempo... então, ela quer que eu apresente o projeto. Apresentação oral! Num Congresso (nunca nem assisti esse tipo de apresentação). Sobre um trabalho que eu nem entendo (muito menos concordo) por que será apresentado. Hahahaha. NÃO VOU!
Falei para ela que não tem como, que eu morro de medo de falar em público, que não me sinto segura... Mas ela insisti em dizer que não tem como ela estar em dois lugares ao mesmo tempo (o que até me parece um bom argumento). Me angustiei horrores com essa história, não sei o que fazer para me safar dessa, mas vou arrumar um jeito.
Enfim, nem tive muito tempo para pensar a respeito pois desci para o Centro Acadêmico e encotrei novos problemas para resolver.
Às 12h, já horrivelmente estressada, larguei tudo e fui almoçar com minha madrinha querida. Conversamos bastante (finalmente!), demos muita risada. Foi ótimo. Mas logo ela teve que ir trabalhar.
Voltei ao Centro Acadêmico. Assim que entrei meu celular tocou. Era minha amiga de infância, com quem eu não falava há meses. Fiquei tão feliz ao ouvir a voz dela, mas logo:
Eu: - E aí, mulher? Como vc está? Tudo bem?
Ela: - Não. Tudo péssimo.
E começou a me contar que a mãe dela piorou da doença que ela tem (que minha amiga ainda não sabe o que é). Ela está tendo surtos, perdeu completamente a noção de realidade, é violenta, acha que está sendo perseguida o tempo todo. Muito provavelmente, ela tem esquizo. Minha amiga largou toda a vida dela (a faculdade, o emprego) para cuidar da mãe mas ela só piora e agora está colocando a vida dela e da família em risco. Ela me ligou porque já não sabe mais o que fazer e precisa de ajuda.
Lá fui eu falar com todas as pessoas que conheço que sei que poderiam ajudar. Mas psiquiatras mesmo que era o necessário, não encontrei nenhum: "liga amanhã, por volta das 11h que a doutora vai estar aqui". Fiquei desesperada.
Liguei para uma outra amiga minha (minha companheira nas caças à PQs) e pedi que ela fosse comigo ao hospital, tentar conseguir falar com alguém. 5 minutos depois me aparece ela, branca feito a recém pintada parede do C.A., com o cabelo todo molhado e uma cara horrível. Sentei para conversar com ela e ela me contou que tinha acabado de vomitar novamente. Comeu pra caramba e vomitou tudo - de novo. Distúrbio alimentar, "fuga", depressão grave... já não sei mais o que fazer com ela.
Mesmo assim, carreguei ela para o hospital comigo (torcendo para, no caminho, encontrar a médica que tem cuidado dos "problemas gástricos" dela).
Mas não fui à psiquiatria. Fui à clínica médica pois precisava resolver os problemas com os remédios da minha vó (a irresponsável veio me dizer, no domingo, que o remédio dela tinha acabado - isso porque eu já expliquei mais de mil vezes que ela tem que me avisar pelo menos 3 dias antes). Corri de um lado para outro, extremamente elétrica, agitada (nessas alturas não conseguia mais nem pensar no que estava fazendo). Não encontrei a médica da minha amiga, mas resolvi o problema da minha avó e resolvi esperar até amanhã (de manhã, já que tem que ser assim com PQs) para encontrar algum psiquiatra.
Liguei para a minha amiga de infância, dei algumas orientações do tipo (se a coisa apertar, chama os bombeiros ou a polícia que eles vão saber o que fazer).
Dei mais umas corridas para resolver pequenas coisas da graduação e fui para a reunião do C.A. Ineditamente, eu tinha 4 pautas para discutir. Aguentei bravamente e consegui discutir 3 (uma boa média). Fui correndo jantar (faltava exatamente 2 minutos para o restaurante fechar). Pelo menos o jantar foi bem sossegado. Encontrei uns amigos e ficamos falando sobre Cabo Verde (terra de uma das minhas amigas da mesa). Ela nos ensinou que esse belo país africano é composto por 9 ilhas, com cerca de 500mil habitantes, sendo que a ilha mais populosa tem cerca de 120 mil. Chegamos à conclusão de que, se algum dia conseguirmos juntar os 1.200 dólares para visitar Cabo Verde, não podemos fazer nada de errado lá, senão o país inteiro fica sabendo em poucas horas (imagina só, se numa cidade "grande" do interior de São Paulo, você faz uma coisinha de nada e vira notícia, imagina num país como esse).
Enfim, voltei ao C.A. e descobri que minha vida estava virada de cabeça para baixo, que eu preciso conversar sobre isso com alguém que não vá me julgar nem dizer "é vc faz coisas demais" mas desmarquei minha terapia que seria amanhã (simplesmente porque não queria ir), que tenho zilhões de coisas a fazer e resolver antes de viajar para Vitória (sexta agora, à noite).
E aí, então?
Depois de surtar, ligar para minha madrinha e não conseguir falar, fazer drama com a Ju, uma das minhas grandes preocupações (que além de tudo, não fala mais comigo direito, mas, pelo menos, ainda passa para me dar tchau - ainda bem que vc passou, fiquei feliz em te ver!), tentar fazer as coisas e não conseguir... larguei tudo, me joguei no sofá do C.A. e fiquei assistindo tv.
Assisti ao filme "Garota Interrompida". Que droga! Por que justamente esse filme estava passando hoje, justamente a essa hora? Chorei horrores, sofri, me questionei se não sou assim que nem uma das loucas do hospício... Foi aí que me veio toda a lembrança da depressão, das teorias, das discussões, dos sintomas.
Terminei o filme e vim escrever. Eu precisava colocar essas coisas para fora... E me fez bem. Estou me sentindo melhor.
Mas, novamente volto a me questionar se não estou me expondo demais... se não deveria escrever isso à caneta e trancar no fundo de algum armário bem escondido.
Como sou complicada, paranóica, medrosa, melancólica...
"Louco é assim que nem pessoa 'normal', mas de maneira ampliada. Quem nunca gritou sem ter razão? Quem nunca quis ser criança para sempre? Quem nunca teve muito medo? Quem nunca mentiu e sentiu prazer em fazê-lo?..."
sábado, 13 de novembro de 2004
Fazia tempo que eu não chorava...
Muito menos por uma besteira tão grande.
Minha orientadora pediu que eu preparasse os slides de uma apresentação que faremos num congresso semana que vem. E eu simplesmente não consegui fazer.
Não acho que essa pesquisa seja boa o suficiente para apresentar num congresso, não acho que eu saiba o suficiente para conseguir montá-la. Não consigo sequer escolher o mais importante, definir as prioridades, montar as tabelas. Nada.
Passei a tarde inteira tentando... até que comecei a chorar na frente do computador e desisti. Simplesmente decide não fazer. Liguei para ela e ela... riu. Disse que não valia a pena sofrer por isso, que era bobeira (sei que é bobeira porque esse congresso nem é tão importante mas meu sentimento de incapacidade foi tão angustiante que foi impossível ignorar).
Ela, sempre tão atenciosa, preocupada comigo, disse que sentaríamos juntas na terça e faríamos isso rapidinho sem problemas. Mas eu sei que ela tá sem tempo, cheia de problemas...
Enfim, por essas e outras que acredito realmente que já superei grande parte dos meus problemas. Sofrer por algo assim tão bobo, tão irrelevante é um bom indicativo de "cura".
Muito menos por uma besteira tão grande.
Minha orientadora pediu que eu preparasse os slides de uma apresentação que faremos num congresso semana que vem. E eu simplesmente não consegui fazer.
Não acho que essa pesquisa seja boa o suficiente para apresentar num congresso, não acho que eu saiba o suficiente para conseguir montá-la. Não consigo sequer escolher o mais importante, definir as prioridades, montar as tabelas. Nada.
Passei a tarde inteira tentando... até que comecei a chorar na frente do computador e desisti. Simplesmente decide não fazer. Liguei para ela e ela... riu. Disse que não valia a pena sofrer por isso, que era bobeira (sei que é bobeira porque esse congresso nem é tão importante mas meu sentimento de incapacidade foi tão angustiante que foi impossível ignorar).
Ela, sempre tão atenciosa, preocupada comigo, disse que sentaríamos juntas na terça e faríamos isso rapidinho sem problemas. Mas eu sei que ela tá sem tempo, cheia de problemas...
Enfim, por essas e outras que acredito realmente que já superei grande parte dos meus problemas. Sofrer por algo assim tão bobo, tão irrelevante é um bom indicativo de "cura".
quarta-feira, 10 de novembro de 2004
Nossa! Que dia está sendo esse?!
Nunca imaginei que poderia ter um dia tão maravilhoso quanto esse. Dá até medo tanta felicidade... (Engraçado como as pessoas são, né? Ficam sofrendo, perguntando porque não são felizes e quando são, ficam desconfiadas, achando que não merecem tanto ou que se está tudo tão perfeito, alguma coisa de ruim está por vir... ou será que só eu sou maluca assim?)
Acordei às 6h - precisava estudar para minha prova que seria às 8h. No dia anterior eu tentei estudar mas não conseguia me concentrar. Não consegui estudar absolutamente nada.
Cheguei no local da prova, super cedo, encontrei várias pessoas da turma. Pedi que alguém me ajudasse, me ensinasse as coisas mais importantes. Me explicaram e eu constatei que sabia menos ainda do que poderia supor.
Depois, fui almoçar com minha amiga querida (momento raro e maravilhoso).
Voltei para a faculdade correndo pois teria uma reunião de um projeto de pesquisa que estou fazendo. Começamos a reunião, meio bagunçada mas muito divertida. No meio, chegou uma pediatra, professora da faculdade, pessoa fantástica (inteligentíssima, educada, gentil, doce), ela teria reunião logo em seguida com minha orientadora.
A pediatra entrou na sala, minha orientadora apresentou cada um dos estudantes. Quando chegou em mim, a pediatra falou:
- Ah, ela eu já conheço. Oi, que bom te ver. (Virando para minha orientadora, falando de mim) Sabe que ela fez um texto fantástico para o jornal?
- Ah, é?
- É. Ela escreve muitíssimo bem. Nós até incluimos esse texto dela num projeto que a universidade pediu explicando nosso trabalho. (Foi aí que descobri como o vice-diretor tinha tido contato com meu texto que ainda nem foi publicado) Sabe, nós tínhamos feito um texto para mandar, mas quando lemos o dela, achamos que ficou beeem melhor e mandamos os dois.
- Ela é talentosíssima, não é?
- E como! (Virou para mim) Realmente amei seu texto, viu? Você escreve muito bem. Tem um jeitinho todo especial. Parabéns mesmo.
Nossa! Nossa!! Nossa!!! O que foi isso? Fiquei chocada, boquiaberta. Duas das mulheres que mais admiro nessa faculdade, falando bem assim de mim. Como? Logo eu, essa menina tão sem graça, que nem falar sabe direito...
Fiquei estarrecidamente feliz!!!!!
Depois dessa, desci para resolver algumas coisas e, incrivelmente, tudo que pedi, para todas as pessoas que pedi, elas aceitaram fazer sem eu nem ter que insistir.
Reservei meu horário de almoço para minha madrinha com quem há muito tempo eu não conversava direito. Infelizmente, ela estava lotada de trabalho e mais uma vez não conseguimos conversar direito mas mesmo assim foi ótimo porque fiquei lá dando palpite, ajudando-a e dando muuuuita risada. Às vezes, como hoje, ela está inspirada e fala muuuita besteira. É hilário. Aquela mulher, com todo jeito de séria, soltando cada uma... Me diverti horrores.
À tarde, fiquei lavando roupa, escrevendo e-mail e descansando.
Está tudo tão bom na minha vida...
Só não está perfeito porque minha irmãzinha do coração está fazendo aniversário e eu estou longe dela.
Nunca imaginei que poderia ter um dia tão maravilhoso quanto esse. Dá até medo tanta felicidade... (Engraçado como as pessoas são, né? Ficam sofrendo, perguntando porque não são felizes e quando são, ficam desconfiadas, achando que não merecem tanto ou que se está tudo tão perfeito, alguma coisa de ruim está por vir... ou será que só eu sou maluca assim?)
Acordei às 6h - precisava estudar para minha prova que seria às 8h. No dia anterior eu tentei estudar mas não conseguia me concentrar. Não consegui estudar absolutamente nada.
Cheguei no local da prova, super cedo, encontrei várias pessoas da turma. Pedi que alguém me ajudasse, me ensinasse as coisas mais importantes. Me explicaram e eu constatei que sabia menos ainda do que poderia supor.
Depois, fui almoçar com minha amiga querida (momento raro e maravilhoso).
Voltei para a faculdade correndo pois teria uma reunião de um projeto de pesquisa que estou fazendo. Começamos a reunião, meio bagunçada mas muito divertida. No meio, chegou uma pediatra, professora da faculdade, pessoa fantástica (inteligentíssima, educada, gentil, doce), ela teria reunião logo em seguida com minha orientadora.
A pediatra entrou na sala, minha orientadora apresentou cada um dos estudantes. Quando chegou em mim, a pediatra falou:
- Ah, ela eu já conheço. Oi, que bom te ver. (Virando para minha orientadora, falando de mim) Sabe que ela fez um texto fantástico para o jornal?
- Ah, é?
- É. Ela escreve muitíssimo bem. Nós até incluimos esse texto dela num projeto que a universidade pediu explicando nosso trabalho. (Foi aí que descobri como o vice-diretor tinha tido contato com meu texto que ainda nem foi publicado) Sabe, nós tínhamos feito um texto para mandar, mas quando lemos o dela, achamos que ficou beeem melhor e mandamos os dois.
- Ela é talentosíssima, não é?
- E como! (Virou para mim) Realmente amei seu texto, viu? Você escreve muito bem. Tem um jeitinho todo especial. Parabéns mesmo.
Nossa! Nossa!! Nossa!!! O que foi isso? Fiquei chocada, boquiaberta. Duas das mulheres que mais admiro nessa faculdade, falando bem assim de mim. Como? Logo eu, essa menina tão sem graça, que nem falar sabe direito...
Fiquei estarrecidamente feliz!!!!!
Depois dessa, desci para resolver algumas coisas e, incrivelmente, tudo que pedi, para todas as pessoas que pedi, elas aceitaram fazer sem eu nem ter que insistir.
Reservei meu horário de almoço para minha madrinha com quem há muito tempo eu não conversava direito. Infelizmente, ela estava lotada de trabalho e mais uma vez não conseguimos conversar direito mas mesmo assim foi ótimo porque fiquei lá dando palpite, ajudando-a e dando muuuuita risada. Às vezes, como hoje, ela está inspirada e fala muuuita besteira. É hilário. Aquela mulher, com todo jeito de séria, soltando cada uma... Me diverti horrores.
À tarde, fiquei lavando roupa, escrevendo e-mail e descansando.
Está tudo tão bom na minha vida...
Só não está perfeito porque minha irmãzinha do coração está fazendo aniversário e eu estou longe dela.
domingo, 7 de novembro de 2004
Essa poesia é sobre mim, foi feita especialmente para mim por um amigo muito especial, num dos momentos mais difíceis que passei.
Foram pouquíssimas as pessoas que eu permiti que a lessem, nunca nem pensei em publicá-la num blog - por egoísmo mesmo.
Mas nesses últimos dias, senti vontade de "dividi-la" com outras pessoas e, como sei que ele não se importa, aí vai para vocês.
A Menina e as Rosas
Eu vi a menina das nuvens
chorando, choro engasgado, contido
o brilho do mundo em seus olhos
em um mundo sem motivo, desalegre
Eu vi a menina que sonha
pés no chão, cabeça nas nuvens
em tempos de tanta neblina
por uns dias quase sem sonho
dor
dor de perder
a dor de partir, a dor
do quase se for
partindo
seus sonhos seus sentimentos suas nuvens
Partiu um pedaço de si
pras nuvens
O choro contido, engasgado
na ânsia da libertação
com o grito contido, engasgado
saíram
trovejaram
nuvens de lágrimas agora,
e dor
dor
de perder
dor do partir
repartiu sua alma
E a moça que vive nas nuvens
num gesto de singelesa
grandioso deveras
fez de sua dor poesia
Transmutou-a em rosas rubras
e as distribuiu feito amor
colorindo de azul tantos dias nublados das vidas
de pessoas que de tanto ver cinza
não lembravam que ainda existia o tal
do amor
Foram pouquíssimas as pessoas que eu permiti que a lessem, nunca nem pensei em publicá-la num blog - por egoísmo mesmo.
Mas nesses últimos dias, senti vontade de "dividi-la" com outras pessoas e, como sei que ele não se importa, aí vai para vocês.
A Menina e as Rosas
Eu vi a menina das nuvens
chorando, choro engasgado, contido
o brilho do mundo em seus olhos
em um mundo sem motivo, desalegre
Eu vi a menina que sonha
pés no chão, cabeça nas nuvens
em tempos de tanta neblina
por uns dias quase sem sonho
dor
dor de perder
a dor de partir, a dor
do quase se for
partindo
seus sonhos seus sentimentos suas nuvens
Partiu um pedaço de si
pras nuvens
O choro contido, engasgado
na ânsia da libertação
com o grito contido, engasgado
saíram
trovejaram
nuvens de lágrimas agora,
e dor
dor
de perder
dor do partir
repartiu sua alma
E a moça que vive nas nuvens
num gesto de singelesa
grandioso deveras
fez de sua dor poesia
Transmutou-a em rosas rubras
e as distribuiu feito amor
colorindo de azul tantos dias nublados das vidas
de pessoas que de tanto ver cinza
não lembravam que ainda existia o tal
do amor
quinta-feira, 4 de novembro de 2004
Um dia de "reconhecimento"
*5h30 (manhã): resposta de e-mail do Presidente da Comissão de Graduação, todo 'fofo' (que atrevimento o meu, não?):
"Oi. Tudo bem com você?" (Às vezes ele tem uns surtos de querer cuidar de mim... acho tão estranho.)
*8h00: antes da reunião, o "chefe" falando com outros professores:
- A única que pode alterar qualquer coisa, reclamar, é aquela ali (e apontou para mim). Ela sim pode fazer o que ela quiser.
Eu: ????
*8h30: Iniciada a reunião, o "chefe", depois de ter dado as explicações iniciais para os ilustres professores:
- Então, senhores, eu vou apresentar tal e tal coisa. Você (apontou para mim) não quer vir aqui na frente para fazer os comentários e ir me corrigindo se eu falar alguma besteira?
- Eu???
- É.Você. Você é a maior especialista nesse assunto aqui. É só para explicar melhor o que fizemos.
Obviamente, eu quase infartei na hora. Imagina essa tímida, a maior envergonhada sendo chamada assim de surpresa por uma das pessoas que mais admiro para "dividir" uma apresentação... e ainda ouvir que sou a maior especialista no assunto (tudo bem que não é um assunto assim tão importante para a humanidade). Fui lá, fiquei calada a maior parte do tempo (só para variar), mas também dei minhas explicações, minhas contribuições. E estava bem à vontade. Acho que me saí muito bem.
*18h15 (passei a tarde fora da facul e foi ótimo!): Eu entrando em casa, vejo de longe o vice-diretor da faculdade. Imagina, achei que ele nem ia me cumprimentar ("mal deve saber quem sou"). Ele me olhou (estávamos longe), falou oi. Respondi "oi" e continuei andando. Ele gritou:
- Li seu texto, viu?
Parei, olhei de novo para ele: - Ah, é? (???)
- Achei muito bom! Parabéns!!!
Continuei andando, morrendo de vergonha:
- Obrigada!
Acho que se eu fosse menos envergonhada, aproveitaria muito mais esses momentos tão raros e especiais.
Como é bom ver que as pessoas gostam do que a gente produz, não?
*5h30 (manhã): resposta de e-mail do Presidente da Comissão de Graduação, todo 'fofo' (que atrevimento o meu, não?):
"Oi. Tudo bem com você?" (Às vezes ele tem uns surtos de querer cuidar de mim... acho tão estranho.)
*8h00: antes da reunião, o "chefe" falando com outros professores:
- A única que pode alterar qualquer coisa, reclamar, é aquela ali (e apontou para mim). Ela sim pode fazer o que ela quiser.
Eu: ????
*8h30: Iniciada a reunião, o "chefe", depois de ter dado as explicações iniciais para os ilustres professores:
- Então, senhores, eu vou apresentar tal e tal coisa. Você (apontou para mim) não quer vir aqui na frente para fazer os comentários e ir me corrigindo se eu falar alguma besteira?
- Eu???
- É.Você. Você é a maior especialista nesse assunto aqui. É só para explicar melhor o que fizemos.
Obviamente, eu quase infartei na hora. Imagina essa tímida, a maior envergonhada sendo chamada assim de surpresa por uma das pessoas que mais admiro para "dividir" uma apresentação... e ainda ouvir que sou a maior especialista no assunto (tudo bem que não é um assunto assim tão importante para a humanidade). Fui lá, fiquei calada a maior parte do tempo (só para variar), mas também dei minhas explicações, minhas contribuições. E estava bem à vontade. Acho que me saí muito bem.
*18h15 (passei a tarde fora da facul e foi ótimo!): Eu entrando em casa, vejo de longe o vice-diretor da faculdade. Imagina, achei que ele nem ia me cumprimentar ("mal deve saber quem sou"). Ele me olhou (estávamos longe), falou oi. Respondi "oi" e continuei andando. Ele gritou:
- Li seu texto, viu?
Parei, olhei de novo para ele: - Ah, é? (???)
- Achei muito bom! Parabéns!!!
Continuei andando, morrendo de vergonha:
- Obrigada!
Acho que se eu fosse menos envergonhada, aproveitaria muito mais esses momentos tão raros e especiais.
Como é bom ver que as pessoas gostam do que a gente produz, não?
Saiba
(Arnaldo Antunes)
Saiba: todo mundo foi neném
Einstein, Freud e Platão também
Hitler, Bush e Sadam Hussein
Quem tem grana e quem não tem
Saiba: todo mundo teve infância
Maomé já foi criança
Arquimedes, Buda, Galileu
também você e eu
Saiba: todo mundo teve medo
Mesmo que seja segredo
Nietzsche e Simone de Beauvoir
Fernandinho Beira-Mar
Saiba: todo mundo vai morrer
Presidente, general ou rei
Anglo-saxão ou muçulmano
Todo e qualquer ser humano
Saiba: todo mundo teve pai
Quem já foi e quem ainda vai
Lao Tsé, Moisés, Ramsés, Pelé
Ghandi, Mike Tyson, Salomé
Saiba: todo mundo teve mãe
Índios, africanos e alemães
Nero, Che Guevara, Pinochete
também eu e você
(Arnaldo Antunes)
Saiba: todo mundo foi neném
Einstein, Freud e Platão também
Hitler, Bush e Sadam Hussein
Quem tem grana e quem não tem
Saiba: todo mundo teve infância
Maomé já foi criança
Arquimedes, Buda, Galileu
também você e eu
Saiba: todo mundo teve medo
Mesmo que seja segredo
Nietzsche e Simone de Beauvoir
Fernandinho Beira-Mar
Saiba: todo mundo vai morrer
Presidente, general ou rei
Anglo-saxão ou muçulmano
Todo e qualquer ser humano
Saiba: todo mundo teve pai
Quem já foi e quem ainda vai
Lao Tsé, Moisés, Ramsés, Pelé
Ghandi, Mike Tyson, Salomé
Saiba: todo mundo teve mãe
Índios, africanos e alemães
Nero, Che Guevara, Pinochete
também eu e você
sábado, 30 de outubro de 2004
Nossa! Que fase ruim!
Depois dessas duas semanas de estresse total, me encontro aqui na faculdade, em plena sexta-feira às 23h45 da noite, trabalhando...
Tudo bem que isso que estou fazendo (tabulação de dados da minha pesquisa) é algo que eu gosto, faço por prazer, mas que é cansativo, ah, isso é, e muito!
No meio da semana, entrei em "burnout". Na quarta-feira, sai da facul super cedo - às 21h - porque já nem raciocinava mais. Cheguei em casa e dormi. Muito. Acordei às 9h do dia seguinte (fazia muito tempo que eu não dormia mais que 6h - na verdade, tive sorte nos dias em que consegui dormir durante 6h). Eu tinha aula na quinta de manhã mas não fui. Peguei toda minha roupa suja e fui lavar. Lavei tudo, direitinho, como há muito tempo não conseguia fazer.
Só saí de casa às 13h30, atrasada, correndo como sempre. Almocei voando e fui ao hospital para uma reunião como representante discente com representantes do governo. Foi interessantíssima! Só apareci na faculdade às 17h. Toda tranquila, me fazendo de desentendida. Foi ótimo!
Consegui terminar meu texto para o jornal, finalmente. Era para eu ter entregue na segunda-feira mas só mandei na quinta, quase meia noite. Eu gostei bastante do que produzi. Gostei mesmo. Apesar de achar que ficou extremamente informativo.
Porém, ao mostrar para o ex-editor do jornal, recebi uma crítica, seguida de uma cara de descontentamento horrível. Ele achou que eu não fui crítica o suficiente, que eu deveria ter "cutucado" mais, deveria ter levantado polêmica. Mas eu não sou de fazer isso. Não é minha característica de escrita. Só escrevo textos críticos e polêmicos quando eles saem naturalmente, quando estou realmente muito incomodada com alguma coisa. Mas assim...
Por que fiz essa matéria (sobre Atenção Primária): eu não pude participar da reunião onde foram definidas as pautas. A equipe definiu tudo (temas, quem ia escrever o que) e sobrou a matéria de capa (sem assunto). Vieram para mim e perguntaram se eu tinha alguma idéia de tema. Eu disse que não. Perguntaram se eu não podia escrever a matéria (sobre o tema que eu quisesse) para ir para capa (me senti lisonjeada). Insanamente eu aceitei. Decidi que queria escrever sobre Atenção Primária. Falei para a editora, ela aceitou e fui fazer minhas pesquisas. O ex-editor, que entende bastante desse assunto, devo admitir, levantou vários problemas relacionados ao assunto, esperando que eu abordasse isso na matéria (detalhe: ele não quis me ajudar a escrever). Beleza.
Deu um trabalhão desgraçado. Além de todas as obrigações que eu já tinha, fiquei extremamente sobrecarregada com esse texto. Mas fiz.
Depois de toda a dificuldade que passei, toda a luta para escrever sozinha, sem tempo, vem o cara e critica ferrenhamente... fiquei tão chateada. Fiquei mal mesmo. Me senti uma incompetente. Eu sei que a matéria está muito informativa e que em geral isso não é característica de matéria de capa, mas escrever texto crítico não é minha característica. Definitivamente, não. Se eles queriam uma matéria bombástica, que chamassem outra pessoa para escrever e não eu.
O pior é que, depois que minha chateação passou, que eu consegui entender que a culpa não era minha, volta o tal cara e fala: "Você não consertou o texto??? Pô. Eu achei que você ia mudar ele depois do que eu falei." É mole??
Quase mandei ele à merda. Só não o fiz porque a atual editora me convenceu que o cara está mal, passando por problemas pessoais e está meio descontrolado.
Fiquei tão chateada. Não pela crítica ao texto, mas pela forma com que as coisas aconteceram e pelo jeito que ele falou comigo. Ao mesmo tempo fiquei preocupada pois ando chateada demais com muita gente.
Na terça-feira, passei a manhã toda chorando com minha madrinha por causa de duas médicas que gosto muito (não são minhas médicas). Na minha opinião de pessoa magoada (que isso fique bem claro), acho que elas são "bipolar". Elas têm uma oscilação grande de humor (pelo menos comigo). Às vezes, elas são um doce, conversam bastante, são super carinhosas, me tratam bem. Outras vezes, ou são completamente ausentes ou estúpidas. Fico pensando se esse comportamento não esbarra no interesse... ou se o problema não está comigo.
Outra pessoa que tem me incomodado bastante é uma nova funcionária da faculdade. Tenho tido contato com ela por "trabalharmos" com assuntos ligados, mas sei (por fontes seguras) que ela não tem um caráter nada admirável. Desde que me conheceu, ela veio toda gentil, sorrindo, querendo me envolver no jogo dela. Um horror de pessoa. Mas tenho que aguentá-la e fingir que não percebo, fingir que não me incomoda (por motivos que tb não vêm ao caso). É péssimo. Me sinto a pior pessoa do mundo. Falsa.
Não sei o que está acontecendo comigo. Fico sofrendo por pessoas que não merecem. Fico magoada facilmente, me sentindo menor, me sentindo tão pequena... Às vezes tenho vontade de jogar tudo isso para os ares e ir cuidar da minha vida.
(Que texto confuso, não? Péssimo: talvez para refletir melhor minha alma...)
Depois dessas duas semanas de estresse total, me encontro aqui na faculdade, em plena sexta-feira às 23h45 da noite, trabalhando...
Tudo bem que isso que estou fazendo (tabulação de dados da minha pesquisa) é algo que eu gosto, faço por prazer, mas que é cansativo, ah, isso é, e muito!
No meio da semana, entrei em "burnout". Na quarta-feira, sai da facul super cedo - às 21h - porque já nem raciocinava mais. Cheguei em casa e dormi. Muito. Acordei às 9h do dia seguinte (fazia muito tempo que eu não dormia mais que 6h - na verdade, tive sorte nos dias em que consegui dormir durante 6h). Eu tinha aula na quinta de manhã mas não fui. Peguei toda minha roupa suja e fui lavar. Lavei tudo, direitinho, como há muito tempo não conseguia fazer.
Só saí de casa às 13h30, atrasada, correndo como sempre. Almocei voando e fui ao hospital para uma reunião como representante discente com representantes do governo. Foi interessantíssima! Só apareci na faculdade às 17h. Toda tranquila, me fazendo de desentendida. Foi ótimo!
Consegui terminar meu texto para o jornal, finalmente. Era para eu ter entregue na segunda-feira mas só mandei na quinta, quase meia noite. Eu gostei bastante do que produzi. Gostei mesmo. Apesar de achar que ficou extremamente informativo.
Porém, ao mostrar para o ex-editor do jornal, recebi uma crítica, seguida de uma cara de descontentamento horrível. Ele achou que eu não fui crítica o suficiente, que eu deveria ter "cutucado" mais, deveria ter levantado polêmica. Mas eu não sou de fazer isso. Não é minha característica de escrita. Só escrevo textos críticos e polêmicos quando eles saem naturalmente, quando estou realmente muito incomodada com alguma coisa. Mas assim...
Por que fiz essa matéria (sobre Atenção Primária): eu não pude participar da reunião onde foram definidas as pautas. A equipe definiu tudo (temas, quem ia escrever o que) e sobrou a matéria de capa (sem assunto). Vieram para mim e perguntaram se eu tinha alguma idéia de tema. Eu disse que não. Perguntaram se eu não podia escrever a matéria (sobre o tema que eu quisesse) para ir para capa (me senti lisonjeada). Insanamente eu aceitei. Decidi que queria escrever sobre Atenção Primária. Falei para a editora, ela aceitou e fui fazer minhas pesquisas. O ex-editor, que entende bastante desse assunto, devo admitir, levantou vários problemas relacionados ao assunto, esperando que eu abordasse isso na matéria (detalhe: ele não quis me ajudar a escrever). Beleza.
Deu um trabalhão desgraçado. Além de todas as obrigações que eu já tinha, fiquei extremamente sobrecarregada com esse texto. Mas fiz.
Depois de toda a dificuldade que passei, toda a luta para escrever sozinha, sem tempo, vem o cara e critica ferrenhamente... fiquei tão chateada. Fiquei mal mesmo. Me senti uma incompetente. Eu sei que a matéria está muito informativa e que em geral isso não é característica de matéria de capa, mas escrever texto crítico não é minha característica. Definitivamente, não. Se eles queriam uma matéria bombástica, que chamassem outra pessoa para escrever e não eu.
O pior é que, depois que minha chateação passou, que eu consegui entender que a culpa não era minha, volta o tal cara e fala: "Você não consertou o texto??? Pô. Eu achei que você ia mudar ele depois do que eu falei." É mole??
Quase mandei ele à merda. Só não o fiz porque a atual editora me convenceu que o cara está mal, passando por problemas pessoais e está meio descontrolado.
Fiquei tão chateada. Não pela crítica ao texto, mas pela forma com que as coisas aconteceram e pelo jeito que ele falou comigo. Ao mesmo tempo fiquei preocupada pois ando chateada demais com muita gente.
Na terça-feira, passei a manhã toda chorando com minha madrinha por causa de duas médicas que gosto muito (não são minhas médicas). Na minha opinião de pessoa magoada (que isso fique bem claro), acho que elas são "bipolar". Elas têm uma oscilação grande de humor (pelo menos comigo). Às vezes, elas são um doce, conversam bastante, são super carinhosas, me tratam bem. Outras vezes, ou são completamente ausentes ou estúpidas. Fico pensando se esse comportamento não esbarra no interesse... ou se o problema não está comigo.
Outra pessoa que tem me incomodado bastante é uma nova funcionária da faculdade. Tenho tido contato com ela por "trabalharmos" com assuntos ligados, mas sei (por fontes seguras) que ela não tem um caráter nada admirável. Desde que me conheceu, ela veio toda gentil, sorrindo, querendo me envolver no jogo dela. Um horror de pessoa. Mas tenho que aguentá-la e fingir que não percebo, fingir que não me incomoda (por motivos que tb não vêm ao caso). É péssimo. Me sinto a pior pessoa do mundo. Falsa.
Não sei o que está acontecendo comigo. Fico sofrendo por pessoas que não merecem. Fico magoada facilmente, me sentindo menor, me sentindo tão pequena... Às vezes tenho vontade de jogar tudo isso para os ares e ir cuidar da minha vida.
(Que texto confuso, não? Péssimo: talvez para refletir melhor minha alma...)
terça-feira, 26 de outubro de 2004
De repente, toca meu celular:
- Alô?
- Oi, lembra de mim? - era minha madrinha - fazia uns 4 dias que a gente não se falava e no dia anterior eu tinha mandado 3 e-mails para ela.
- Não, não lembro, não. Quem é você?
- Ai, não faz essa pergunta porque eu não sei responder...
Agora descobri porque a gente se dá tão bem, mesmo com minha cobrança excessiva de atenção: ela é tão carente quanto eu e também exigente de atenção... a diferença é que ela sabe disfarçar melhor.
- Alô?
- Oi, lembra de mim? - era minha madrinha - fazia uns 4 dias que a gente não se falava e no dia anterior eu tinha mandado 3 e-mails para ela.
- Não, não lembro, não. Quem é você?
- Ai, não faz essa pergunta porque eu não sei responder...
Agora descobri porque a gente se dá tão bem, mesmo com minha cobrança excessiva de atenção: ela é tão carente quanto eu e também exigente de atenção... a diferença é que ela sabe disfarçar melhor.
domingo, 24 de outubro de 2004
Bordado de Deus
(Autor Desconhecido)
Quando eu era pequeno, minha mãe bordava muito. Eu me sentava no
Chão, brincando perto dela, e sempre lhe perguntava o que estava
fazendo.
Respondia que estava bordando. Todo dia eram a mesma pergunta e a
resposta. Observava seu trabalho de uma posição abaixo de onde ela
se Dizia-lhe que, de onde eu olhava, o que ela fazia me parecia muito
estranho e confuso. Era um amontoado de nós e fios de cores diferentes,
compridos, curtos, uns grossos e outros finos. Eu não entendia nada. Ela
sorria, olhava para baixo e gentilmente me explicava: "Filho, saia um
pouco para brincar e quando terminar meu trabalho eu chamo você e o
coloco sentado em meu colo..
Deixarei que veja o trabalho da minha posição." Mas eu continuava
a me perguntar lá de baixo: "Por que ela usava alguns fios de cores
escuras e outros claros? Por que me pareciam tão desordenados e embaraçados?
Por que estavam cheios de pontas e nós? Por que não tinham ainda uma forma definida?
Por que demorava tanto para fazer aquilo?" Um dia, quando eu
estava brincando no quintal, ela me chamou: - "Filho, venha aqui e sente
em meu colo." Eu sentei no colo dela e me surpreendi ao ver o bordado. Não podia crer! Lá de baixo parecia tão confuso ! E de cima vi uma paisagem maravilhosa ! Então minha mãe me disse: "Filho, de baixo parecia confuso e desordenado porque você não via que na parte de cima havia um belo desenho.
Mas, agora, olhando o bordado da minha posição, você sabe o que eu
estava fazendo." Muitas vezes, ao longo dos anos, tenho olhado para o céu
e dito:
"Pai, o que estás fazendo?" Ele parece responder: "Estou bordando a
sua vida, filho." E eu continuo perguntando: "Mas está tudo tão
confuso... Pai está tudo em desordem. Há muitos nós, fatos ruins que não terminam e coisas boas que passam rápido. Os fios são tão escuros. Por que não são mais brilhantes?" O Pai parece me dizer: "Meu filho, ocupe-se com seu trabalho, descontraia-se, confie em Mim... e Eu farei o meu trabalho. Um dia, colocarei você em meu colo e então vai ver o plano da sua vida da minha posição." Muitas vezes não entendemos o que está acontecendo em nossas vidas. As coisas são confusas, não se encaixam e parece que nada dá certo. É que estamos vendo o avesso da vida! Do outro lado, Deus está bordando...
(Autor Desconhecido)
Quando eu era pequeno, minha mãe bordava muito. Eu me sentava no
Chão, brincando perto dela, e sempre lhe perguntava o que estava
fazendo.
Respondia que estava bordando. Todo dia eram a mesma pergunta e a
resposta. Observava seu trabalho de uma posição abaixo de onde ela
se Dizia-lhe que, de onde eu olhava, o que ela fazia me parecia muito
estranho e confuso. Era um amontoado de nós e fios de cores diferentes,
compridos, curtos, uns grossos e outros finos. Eu não entendia nada. Ela
sorria, olhava para baixo e gentilmente me explicava: "Filho, saia um
pouco para brincar e quando terminar meu trabalho eu chamo você e o
coloco sentado em meu colo..
Deixarei que veja o trabalho da minha posição." Mas eu continuava
a me perguntar lá de baixo: "Por que ela usava alguns fios de cores
escuras e outros claros? Por que me pareciam tão desordenados e embaraçados?
Por que estavam cheios de pontas e nós? Por que não tinham ainda uma forma definida?
Por que demorava tanto para fazer aquilo?" Um dia, quando eu
estava brincando no quintal, ela me chamou: - "Filho, venha aqui e sente
em meu colo." Eu sentei no colo dela e me surpreendi ao ver o bordado. Não podia crer! Lá de baixo parecia tão confuso ! E de cima vi uma paisagem maravilhosa ! Então minha mãe me disse: "Filho, de baixo parecia confuso e desordenado porque você não via que na parte de cima havia um belo desenho.
Mas, agora, olhando o bordado da minha posição, você sabe o que eu
estava fazendo." Muitas vezes, ao longo dos anos, tenho olhado para o céu
e dito:
"Pai, o que estás fazendo?" Ele parece responder: "Estou bordando a
sua vida, filho." E eu continuo perguntando: "Mas está tudo tão
confuso... Pai está tudo em desordem. Há muitos nós, fatos ruins que não terminam e coisas boas que passam rápido. Os fios são tão escuros. Por que não são mais brilhantes?" O Pai parece me dizer: "Meu filho, ocupe-se com seu trabalho, descontraia-se, confie em Mim... e Eu farei o meu trabalho. Um dia, colocarei você em meu colo e então vai ver o plano da sua vida da minha posição." Muitas vezes não entendemos o que está acontecendo em nossas vidas. As coisas são confusas, não se encaixam e parece que nada dá certo. É que estamos vendo o avesso da vida! Do outro lado, Deus está bordando...
domingo, 17 de outubro de 2004
Expectativa de uma semana cheia e difícil...
De repente um acontecimento pode mudar tudo.
E eu percebo que nada era tão importante assim, tudo pode ser deixado de lado se...
Uma das esperas mais longas da minha vida. Por que o telefone não toca logo?
Um telefonema pode mudar todo meu rumo... mas ele não toca.
E a expectativa de uma semana difícil se torna uma realidade. Já começou bem difícil!
Mas a expectativa por uma semana cheia, se torna pó. Pode ser uma semana vazia... e muito vazia.
De repente um acontecimento pode mudar tudo.
E eu percebo que nada era tão importante assim, tudo pode ser deixado de lado se...
Uma das esperas mais longas da minha vida. Por que o telefone não toca logo?
Um telefonema pode mudar todo meu rumo... mas ele não toca.
E a expectativa de uma semana difícil se torna uma realidade. Já começou bem difícil!
Mas a expectativa por uma semana cheia, se torna pó. Pode ser uma semana vazia... e muito vazia.
sábado, 16 de outubro de 2004
Cultive a felicidade
Você pode ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado, mas não se esqueça de que sua vida é a maior empresa do mundo.
Só você pode evitar que ela vá à falência.
Há muitas pessoas que precisam, admiram e torcem por você.
Ser feliz não é ter um céu sem tempestades, caminhos sem acidentes, trabalhos sem fadigas, relacionamentos sem decepções.
Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas refletir sobre a tristeza.
Não é apenas comemorar o sucesso, mas aprender lições nos fracassos.
Não é apenas ter júbilo nos aplausos, mas encontrar alegria no anonimato.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver a vida, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz não é uma fatalidade do destino, mas uma conquista de quem sabe viajar para dentro do seu próprio ser.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a cada manhã pelo milagre da vida.Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um "não".
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
É beijar os filhos, curtir os pais e ter momentos poéticos com os amigos, mesmo que eles nos magoem.
Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre e simples que mora dentro de cada um de nós.
É ter maturidade para falar "eu errei".
É ter ousadia para dizer "me perdoe".
É ter sensibilidade para expressar "eu preciso de você".
É ter capacidade de dizer "eu te amo".
Desejo que a vida se torne um canteiro de oportunidades para você ser feliz...
E, quando você errar o caminho, recomece tudo de novo.
Pois assim você será cada vez mais apaixonado pela vida.
E descobrirá que...
Ser feliz não é ter uma vida perfeita.
Mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância.
Usar as perdas para refinar a paciência.
Usar as falhas para esculpir a serenidade.
Usar os obstáculos para abrir as janelas da inteligência.
Jamais desista de si mesmo.
Jamais desista das pessoas que você ama.
Jamais desista de ser feliz!
(autor desconhecido)
(autor desconhecido)
terça-feira, 12 de outubro de 2004
Os comentários do meu post anterior me renderam boas reflexões...
1) "Se "toca" garota, se isso não é vida pra vc, acho q seu lugar não é na medicina, vai fazer outra coisa e dê lugar pra quem quer realmente aprender..."
Por que existe essa crença de que estudante de medicina tem que sofrer, tem que se matar, abrir mão de sua vida para ser um bom médico??? Se me matar de estudar não é vida para mim, então a Medicina não é vida para mim? Como assim?
Entrei na faculdade para me formar médica e não para ser uma estudante bitolada. Não acredito que formação se restrinja a aprender em detalhes toda a fisiologia e anatomia humana. Pelo contrário, acredito que uma boa formação em Medicina esteja mais próxima do contato com as pessoas, do saber ouvir, do sentir do que do conhecimento teórico (também importante, lógico, mas não único). Se para me tornar uma médica eu só precisasse me matar de estudar, não precisava entrar na faculdade. Viveria numa biblioteca estudando tudo relacionado, aprenderia e pronto. Conhecimento teórico, eu adiquiro nos livros facilmente em qualquer estágio do meu curso.
2) Sobre o equilíbrio, o "maneirar em ambos os lados" do qual a Julia falou... bem esse é o que eu busco constantemente mas é impossível nesse caso específico. Claro que posso continuar tendo uma vida social normal e, ao mesmo tempo, estudar e ir a todas as aulas. Mas não posso ver e falar com minha madrinha (uma vez por semana, que seja) e continuar indo a todas as aulas. Ela tem um horário estrito para estar na faculdade, e é exatamente o horário que eu estou em aula. Não dá mesmo! Poderíamos nos falar por telefone mas eu não tenho telefone fixo e ela está em contenção de gastos, não pode ficar ligando para meu celular. Poderíamos nos encontrar nos finais de semana, mas aí também entra a minha contenção de gastos e nossa necessidade de descanso. E-mail, ela quase não usa mais e, mesmo que usasse, não se compara a uma conversa.
Não tem jeito. Preciso dela (sim, sou dependente, apesar de ter tentado não me tornar, apesar de saber o quanto isso é ruim para mim); preciso estar envolvida nas atividades do Centro Acadêmico (que tanto consome meu tempo, minha paciência e até minha sanidade) porque amo aquele lugar; preciso estar envolvida com a Graduação, cumprir as responsabilidades que assumi, contribuir para que tenhamos um currículo melhor, ajudar nos problemas do dia-a-dia, pois aprendo muito sobre a vida, as relações humanas e políticas, porque gosto muito de fazer isso.
Conclusão (a qual finalmente chego): "Viver a vida com intensidade" significa para mim hoje não ser uma estudante séria mas uma acadêmica participativa, uma batalhadora e, paralelamente, uma pessoa feliz ao lado daqueles que amo, tendo tempo para meus amigos e sentindo que eles também tem tempo para mim.
Vou continuar no caminho que seguia, tentando estudar o necessário, aprendendo mais com a vida do que com os professores e sempre conhecendo o caminho para o aprendizado teórico, para que no dia que eu realmente precisar, conseguir encontrá-lo com facilidade, aprender e aplicá-lo.
1) "Se "toca" garota, se isso não é vida pra vc, acho q seu lugar não é na medicina, vai fazer outra coisa e dê lugar pra quem quer realmente aprender..."
Por que existe essa crença de que estudante de medicina tem que sofrer, tem que se matar, abrir mão de sua vida para ser um bom médico??? Se me matar de estudar não é vida para mim, então a Medicina não é vida para mim? Como assim?
Entrei na faculdade para me formar médica e não para ser uma estudante bitolada. Não acredito que formação se restrinja a aprender em detalhes toda a fisiologia e anatomia humana. Pelo contrário, acredito que uma boa formação em Medicina esteja mais próxima do contato com as pessoas, do saber ouvir, do sentir do que do conhecimento teórico (também importante, lógico, mas não único). Se para me tornar uma médica eu só precisasse me matar de estudar, não precisava entrar na faculdade. Viveria numa biblioteca estudando tudo relacionado, aprenderia e pronto. Conhecimento teórico, eu adiquiro nos livros facilmente em qualquer estágio do meu curso.
2) Sobre o equilíbrio, o "maneirar em ambos os lados" do qual a Julia falou... bem esse é o que eu busco constantemente mas é impossível nesse caso específico. Claro que posso continuar tendo uma vida social normal e, ao mesmo tempo, estudar e ir a todas as aulas. Mas não posso ver e falar com minha madrinha (uma vez por semana, que seja) e continuar indo a todas as aulas. Ela tem um horário estrito para estar na faculdade, e é exatamente o horário que eu estou em aula. Não dá mesmo! Poderíamos nos falar por telefone mas eu não tenho telefone fixo e ela está em contenção de gastos, não pode ficar ligando para meu celular. Poderíamos nos encontrar nos finais de semana, mas aí também entra a minha contenção de gastos e nossa necessidade de descanso. E-mail, ela quase não usa mais e, mesmo que usasse, não se compara a uma conversa.
Não tem jeito. Preciso dela (sim, sou dependente, apesar de ter tentado não me tornar, apesar de saber o quanto isso é ruim para mim); preciso estar envolvida nas atividades do Centro Acadêmico (que tanto consome meu tempo, minha paciência e até minha sanidade) porque amo aquele lugar; preciso estar envolvida com a Graduação, cumprir as responsabilidades que assumi, contribuir para que tenhamos um currículo melhor, ajudar nos problemas do dia-a-dia, pois aprendo muito sobre a vida, as relações humanas e políticas, porque gosto muito de fazer isso.
Conclusão (a qual finalmente chego): "Viver a vida com intensidade" significa para mim hoje não ser uma estudante séria mas uma acadêmica participativa, uma batalhadora e, paralelamente, uma pessoa feliz ao lado daqueles que amo, tendo tempo para meus amigos e sentindo que eles também tem tempo para mim.
Vou continuar no caminho que seguia, tentando estudar o necessário, aprendendo mais com a vida do que com os professores e sempre conhecendo o caminho para o aprendizado teórico, para que no dia que eu realmente precisar, conseguir encontrá-lo com facilidade, aprender e aplicá-lo.
terça-feira, 5 de outubro de 2004
Tenho tentado ser uma estudante séria.
Estou indo a todas as aulas, estudando várias coisas, aprendendo, tirando dúvidas... Até me sinto um pouco mais sabida.
Mas de que adianta isso se tenho que me privar de fazer certas coisas que tanto gosto??? Se me sinto tão triste por não ter mais tempo para conversar com minha madrinha tão querida...
Estou gostando de aprender, mas essa vida certinha, regrada, definitivamente, não é para mim!
Já decidi que amanhã não vou na aula prática de neuro, nem vou na discussão sobre Ref. Universitária.
Eu vou é visitar a minha madrinha para ver se conseguimos conversar um pouco mais do que os 2 minutos conturbados de hoje (foi o tempo de andarmos até o carro dela).
Antes de eu viajar, nos víamos todos os dias, conversávamos por horas a fio... agora, quando temos chance de nos vermos, ela está saindo (sempre chego tarde)... e só consigo acompanhá-la até o carro. Ô vida dura!!! Estou me sentindo como se tivesse voltado para o cursinho.
Definitivamente não é isso que quero para mim! Mesmo porque, depois, quando eu for interna e depois residente e depois médica, não vou poder escolher faltar, não vou ter várias opções.
Tenho que aproveitar agora, não é?!
Estou indo a todas as aulas, estudando várias coisas, aprendendo, tirando dúvidas... Até me sinto um pouco mais sabida.
Mas de que adianta isso se tenho que me privar de fazer certas coisas que tanto gosto??? Se me sinto tão triste por não ter mais tempo para conversar com minha madrinha tão querida...
Estou gostando de aprender, mas essa vida certinha, regrada, definitivamente, não é para mim!
Já decidi que amanhã não vou na aula prática de neuro, nem vou na discussão sobre Ref. Universitária.
Eu vou é visitar a minha madrinha para ver se conseguimos conversar um pouco mais do que os 2 minutos conturbados de hoje (foi o tempo de andarmos até o carro dela).
Antes de eu viajar, nos víamos todos os dias, conversávamos por horas a fio... agora, quando temos chance de nos vermos, ela está saindo (sempre chego tarde)... e só consigo acompanhá-la até o carro. Ô vida dura!!! Estou me sentindo como se tivesse voltado para o cursinho.
Definitivamente não é isso que quero para mim! Mesmo porque, depois, quando eu for interna e depois residente e depois médica, não vou poder escolher faltar, não vou ter várias opções.
Tenho que aproveitar agora, não é?!
sábado, 2 de outubro de 2004
Me acusam de ser utópica, de sempre sonhar com um mundo perfeito onde as pessoas são boas, têm respeito umas pelas outras, não se degladiam por dinheiro...
Dizem que lutar não vale a pena pois nunca vou alcançar essa perfeição que desejo, nunca vou chegar.
Muitas vezes já parei para pensar se vale ou não a pena, se quero ou não continuar lutando, muitas vezes abrindo mão de mim mesma, do meu momento presente...
Hoje tive a resposta definitiva: SIM, vale lutar sim, muito e sempre. "É minha utopia que me faz caminhar!".
Sonho, acredito, caminho em direção a isso. Pode ser que eu nunca chegue lá, mas com certeza, estou sempre progredindo, dando vários passos nessa direção.
Dizem que lutar não vale a pena pois nunca vou alcançar essa perfeição que desejo, nunca vou chegar.
Muitas vezes já parei para pensar se vale ou não a pena, se quero ou não continuar lutando, muitas vezes abrindo mão de mim mesma, do meu momento presente...
Hoje tive a resposta definitiva: SIM, vale lutar sim, muito e sempre. "É minha utopia que me faz caminhar!".
Sonho, acredito, caminho em direção a isso. Pode ser que eu nunca chegue lá, mas com certeza, estou sempre progredindo, dando vários passos nessa direção.
quarta-feira, 29 de setembro de 2004
Eu deveria estar estudando. Tenho três provas na semana que vem e ainda nem tenho idéia da matéria de duas delas (não fui nas aulas)... mas tenho a maior preguiça de sentar na frente do livro e começar. Falta de vergonha na cara!
Depois da minha última grande crise (na época do meu aniversário), decidi frear um pouco tantas atividades, tentar cuidar melhor de mim e de minha formação.
Larguei tudo e fui para São Carlos, participar do "estágio", conheci pessoas fantásticas, aprendi bastante sobre Saúde Pública, me senti muitíssimo motivada para continuar estudando e, principalmente, para trabalhar com isso.
Quando voltei, estava sem tantos projetos para tocar, sem tantas responsabilidades. Passei a ter minhas tardes e algumas noites livres... e aí, passei a andar feito uma barata tonta pela faculdade, procurando algo para fazer (cogitei algumas vezes a possibilidade de estudar, cheguei até a abrir o livro, mas minha preguiça foi consideravelmente maior).
Agora, eu deveria estar estudando, mas estou aqui escrevendo, depois de ter passado um tempão brincando com e-mails e construção de sites...
Depois da minha última grande crise (na época do meu aniversário), decidi frear um pouco tantas atividades, tentar cuidar melhor de mim e de minha formação.
Larguei tudo e fui para São Carlos, participar do "estágio", conheci pessoas fantásticas, aprendi bastante sobre Saúde Pública, me senti muitíssimo motivada para continuar estudando e, principalmente, para trabalhar com isso.
Quando voltei, estava sem tantos projetos para tocar, sem tantas responsabilidades. Passei a ter minhas tardes e algumas noites livres... e aí, passei a andar feito uma barata tonta pela faculdade, procurando algo para fazer (cogitei algumas vezes a possibilidade de estudar, cheguei até a abrir o livro, mas minha preguiça foi consideravelmente maior).
Agora, eu deveria estar estudando, mas estou aqui escrevendo, depois de ter passado um tempão brincando com e-mails e construção de sites...
sexta-feira, 3 de setembro de 2004
Como é ruim esperar por uma mensagem que nunca chega...
Como é ruim não ter telefone para ter certeza de que as coisas não pioraram...
Meu aniversário passou. Finalmente!
Meus amigos se esforçaram para me dar o máximo de atenção, fiquei feliz com isso. Como é bom ter amigos! Mas à noite voltei a ficar só e chorei e reclamei da vida. Como sou injusta! Mas eu queria estar com minha mãe...
Ganhei um presente incrível: um reencontro casual com minha amiga de infância, que eu não via há 8 anos. Foi mágico! Foi lindo! Inacreditável!
Fiz uma loucura: aceitei uma viagem de última hora para um lugar desconhecido, com pessoas desconhecidas, para participar de algo que nem sei direito o que é. Mas acho que vai ser importante para mim. É um projeto do Ministério da Saúde, pretendo conhecer melhor o SUS, "crescer" mais.
Vou dia 06/09 e só volto dia 20/09 (provavelmente ficarei sem internet nesse tempo).
Como estou superficial...
Como é ruim não ter telefone para ter certeza de que as coisas não pioraram...
Meu aniversário passou. Finalmente!
Meus amigos se esforçaram para me dar o máximo de atenção, fiquei feliz com isso. Como é bom ter amigos! Mas à noite voltei a ficar só e chorei e reclamei da vida. Como sou injusta! Mas eu queria estar com minha mãe...
Ganhei um presente incrível: um reencontro casual com minha amiga de infância, que eu não via há 8 anos. Foi mágico! Foi lindo! Inacreditável!
Fiz uma loucura: aceitei uma viagem de última hora para um lugar desconhecido, com pessoas desconhecidas, para participar de algo que nem sei direito o que é. Mas acho que vai ser importante para mim. É um projeto do Ministério da Saúde, pretendo conhecer melhor o SUS, "crescer" mais.
Vou dia 06/09 e só volto dia 20/09 (provavelmente ficarei sem internet nesse tempo).
Como estou superficial...
domingo, 29 de agosto de 2004
Madrugada de sábado para domingo... e eu aqui, acordada feito uma coruja.
Vim da casa do meu pai hoje porque, além de não aguentar mais aquele lugar, tinha esperanças que minha amiga ia me ligar para combinarmos nosso passeio de amanhã... mas ela não se manifestou mais... vou acabar ficando em casa mofando, só pra variar.
Cheguei, jantei, passei na locadora e peguei "Dogville" para assistir com o pessoal que mora comigo.
Quando estava no meio da longuíssima coleção de trailers de filmes horríveis, uma amiga me ligou. Ela estava angústiada (para não dizer desesperada) por causa de um e-mail que eu tinha mandado para ela (nesse meu estado, agora constante, de estafa total, já não tenho muita noção do que faço). Como sou burra! Por que fiz isso com ela?
Tentei tranquilizá-la mas foi em vão. Escrevi outro e-mail me desculpando e espero que ela só leia na segunda-feira (gostaria muito que, no domingo, ela se mantivesse afastada do computador, "fonte" do problema, acho que isso faria melhor a ela do que apenas ler minhas desculpas).
Assisti ao filme, aliás, que filme é esse???! Que profundidade... muito pesado. E a frase que emiti no final: "acho que isso é representativo do mundo, a maioria das pessoas são assim, como os moradores dessa cidade e as excessões são as que mais sofrem, que acabam em coleiras". Muitíssimo triste. Realidade!
Vim da casa do meu pai hoje porque, além de não aguentar mais aquele lugar, tinha esperanças que minha amiga ia me ligar para combinarmos nosso passeio de amanhã... mas ela não se manifestou mais... vou acabar ficando em casa mofando, só pra variar.
Cheguei, jantei, passei na locadora e peguei "Dogville" para assistir com o pessoal que mora comigo.
Quando estava no meio da longuíssima coleção de trailers de filmes horríveis, uma amiga me ligou. Ela estava angústiada (para não dizer desesperada) por causa de um e-mail que eu tinha mandado para ela (nesse meu estado, agora constante, de estafa total, já não tenho muita noção do que faço). Como sou burra! Por que fiz isso com ela?
Tentei tranquilizá-la mas foi em vão. Escrevi outro e-mail me desculpando e espero que ela só leia na segunda-feira (gostaria muito que, no domingo, ela se mantivesse afastada do computador, "fonte" do problema, acho que isso faria melhor a ela do que apenas ler minhas desculpas).
Assisti ao filme, aliás, que filme é esse???! Que profundidade... muito pesado. E a frase que emiti no final: "acho que isso é representativo do mundo, a maioria das pessoas são assim, como os moradores dessa cidade e as excessões são as que mais sofrem, que acabam em coleiras". Muitíssimo triste. Realidade!
sábado, 21 de agosto de 2004
Que semana foi essa???
Quanto estresse! Quanta correria!!
Na quinta-feira entrei em estafa total. Surtei completamente. Eu tinha corrido o dia todo para fazer uma entrevista à noite (para uma matéria do jornal da faculdade) e, além de na última hora, várias coisas terem saído erradas, depois da entrevista descobri que a porcaria do meu gravador tinha parado de funcionar. Ou seja, foram gravados apensa os primeiros 15 minutos de uma entrevista de 1h30. Quase enlouqueci porque a matéria tem que estar pronta na segunda-feira, eu tenho péssima memória e ainda não teria como transcrever a entrevista como tínhamos pensado inicialmente.
Na sexta, tive que acordar às 6h para receber um amigo de Curitiba que queria conhecer a faculdade e fiquei até às 14h passeando com ele pela faculdade e pelo hospital. Quase morri de cansaço. Depois, sentei na frente do computador para tentar reestruturar a matéria e transcrever o pouco que tinha gravado. Trash! Eu mal conseguia raciocinar. As pessoas falavam comigo e eu respondia "ah, tá" sem nem ter ouvido.
Até que uma amiga me ligou. Contei para ela o que tinha acontecido e ela me deu bronca "Tá fazendo o que aí, então, vai para casa, dorme bastante e depois, quando você estiver descansada você reenicia o trabalho". Eu nem pensei duas vezes. Considerei que ela estava em melhores condições de decidir o que fazer e fui para casa.
Dormi das 16h30 até às 6h30 da manhã seguinte! Direto!!! Eu estava mesmo precisando descansar.
Mas logo que levantei já fui direto para o computador, para a minha matéria que vai ter que sair ótima!
Até agora a pouco eu estava trabalhando nela. Até que estou indo bem. Mas agora vou voltar para casa (estou na faculdade, na solidão desse enorme prédio vazio), descansar um pouco, comer e depois retomo a produção.
Espero que eu consiga terminar tudo antes de entrar em curto-circuito total... e, de preferência, dentro do prazo.
Por que que eu entro em tanta "roubada"???
Quanto estresse! Quanta correria!!
Na quinta-feira entrei em estafa total. Surtei completamente. Eu tinha corrido o dia todo para fazer uma entrevista à noite (para uma matéria do jornal da faculdade) e, além de na última hora, várias coisas terem saído erradas, depois da entrevista descobri que a porcaria do meu gravador tinha parado de funcionar. Ou seja, foram gravados apensa os primeiros 15 minutos de uma entrevista de 1h30. Quase enlouqueci porque a matéria tem que estar pronta na segunda-feira, eu tenho péssima memória e ainda não teria como transcrever a entrevista como tínhamos pensado inicialmente.
Na sexta, tive que acordar às 6h para receber um amigo de Curitiba que queria conhecer a faculdade e fiquei até às 14h passeando com ele pela faculdade e pelo hospital. Quase morri de cansaço. Depois, sentei na frente do computador para tentar reestruturar a matéria e transcrever o pouco que tinha gravado. Trash! Eu mal conseguia raciocinar. As pessoas falavam comigo e eu respondia "ah, tá" sem nem ter ouvido.
Até que uma amiga me ligou. Contei para ela o que tinha acontecido e ela me deu bronca "Tá fazendo o que aí, então, vai para casa, dorme bastante e depois, quando você estiver descansada você reenicia o trabalho". Eu nem pensei duas vezes. Considerei que ela estava em melhores condições de decidir o que fazer e fui para casa.
Dormi das 16h30 até às 6h30 da manhã seguinte! Direto!!! Eu estava mesmo precisando descansar.
Mas logo que levantei já fui direto para o computador, para a minha matéria que vai ter que sair ótima!
Até agora a pouco eu estava trabalhando nela. Até que estou indo bem. Mas agora vou voltar para casa (estou na faculdade, na solidão desse enorme prédio vazio), descansar um pouco, comer e depois retomo a produção.
Espero que eu consiga terminar tudo antes de entrar em curto-circuito total... e, de preferência, dentro do prazo.
Por que que eu entro em tanta "roubada"???
quarta-feira, 18 de agosto de 2004
Deus existe mesmo!
Foi incrível o que me aconteceu hoje. Eu estava muito mal, por causa de um problema sério de uma amiga (eu tenho o péssimo costume de me envolver com o problema das pessoas e me dar mal). Estava desesperada, sem saber o que fazer.
Fiquei com outros amigos passando o tempo, tentei ajudar a arrumar uns sites, queria me distrair, queria pensar em outras coisas mas era impossível esquecer o desespero que vi naqueles olhinhos lindos...
Fui andar um pouco, encontrei uma roda de amigos e parei para conversar. Aos poucos eles foram saindo e acabou que ficamos apenas a R* e eu. Ela percebeu que eu estava mal, perguntou o que tinha acontecido. Eu expliquei que não podia contar, que não era um problema meu e que era uma coisa muito séria, que ninguém poderia saber.
Nisso, alguém toca meu ombro. Olhei, era o E*. Ele é um fofo, mora na casa comigo. Ele olhou para mim e disse "vamos lá na sala X?". Nossa! Não acreditei. Senti na hora que ele, sem saber, resolveria parte do meu problema.
Subimos... e não é que deu certo?!! O problema em si não foi resolvido, óbvio! Mas ele conseguiu dar uma aliviada fantástica. Foi na hora exata!
Ele me falou depois que nem era para ele ter ido à faculdade, mas, sabe-se lá porque ele acabou indo, nos encontramos (é raríssimo a gente se encontrar de dia) e ele foi fantástico.
Depois, fomos almoçar e eu dizia e repetia a ele: "Foi Deus que te mandou", "Com certeza, foi Deus que te mandou". Ele olhava com aquela cara de interrogação e dizia "Tá, então! Que bom!". É bom quando as coisas acontecem assim, né? Me sinto cuidada, me sinto mais otimista, acrditando que nunca tudo está perdido.
Detalhe: para quem não me conhece direito, eu não sou nem um pouco religiosa. Inclusive mais critico do que qualquer outra coisa, mas a cada dia acredito mais que Deus existe e acho que ele deve gostar pelo menos um pouquinho de mim...
Foi incrível o que me aconteceu hoje. Eu estava muito mal, por causa de um problema sério de uma amiga (eu tenho o péssimo costume de me envolver com o problema das pessoas e me dar mal). Estava desesperada, sem saber o que fazer.
Fiquei com outros amigos passando o tempo, tentei ajudar a arrumar uns sites, queria me distrair, queria pensar em outras coisas mas era impossível esquecer o desespero que vi naqueles olhinhos lindos...
Fui andar um pouco, encontrei uma roda de amigos e parei para conversar. Aos poucos eles foram saindo e acabou que ficamos apenas a R* e eu. Ela percebeu que eu estava mal, perguntou o que tinha acontecido. Eu expliquei que não podia contar, que não era um problema meu e que era uma coisa muito séria, que ninguém poderia saber.
Nisso, alguém toca meu ombro. Olhei, era o E*. Ele é um fofo, mora na casa comigo. Ele olhou para mim e disse "vamos lá na sala X?". Nossa! Não acreditei. Senti na hora que ele, sem saber, resolveria parte do meu problema.
Subimos... e não é que deu certo?!! O problema em si não foi resolvido, óbvio! Mas ele conseguiu dar uma aliviada fantástica. Foi na hora exata!
Ele me falou depois que nem era para ele ter ido à faculdade, mas, sabe-se lá porque ele acabou indo, nos encontramos (é raríssimo a gente se encontrar de dia) e ele foi fantástico.
Depois, fomos almoçar e eu dizia e repetia a ele: "Foi Deus que te mandou", "Com certeza, foi Deus que te mandou". Ele olhava com aquela cara de interrogação e dizia "Tá, então! Que bom!". É bom quando as coisas acontecem assim, né? Me sinto cuidada, me sinto mais otimista, acrditando que nunca tudo está perdido.
Detalhe: para quem não me conhece direito, eu não sou nem um pouco religiosa. Inclusive mais critico do que qualquer outra coisa, mas a cada dia acredito mais que Deus existe e acho que ele deve gostar pelo menos um pouquinho de mim...
sexta-feira, 13 de agosto de 2004
Fico Assim Sem Você
Claudinho e Buchecha
Avião sem asa, fogueira sem brasa
Sou eu assim sem você
Futebol sem bola. Piu-Piu sem Frajola
Sou eu assim sem você
Por que é que tem que ser assim?
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil alto-falantes
Vão poder falar por mim
Amor sem beijinho,
Buchecha sem Claudinho
Sou eu assim sem você
Circo sem palhaço, namoro sem abraço
Sou eu assim sem você
To louco pra te ver chegar
To louco pra te ter nas mãos
Deitar no teu abraço, retomar o pedaço
Que falta no meu coração
Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo
Neném sem chupeta, Romeu sem Julieta
Sou eu assim sem você
Carro sem estrada, queijo sem goiabada
Sou eu assim sem você
Por que é que tem que ser assim?
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil alto-falantes vão poder falar por mim
Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo
Por que?
________
terça-feira, 10 de agosto de 2004
Acabo de ter uma séria crise de baixa auto-estima. Quantas crises para uma pessoinha só...
Cheguei ao ponto de duvidar de uma amizade tão grande e tão intensa simplesmente por causa de uma frase que ela escreveu.
É uma frase bonita, pública, que cita a mim como uma pessoa carinhosa e empenhada... Eu deveria ter ficado feliz ao ler, mas, simplesmente comecei a pensar "é só isso que ela acha de mim, ela significa tanto para mim e eu sou apenas isso para ela?". Ridículo da minha parte!
Comecei a escrever um post horrível sobre o assunto (blog, blog, meu bloguinho... minha terapia, meus óculos) e, assim, comecei a pensar. Decidi, então, fazer um exercício interessante: escrever um texto parecido com o que ela fez, falando das pessoas que são especiais para mim... Escrevi dos "mais mais", entre eles, essa amiga, lógico. E não é que a citei apenas como alguém que "está a meu lado, com seus olhinhos sempre atentos"... Depois que li, veio a luz. É óbvio que não é apenas assim que a vejo, não é só isso que ela tem de importante para mim, mas na hora foi isso que veio, é o que mais marca.
Eu devia é estar muuuuito feliz por ela ter me citado, por ela ter lembrado de mim. Quando tentei lembrar de todas as pessoas que são importantes para mim, inicialmente saíram 10 nomes (sem contar minha família). Aí passei para outro tópico, comecei a escrever sobre outras coisas e fui lembrando de mais um monte de gente que é importante e que eu não citaria pois esqueceria, porque não caberia. Além disso, uma das primeiras coisas que percebi quando li seu texto, é que ela não citou a I., uma grande amiga dela, alguém bastante importante na jornada em questão... que coisa, não?
Vivendo, caindo, levantando, sorrindo e aprendendo.
O que seria de mim sem esse meu cantinho virtual? Como consegui sobreviver sem ele esses meses todos?
Cheguei ao ponto de duvidar de uma amizade tão grande e tão intensa simplesmente por causa de uma frase que ela escreveu.
É uma frase bonita, pública, que cita a mim como uma pessoa carinhosa e empenhada... Eu deveria ter ficado feliz ao ler, mas, simplesmente comecei a pensar "é só isso que ela acha de mim, ela significa tanto para mim e eu sou apenas isso para ela?". Ridículo da minha parte!
Comecei a escrever um post horrível sobre o assunto (blog, blog, meu bloguinho... minha terapia, meus óculos) e, assim, comecei a pensar. Decidi, então, fazer um exercício interessante: escrever um texto parecido com o que ela fez, falando das pessoas que são especiais para mim... Escrevi dos "mais mais", entre eles, essa amiga, lógico. E não é que a citei apenas como alguém que "está a meu lado, com seus olhinhos sempre atentos"... Depois que li, veio a luz. É óbvio que não é apenas assim que a vejo, não é só isso que ela tem de importante para mim, mas na hora foi isso que veio, é o que mais marca.
Eu devia é estar muuuuito feliz por ela ter me citado, por ela ter lembrado de mim. Quando tentei lembrar de todas as pessoas que são importantes para mim, inicialmente saíram 10 nomes (sem contar minha família). Aí passei para outro tópico, comecei a escrever sobre outras coisas e fui lembrando de mais um monte de gente que é importante e que eu não citaria pois esqueceria, porque não caberia. Além disso, uma das primeiras coisas que percebi quando li seu texto, é que ela não citou a I., uma grande amiga dela, alguém bastante importante na jornada em questão... que coisa, não?
Vivendo, caindo, levantando, sorrindo e aprendendo.
O que seria de mim sem esse meu cantinho virtual? Como consegui sobreviver sem ele esses meses todos?
Não sei mexer mais no blog...
Tentei um monte de vezes editar o texto anterior e não consigo... não sei mais como fazer.
Queria aproveitar a oportunidade para agradecer ao Mário por todas as mensagens de apoio e motivação. Acho que, se não fossem suas mensagens, eu não teria tido coragem de voltar. Obrigada mesmo!
Hoje está sendo um dia bastante produtivo. Assisti à aula (inteira! yes!), depois fui para minhas três reuniões do horário do almoço, sendo que escolhi a de Tutoria para ficar mais tempo, lógico.
Visitei minha fada madrinha que, aliás, anda me dando uma atenção toda especial... Tão fofa!
À tarde, achei que novamente ficaria no ócio ou iria caçar algo para fazer, mas, motivada por um calouro da minha Tutoria, resolvi ir assistir uma aula de Antropologia muito legal que o 1º ano ia ter. Grande aprendizado!
Agora pouco, desci para o computador e recebi a mensagem que tanto esperava: minha fadinha querida me mandou parte do livro que ela está escrevendo para eu ler e "revisar" (até parece que sou capaz de tamanha responsabilidade). Vou imprimir e ler com o maior carinho do mundo.
Estou feliz! Estou com bastante coisas para fazer até o relógio marcar 0h e o encanto se desfazer, como todo dia acontece...
Tentei um monte de vezes editar o texto anterior e não consigo... não sei mais como fazer.
Queria aproveitar a oportunidade para agradecer ao Mário por todas as mensagens de apoio e motivação. Acho que, se não fossem suas mensagens, eu não teria tido coragem de voltar. Obrigada mesmo!
Hoje está sendo um dia bastante produtivo. Assisti à aula (inteira! yes!), depois fui para minhas três reuniões do horário do almoço, sendo que escolhi a de Tutoria para ficar mais tempo, lógico.
Visitei minha fada madrinha que, aliás, anda me dando uma atenção toda especial... Tão fofa!
À tarde, achei que novamente ficaria no ócio ou iria caçar algo para fazer, mas, motivada por um calouro da minha Tutoria, resolvi ir assistir uma aula de Antropologia muito legal que o 1º ano ia ter. Grande aprendizado!
Agora pouco, desci para o computador e recebi a mensagem que tanto esperava: minha fadinha querida me mandou parte do livro que ela está escrevendo para eu ler e "revisar" (até parece que sou capaz de tamanha responsabilidade). Vou imprimir e ler com o maior carinho do mundo.
Estou feliz! Estou com bastante coisas para fazer até o relógio marcar 0h e o encanto se desfazer, como todo dia acontece...
segunda-feira, 9 de agosto de 2004
"Ateh quando voce vai aguentar ficar sem externar as suas emoções aqui no seu cantinho virtual, hein??"
Até quando, até quando...
Quem disse que algum dia eu agüentei? Sempre me doeu e muito ter deixado meu bloguinho... até tentei criar outros, escrever de um outro jeito mas nunca teve a mesma graça, nunca teve o mesmo sabor, nunca consegui escrever novamente com a mesma veracidade.
Tenho que voltar atrás e dizer que NÃO! Eu ainda não estou preparada para voar por outro horizontes assim tão longínquos. Ainda não é o momento de abandonar meu querido.
Exposição? Se eu realmente estivesse preocupada em não me expor, eu não teria me tornado representante de nada, não teria dado minha cara para bater tanto... e quanto tenho apanhado...
Desculpem aos meus leitores queridos por tê-los abandonado esses meses, desculpas maiores ainda por eu não contar a vocês tudo que me aconteceu nesse tempo. Mas já há tanto a falar sobre hoje...
Ah, meu blog querido que me "ouve" com tamanha atenção, que me faz sentir bem, querida, importante.
Esse mês têm sido extremamente difícil para mim. Como todo mês de Agosto. Meu inferno astral! Hoje tive uma crise de desespero (mais uma) e fiz algo que nunca me imaginei. Nunca fui tão sincera nem comigo mesma. Cheguei na frente de uma grande amiga, disse que precisava dizer algo muito importante a ela, para ela me olhar nos olhos e me ouvir atentamente: "Desculpa por tudo que eu tenho feito de errado e por tudo que ainda vou fazer! Eu não estou bem, não estou no meu estado normal. Estou confusa, estou sofrendo. O aniversário da minha mãe está chegando, logo é o meu e depois o aniversário de casamento dos meus pais. Penso nisso o tempo todo, me lembro disso a cada minuto e não posso evitar, não consigo parar. Sofro. E é só o começo! É bem capaz de eu piorar conforme o mês for passando. Desculpa por tudo que eu vou fazer de errado e por tudo que vou deixar de fazer." Não sei como fui capaz de olhar nos olhos dela e dizer isso (não sei como estou sendo capaz de escrever isso tudo aqui). Mas é que sinto isso tão forte. Sinto piorar a cada dia.
E não posso mais usar a desculpa da depressão. Não estou mais deprimida. Já me tratei, já melhorei. Mas estou num momento ruim.
Por um lado, estou muito feliz com tudo que estou fazendo, com o reconhecimento que estou recebendo na faculdade por tudo que eu tenho feito, pela construção, pelo aprendizado. Mas tem ainda aquela dor que nunca parou de doer e que ainda vive em mim pela perda, pela distância.
Hum, preciso contar uma história linda que vivi semana passada:
Na terça-feira, eu estava na faculdade, extremamente pressionada pelo resultado ruim de uma negociação da qual participei. Muitos estavam me criticando e cobrando. Não agüentei. Liguei para uma amiga e disse "preciso te ver, preciso sair daqui, posso ir à sua casa?". Ela me recebeu com maior amor.
Assim que cheguei, ela me deu um presente: um cachecol colorido, lindo! Ela havia pedido para mãe dela (que mora no interior) fazê-lo para mim ("eu podia ter comprado um para você, mas não!, quis que fosse feito com muito amor, como você merece") e ele havia acabado de chegar pelo correio, no mesmo dia. Passei a tarde com ela, ajudando-a em seu livro (ela está escrevendo um livro maravilhoso!)
À noite, quando eu estava indo embora, sua mãe ligou para perguntar se ela havia recebido o cachecol. Minha amiga contou a ela que eu estava lá e ela quis conversar comigo no telefone. Ela me contou que fazia duas semanas que ela estava tentando fazer o cachecol mas não conseguia, sempre dava alguma coisa errada. Até que no sábado, ela parou e falou "Bem que a mãe dela podia me ajudar a fazer esse cachecol, para que saísse lindo como ela merece." A partir daí, tudo começou a dar certo e ele saiu. Lindo e perfeito. "Foi feito à quatro mãos!"
Quantas provas de amor em um único objeto. Que tamanho tesouro!!!
Até quando, até quando...
Quem disse que algum dia eu agüentei? Sempre me doeu e muito ter deixado meu bloguinho... até tentei criar outros, escrever de um outro jeito mas nunca teve a mesma graça, nunca teve o mesmo sabor, nunca consegui escrever novamente com a mesma veracidade.
Tenho que voltar atrás e dizer que NÃO! Eu ainda não estou preparada para voar por outro horizontes assim tão longínquos. Ainda não é o momento de abandonar meu querido.
Exposição? Se eu realmente estivesse preocupada em não me expor, eu não teria me tornado representante de nada, não teria dado minha cara para bater tanto... e quanto tenho apanhado...
Desculpem aos meus leitores queridos por tê-los abandonado esses meses, desculpas maiores ainda por eu não contar a vocês tudo que me aconteceu nesse tempo. Mas já há tanto a falar sobre hoje...
Ah, meu blog querido que me "ouve" com tamanha atenção, que me faz sentir bem, querida, importante.
Esse mês têm sido extremamente difícil para mim. Como todo mês de Agosto. Meu inferno astral! Hoje tive uma crise de desespero (mais uma) e fiz algo que nunca me imaginei. Nunca fui tão sincera nem comigo mesma. Cheguei na frente de uma grande amiga, disse que precisava dizer algo muito importante a ela, para ela me olhar nos olhos e me ouvir atentamente: "Desculpa por tudo que eu tenho feito de errado e por tudo que ainda vou fazer! Eu não estou bem, não estou no meu estado normal. Estou confusa, estou sofrendo. O aniversário da minha mãe está chegando, logo é o meu e depois o aniversário de casamento dos meus pais. Penso nisso o tempo todo, me lembro disso a cada minuto e não posso evitar, não consigo parar. Sofro. E é só o começo! É bem capaz de eu piorar conforme o mês for passando. Desculpa por tudo que eu vou fazer de errado e por tudo que vou deixar de fazer." Não sei como fui capaz de olhar nos olhos dela e dizer isso (não sei como estou sendo capaz de escrever isso tudo aqui). Mas é que sinto isso tão forte. Sinto piorar a cada dia.
E não posso mais usar a desculpa da depressão. Não estou mais deprimida. Já me tratei, já melhorei. Mas estou num momento ruim.
Por um lado, estou muito feliz com tudo que estou fazendo, com o reconhecimento que estou recebendo na faculdade por tudo que eu tenho feito, pela construção, pelo aprendizado. Mas tem ainda aquela dor que nunca parou de doer e que ainda vive em mim pela perda, pela distância.
Hum, preciso contar uma história linda que vivi semana passada:
Na terça-feira, eu estava na faculdade, extremamente pressionada pelo resultado ruim de uma negociação da qual participei. Muitos estavam me criticando e cobrando. Não agüentei. Liguei para uma amiga e disse "preciso te ver, preciso sair daqui, posso ir à sua casa?". Ela me recebeu com maior amor.
Assim que cheguei, ela me deu um presente: um cachecol colorido, lindo! Ela havia pedido para mãe dela (que mora no interior) fazê-lo para mim ("eu podia ter comprado um para você, mas não!, quis que fosse feito com muito amor, como você merece") e ele havia acabado de chegar pelo correio, no mesmo dia. Passei a tarde com ela, ajudando-a em seu livro (ela está escrevendo um livro maravilhoso!)
À noite, quando eu estava indo embora, sua mãe ligou para perguntar se ela havia recebido o cachecol. Minha amiga contou a ela que eu estava lá e ela quis conversar comigo no telefone. Ela me contou que fazia duas semanas que ela estava tentando fazer o cachecol mas não conseguia, sempre dava alguma coisa errada. Até que no sábado, ela parou e falou "Bem que a mãe dela podia me ajudar a fazer esse cachecol, para que saísse lindo como ela merece." A partir daí, tudo começou a dar certo e ele saiu. Lindo e perfeito. "Foi feito à quatro mãos!"
Quantas provas de amor em um único objeto. Que tamanho tesouro!!!
domingo, 21 de março de 2004
Decidi encerrar o blog...
Por diversas razões que tento agora expor a todos os amigos:
1) Era para o "Nuvens" ser um entretenimento, um espaço para diversão e troca de informações. Mas (finalmente!) percebi que ele se tornou muito mais que isso para mim. Ele se tornou uma parte extremamente importante na minha vida, quase como um filho, alguém com vida própria.
2) Não sei mais se continuo tão disposta a aceitar as conseqüências de tanta exposição como antes. Já não sei mais se o ganho esta sendo maior...
3) Nesses poucos últimos meses mudei muito, amadureci pra caramba e, definitivamente, entrei numa nova fase, a qual ainda preciso conhecer, aprender... Quando me refiro a uma nova fase não estou dizendo naquele sentido que eu costumava usar como em "fase da diversão" ou "fase do luto". Eu me refiro a uma nova de vida. A quinta fase da minha vida (acho eu). Poderia dividir em:
- até os 6 anos
- dos 6 aos 11 anos
- dos 11 aos 18 anos
- dos 18 aos 21 anos
4) Preciso aprender a me abrir com as pessoas e não só com o computador. É muito fácil chegar na frente de uma tela e escrever sobre a vida. O difícil é olhar nos olhos de outra pessoa e falar... E é essa uma das coisas que estou tentando aprender agora. Quero realmente aprender. Mas nãovou me esforçar o suficiente se continuar tendo esse refúgio...
5) Preciso de mais tempo para estudar, reestruturar minha vida, me cuidar, trabalhar no CA, dar plantão no cursinho comunitário, fazer minhas ligas e, deixando o blog, não tendo mais essa compulsão por escrever e ler os de amigos, poderei me concentrar melhor em mim e nas minhas atividades.
É hora de voar por outros horizontes, mais alto, mais longe!!!
Quem quiser manter contato, pode me mandar e-mails para o endereço do blog (blognuvens@yahoo.com.br) que prometo responder.
Vou manter os arquivos ativos (até quando o blogger permitir) porque gosto muito de tudo isso... os momentos mais importantes da minha vida nesses últimos anos estão relatados aqui e isso para mim é uma riqueza imensa que eu gostaria de preservar.
Um enorme beijo a todos!
Por diversas razões que tento agora expor a todos os amigos:
1) Era para o "Nuvens" ser um entretenimento, um espaço para diversão e troca de informações. Mas (finalmente!) percebi que ele se tornou muito mais que isso para mim. Ele se tornou uma parte extremamente importante na minha vida, quase como um filho, alguém com vida própria.
2) Não sei mais se continuo tão disposta a aceitar as conseqüências de tanta exposição como antes. Já não sei mais se o ganho esta sendo maior...
3) Nesses poucos últimos meses mudei muito, amadureci pra caramba e, definitivamente, entrei numa nova fase, a qual ainda preciso conhecer, aprender... Quando me refiro a uma nova fase não estou dizendo naquele sentido que eu costumava usar como em "fase da diversão" ou "fase do luto". Eu me refiro a uma nova de vida. A quinta fase da minha vida (acho eu). Poderia dividir em:
- até os 6 anos
- dos 6 aos 11 anos
- dos 11 aos 18 anos
- dos 18 aos 21 anos
4) Preciso aprender a me abrir com as pessoas e não só com o computador. É muito fácil chegar na frente de uma tela e escrever sobre a vida. O difícil é olhar nos olhos de outra pessoa e falar... E é essa uma das coisas que estou tentando aprender agora. Quero realmente aprender. Mas nãovou me esforçar o suficiente se continuar tendo esse refúgio...
5) Preciso de mais tempo para estudar, reestruturar minha vida, me cuidar, trabalhar no CA, dar plantão no cursinho comunitário, fazer minhas ligas e, deixando o blog, não tendo mais essa compulsão por escrever e ler os de amigos, poderei me concentrar melhor em mim e nas minhas atividades.
Quem quiser manter contato, pode me mandar e-mails para o endereço do blog (blognuvens@yahoo.com.br) que prometo responder.
Vou manter os arquivos ativos (até quando o blogger permitir) porque gosto muito de tudo isso... os momentos mais importantes da minha vida nesses últimos anos estão relatados aqui e isso para mim é uma riqueza imensa que eu gostaria de preservar.
Um enorme beijo a todos!
segunda-feira, 15 de março de 2004
Nossa, como tô sensível...
Fico me perguntando (e perguntando para os outros também, lógico!): "o que se faz quando sente muita saudade?"...
O que eu faço para a saudade passar?
Saudades de que exatamente?
Não sei direito... tenho muuuuitas saudades da minha mãe e das vezes que eu chegava na casa da minha vó com saudades e ligava para mamãe para perguntar como estava ou para pedir bolo de cenoura... saudade das vezes em que eu ia para casa dela, deitava naquela cama de casal dura e dormia enquanto ela assistia tv (e logo dormia também)... saudades das mãos delas (que eu tanto invejva)... tenho saudades de abraçar certa pessoa, de ficar do lado conversando, de ver aquele sorriso lindo para mim... e agora a gente quase nem se vê... tenho saudades de tantas coisas que nem sei mais de que... Eu deveria viver o presente mais do que o passado, mas nesse momento, num tá dando... sabe quando aquilo vem numa intensidade incontrolável e você num sabe o que fazer para passar o aperto...
Nunca como agora tive tanto carinho e reconhecimento de alguém como estou tendo da Patricia, nunca tive tantos e tão bons e carinhosos amigos, nunca estive em contato tão próximo de pessoas tão legais., nunca tive tantas oportunidades...
Mas, mesmo assim, mesmo com todas as coisas boas que estão acontecendo na minha vida, não consigo não sentir saudades...
E tenho chorado por qualquer coisa, principalmente pelas tristes histórias de amor que não dão certo por causa do medo do novo. E choro por me sentir tão pequena nesse mundinho tão grande... e me sentir tão sozinha enquanto estou rodeada de tanta gente...
Hoje, ao passar em frente ao hospital, olhei aquelas janelinhas e imaginei o quanto de gente não deve ter lá dentro, em cada uma delas, sentindo-se sozinho, precisando de alguém para conversar, para desabafar... quantas pessoas não devem estar ali sofrendo, sentindo dores horríveis, lutando pela vida... e cheguei a conclusão que é melhor não pensar... (isso é triste).
"Who? Who am I to be blue..."
Fico me perguntando (e perguntando para os outros também, lógico!): "o que se faz quando sente muita saudade?"...
O que eu faço para a saudade passar?
Saudades de que exatamente?
Não sei direito... tenho muuuuitas saudades da minha mãe e das vezes que eu chegava na casa da minha vó com saudades e ligava para mamãe para perguntar como estava ou para pedir bolo de cenoura... saudade das vezes em que eu ia para casa dela, deitava naquela cama de casal dura e dormia enquanto ela assistia tv (e logo dormia também)... saudades das mãos delas (que eu tanto invejva)... tenho saudades de abraçar certa pessoa, de ficar do lado conversando, de ver aquele sorriso lindo para mim... e agora a gente quase nem se vê... tenho saudades de tantas coisas que nem sei mais de que... Eu deveria viver o presente mais do que o passado, mas nesse momento, num tá dando... sabe quando aquilo vem numa intensidade incontrolável e você num sabe o que fazer para passar o aperto...
Nunca como agora tive tanto carinho e reconhecimento de alguém como estou tendo da Patricia, nunca tive tantos e tão bons e carinhosos amigos, nunca estive em contato tão próximo de pessoas tão legais., nunca tive tantas oportunidades...
Mas, mesmo assim, mesmo com todas as coisas boas que estão acontecendo na minha vida, não consigo não sentir saudades...
E tenho chorado por qualquer coisa, principalmente pelas tristes histórias de amor que não dão certo por causa do medo do novo. E choro por me sentir tão pequena nesse mundinho tão grande... e me sentir tão sozinha enquanto estou rodeada de tanta gente...
Hoje, ao passar em frente ao hospital, olhei aquelas janelinhas e imaginei o quanto de gente não deve ter lá dentro, em cada uma delas, sentindo-se sozinho, precisando de alguém para conversar, para desabafar... quantas pessoas não devem estar ali sofrendo, sentindo dores horríveis, lutando pela vida... e cheguei a conclusão que é melhor não pensar... (isso é triste).
"Who? Who am I to be blue..."
domingo, 14 de março de 2004
Música linda, que ultimamente tem me perseguido:
Offer
by Alanis Morissette
Who
Who am I to be blue
Look at my family and fortune
Look at my friends and my house
Who
Who am I to feel deadend
Who am I to feel spent
Look at my health and my money
And where
Where do I go to feel good
Why do I still look outside me
When clearly I've seen it won't work
Is it my calling to keep on when I'm unable
And is it my job to be selfless extraordinary
And my generosity has me disabled
By this my sense of duty to offer
And why
Why do I feel so ungrateful
Me who is far beyond survival
Me who see life as an oyster
Is it my calling to keep on when I'm unable
And is it my job to be selfless extraodinary
And my generosity has me disabled
Why this my sense of duty to offer
And how
How dare I rest on my laurels
How dare I ignore an outstretched hand
How dare I ignore a third world country
Is it my calling to keep on when I'm unable
And is it my job to be selfless extraodinairy
And my generosity has me disabled
By this my sense of duty to offer
Who
Who am I to be woo
Oferecer
por Alanis Morissette
Quem, quem sou eu para entristecer?
Diante de minha família e sorte
Diante de meus amigos e minha casa
Quem, quem sou eu para me sentir sem vida?
Quem sou eu para me sentir esgotada?
Diante de minha saúde e meu dinheiro
E onde, aonde eu vou para me sentir bem?
Por que eu ainda procuro externamente?
Quando está claro que isso não funcionará
Refrão:
É minha escolha continuar quando sou capaz?
E é meu trabalho ser extraordinariamente desinteressante
e
Minha generosidade me desacreditou pelo
Meu sentimento de dever em oferecer
E por que, por que eu me sinto tão ingrata?
Eu que estou muito além de apenas sobreviver
Eu que vejo a vida como uma ostra
Refrão:
É minha escolha continuar quando sou capaz
E é meu trabalho ser extraordinariamente desinteressante
e
Minha generosidade me desacreditou pelo
Meu sentimento de dever em oferecer
E como, como ouso descansar em minha glória
Como ouso ignorar uma mão estendida?
Como ouso ignorar os países de terceiro mundo?
Refrão:
É minha escolha continuar quando sou capaz
É meu trabalho ser extraordinariamente desinteressante
e
Minha generosidade me desacreditou pelo
Meu sentimento de dever em oferecer
Quem, quem sou eu para entristecer?
Offer
by Alanis Morissette
Who
Who am I to be blue
Look at my family and fortune
Look at my friends and my house
Who
Who am I to feel deadend
Who am I to feel spent
Look at my health and my money
And where
Where do I go to feel good
Why do I still look outside me
When clearly I've seen it won't work
Is it my calling to keep on when I'm unable
And is it my job to be selfless extraordinary
And my generosity has me disabled
By this my sense of duty to offer
And why
Why do I feel so ungrateful
Me who is far beyond survival
Me who see life as an oyster
Is it my calling to keep on when I'm unable
And is it my job to be selfless extraodinary
And my generosity has me disabled
Why this my sense of duty to offer
And how
How dare I rest on my laurels
How dare I ignore an outstretched hand
How dare I ignore a third world country
Is it my calling to keep on when I'm unable
And is it my job to be selfless extraodinairy
And my generosity has me disabled
By this my sense of duty to offer
Who
Who am I to be woo
Oferecer
por Alanis Morissette
Quem, quem sou eu para entristecer?
Diante de minha família e sorte
Diante de meus amigos e minha casa
Quem, quem sou eu para me sentir sem vida?
Quem sou eu para me sentir esgotada?
Diante de minha saúde e meu dinheiro
E onde, aonde eu vou para me sentir bem?
Por que eu ainda procuro externamente?
Quando está claro que isso não funcionará
Refrão:
É minha escolha continuar quando sou capaz?
E é meu trabalho ser extraordinariamente desinteressante
e
Minha generosidade me desacreditou pelo
Meu sentimento de dever em oferecer
E por que, por que eu me sinto tão ingrata?
Eu que estou muito além de apenas sobreviver
Eu que vejo a vida como uma ostra
Refrão:
É minha escolha continuar quando sou capaz
E é meu trabalho ser extraordinariamente desinteressante
e
Minha generosidade me desacreditou pelo
Meu sentimento de dever em oferecer
E como, como ouso descansar em minha glória
Como ouso ignorar uma mão estendida?
Como ouso ignorar os países de terceiro mundo?
Refrão:
É minha escolha continuar quando sou capaz
É meu trabalho ser extraordinariamente desinteressante
e
Minha generosidade me desacreditou pelo
Meu sentimento de dever em oferecer
Quem, quem sou eu para entristecer?
Eu queria muito escrever, mas nem to inspirada...
Queria falar da maravilhosa noite de sexta com meus amigos da facul num rodizio de pizza. Nunca comi tanto na minha vida. Nunca tinha visto tanta emocao naqueles lindos olhinhos verdes... Eh bom fazer as coisas com amor para as pessoas, ne? Eh muito bom ter amigos especiais...
Queria contar da minha nova vida como moradora de uma "republica". Nao eh uma republica de verdade mas eh bem parecida. E ta sendo tao bom.
Queria contar sobre o sonho estranho que tive com o diretor da faculdade, a coordenadora, as secretarias, algumas piscinas, um lindo jardim e um importante pedido: "Voce faria mesmo isso por mim?". Apesar de ter sido uma promessa de sonho, eu vou realmente fazer. Eu nem tinha pensado nessa solucao para o problema, mas agora que ela apareceu, nao custa nada...
Queria falar da carencia que estou sentindo. Engracado... eu nunca fui tao bem tratada, nunca recebi tanto carinho quanto to recebendo esses dias mas sinto cada vez mais falta de abracos... Por que?
Arrumei um montao de irmaozinhos na facul (sao eles que tem me dado tanto carinho). Eh engracado a maneira proxima que estou lidando com eles. Eu nunca fui muito disso. Ficar abracando, deitar no colo, fazer e receber carinho, dizer "estou carente". Ate ouvi (duas vezes) esses dias: "Estou todo suado, nojento, acabei de vir do treino". E, nas duas vezes (para pessoas diferentes), respondi "Eu nao me importo". E dei um enorme abraco...
Queria escrever sobre um montao de coisas, mas realmente nao to inspirada e to afim de ir embora da casa do meu pai (estou esperando a chuva passar).
Que saudades da mama...
Queria falar da maravilhosa noite de sexta com meus amigos da facul num rodizio de pizza. Nunca comi tanto na minha vida. Nunca tinha visto tanta emocao naqueles lindos olhinhos verdes... Eh bom fazer as coisas com amor para as pessoas, ne? Eh muito bom ter amigos especiais...
Queria contar da minha nova vida como moradora de uma "republica". Nao eh uma republica de verdade mas eh bem parecida. E ta sendo tao bom.
Queria contar sobre o sonho estranho que tive com o diretor da faculdade, a coordenadora, as secretarias, algumas piscinas, um lindo jardim e um importante pedido: "Voce faria mesmo isso por mim?". Apesar de ter sido uma promessa de sonho, eu vou realmente fazer. Eu nem tinha pensado nessa solucao para o problema, mas agora que ela apareceu, nao custa nada...
Queria falar da carencia que estou sentindo. Engracado... eu nunca fui tao bem tratada, nunca recebi tanto carinho quanto to recebendo esses dias mas sinto cada vez mais falta de abracos... Por que?
Arrumei um montao de irmaozinhos na facul (sao eles que tem me dado tanto carinho). Eh engracado a maneira proxima que estou lidando com eles. Eu nunca fui muito disso. Ficar abracando, deitar no colo, fazer e receber carinho, dizer "estou carente". Ate ouvi (duas vezes) esses dias: "Estou todo suado, nojento, acabei de vir do treino". E, nas duas vezes (para pessoas diferentes), respondi "Eu nao me importo". E dei um enorme abraco...
Queria escrever sobre um montao de coisas, mas realmente nao to inspirada e to afim de ir embora da casa do meu pai (estou esperando a chuva passar).
Que saudades da mama...
sexta-feira, 12 de março de 2004
Olha só o e-mail que acabei de receber (eu tinha que registrar):
"De: Professor de Anatomia
Para: M...
Data: 12/03/2004 11:55
Assunto: prova digestório
Oi M...
infelizmente você não foi aprovada e nem tirou a nota mínima para fazer
recuperação da disciplina Anatomia Sistema Digestório
Recomendo fazer matrícula regular quando a disciplina for oferecida no segundo
semestre."
Pois é... a que ponto cheguei??? Devo ter tirado algo próximo de 0,30 numa prova que valia 10,0...
"De: Professor de Anatomia
Para: M...
Data: 12/03/2004 11:55
Assunto: prova digestório
Oi M...
infelizmente você não foi aprovada e nem tirou a nota mínima para fazer
recuperação da disciplina Anatomia Sistema Digestório
Recomendo fazer matrícula regular quando a disciplina for oferecida no segundo
semestre."
Pois é... a que ponto cheguei??? Devo ter tirado algo próximo de 0,30 numa prova que valia 10,0...
E depois de longa caminhada, com muita ansiedade, entrei na sala onde havia aquele monte de aparelhos para comunicação. Eu tinha uma "carta" na mão. Uma carta moderna. Preta. Uma carta que não era para mim. Um lindo ato.
Sentei em frente à máquina e li e me vi ali e lembrei e chorei.
Aquilo me tocou de uma forma... Eu já sabia sobre o que era, eu já conhecia a história contada mas eu nunca imaginei ela escrita dessa forma, com tamanha sensibilidade, passando tanto sentimento.
E me senti impotente por não poder ajudar para o final ser feliz...
E me senti triste pela tristeza...
E me senti feliz por existir pessoas tão especiais quanto esse escritor apaixonado...
E senti medo de sofrer assim... de ter uma história triste assim, onde a razão vence o coração...
E senti esperanças de um dia ter uma história bonita assim, mesmo que eu sofra.
Porque finalmente aprendi que por mais triste que seja o fim, por mais sofrimento que ele cause, se conseguimos aproveitar o meio, tudo já vale a pena.
Como Romeu e Julieta que poderiam ter vivido até os 80 anos, se separado para casar com outras pessoas, ter tido filhos, netos... mas que nunca teriam sentido a pureza do amor, que nunca teriam vivido com tamanha intensidade, que não teriam essa história linda para ser contada.
É melhor morrer por um sonho ou por um ideal do que ser infeliz a vida toda, sentir-se frustado, derrotado.
E eu quis responder ao escritor, quis achá-lo, mas não sabia como. Passei um tempão procurando seu endereço moderno em listas e mais listas desse aparelho de comunicação mas foi uma busca inútil... eu sequer sabia o nome completo dele... E na distância e no anonimato, amei aquela alma doce e, como havia lhe dito no dia anterior, num momento de paz como nunca tinha tido antes, desejei com todas as minhas forças ser, um dia, amada assim por alguém tão especial como ele.
E as únicas coisas que me pergunto agora são: onde está o segundo ato? E como será o terceiro? E o quarto?
Sentei em frente à máquina e li e me vi ali e lembrei e chorei.
Aquilo me tocou de uma forma... Eu já sabia sobre o que era, eu já conhecia a história contada mas eu nunca imaginei ela escrita dessa forma, com tamanha sensibilidade, passando tanto sentimento.
E me senti impotente por não poder ajudar para o final ser feliz...
E me senti triste pela tristeza...
E me senti feliz por existir pessoas tão especiais quanto esse escritor apaixonado...
E senti medo de sofrer assim... de ter uma história triste assim, onde a razão vence o coração...
E senti esperanças de um dia ter uma história bonita assim, mesmo que eu sofra.
Porque finalmente aprendi que por mais triste que seja o fim, por mais sofrimento que ele cause, se conseguimos aproveitar o meio, tudo já vale a pena.
Como Romeu e Julieta que poderiam ter vivido até os 80 anos, se separado para casar com outras pessoas, ter tido filhos, netos... mas que nunca teriam sentido a pureza do amor, que nunca teriam vivido com tamanha intensidade, que não teriam essa história linda para ser contada.
É melhor morrer por um sonho ou por um ideal do que ser infeliz a vida toda, sentir-se frustado, derrotado.
E eu quis responder ao escritor, quis achá-lo, mas não sabia como. Passei um tempão procurando seu endereço moderno em listas e mais listas desse aparelho de comunicação mas foi uma busca inútil... eu sequer sabia o nome completo dele... E na distância e no anonimato, amei aquela alma doce e, como havia lhe dito no dia anterior, num momento de paz como nunca tinha tido antes, desejei com todas as minhas forças ser, um dia, amada assim por alguém tão especial como ele.
E as únicas coisas que me pergunto agora são: onde está o segundo ato? E como será o terceiro? E o quarto?
Finalmente alívio!
Acabo de fazer a última prova da semana. Vamos fazer uma recapitulação e incluir os resultados:
- Quarta - Anato Dig - depois de ter passado um dia todo estudando, ter ficado até de madrugada vendo alças intestinais, depois de finalmente ter aprendido o que são as tais tênias, fiz a maldita, fui muuuuito mal (como deu pra notar pelo mail quer recebi e publiquei no post anterior), peguei DP... mais um curso para acompanhar com a 92!
- Quinta - Fisio Dig - depois de não ter estudado quase nada, ter saído para passear com a Lê a manhã toda antes da bendita... cheguei lá, esperando por uma prova teórica, que cobrasse esquema e me deparei com uma prova extremamente simples, onde tudo que eu tinha que fazer era grifar a frase errada. Moleza! Tirei 3,0 nessa prova. 3,0!!! E... PASSEI! Felizmente eu tinha ido razoavelmente bem nas anteriores (6,0 e 6,5), graças às minhas amiguinhas que me ensinavam tudo 15 minutos antes, e consegui uma média suficiente para passar. Menos uma matéria com a qual me preocupar.
- Sexta - Genética - depois de um fim de tarde cansativo e estressante na quinta, não estudei quase nada para genética - só estudei o básico e, advinhem... só caiu o básico. Acho que deu pra ir bem (tirando a tal questão de heterozigoto composto que errei inteira por pura bobeira). Me senti segura com a matéria, como se eu tivesse assistido a todas as aulas e estudado minimamente. Ótimo. Mas não pretendo continuar ausente nessa matéria porque senão bombo por falta, por falta de nota nas provinhas e por falta de nota nos casos clínicos... Além do que, principalmente, eu tenho gostado pra caramba da matéria e da professora.
Depois que saí da prova, às 9h30, já iniciei minha nova fase, a de menina estudiosa. Fui pra biblioteca, peguei livro de Microbio (em inglês), desci para pegar minha carteirinha de passe e logo corri para cá (para a sala de computadores) porque eu tinha que ler uma coisa importante... e a ansiedade quase me consumiu... (ver próximo post).
Acabo de fazer a última prova da semana. Vamos fazer uma recapitulação e incluir os resultados:
- Quarta - Anato Dig - depois de ter passado um dia todo estudando, ter ficado até de madrugada vendo alças intestinais, depois de finalmente ter aprendido o que são as tais tênias, fiz a maldita, fui muuuuito mal (como deu pra notar pelo mail quer recebi e publiquei no post anterior), peguei DP... mais um curso para acompanhar com a 92!
- Quinta - Fisio Dig - depois de não ter estudado quase nada, ter saído para passear com a Lê a manhã toda antes da bendita... cheguei lá, esperando por uma prova teórica, que cobrasse esquema e me deparei com uma prova extremamente simples, onde tudo que eu tinha que fazer era grifar a frase errada. Moleza! Tirei 3,0 nessa prova. 3,0!!! E... PASSEI! Felizmente eu tinha ido razoavelmente bem nas anteriores (6,0 e 6,5), graças às minhas amiguinhas que me ensinavam tudo 15 minutos antes, e consegui uma média suficiente para passar. Menos uma matéria com a qual me preocupar.
- Sexta - Genética - depois de um fim de tarde cansativo e estressante na quinta, não estudei quase nada para genética - só estudei o básico e, advinhem... só caiu o básico. Acho que deu pra ir bem (tirando a tal questão de heterozigoto composto que errei inteira por pura bobeira). Me senti segura com a matéria, como se eu tivesse assistido a todas as aulas e estudado minimamente. Ótimo. Mas não pretendo continuar ausente nessa matéria porque senão bombo por falta, por falta de nota nas provinhas e por falta de nota nos casos clínicos... Além do que, principalmente, eu tenho gostado pra caramba da matéria e da professora.
Depois que saí da prova, às 9h30, já iniciei minha nova fase, a de menina estudiosa. Fui pra biblioteca, peguei livro de Microbio (em inglês), desci para pegar minha carteirinha de passe e logo corri para cá (para a sala de computadores) porque eu tinha que ler uma coisa importante... e a ansiedade quase me consumiu... (ver próximo post).
quarta-feira, 10 de março de 2004
Quanta coisa para um dia só...
Acordei umas 8h, no meu quartinho novo (que aliás estou adorando) e estudei mais um pouco para a prova de anato (no dia anterior eu tinha ficado até 1h da manhã estudando). Vi as peçinhas, os músculos, aprendi um montão de coisas...
Às 10h30 fui para facul para uma consulta meio séria (falei de coisas sobre as quais pouquíssimas pessoas sabem e que me angustiam um tanto), depois passei na sala da minha coordenadora preferida e ficamos conversando muito. Ela estava com problemas e me senti um tanto lisonjeada quando ela disse: "senta aí, preciso desabafar". Conversamos a beça, aprendi muito sobre a vida, sobre as relações humanas, sobre política e sobre auto-aceitação. Foi muito bom para nós duas. No meio da conversa apareceu um calouro dizendo que precisava de ajuda porque estava doente. Nós achamos o máximo ele ter ido procurá-la, um ótimo sinal (a imagem dela tá melhorando rápido), mas nisso, infelizmente ela não podia ajudar. Peguei ele pela mão e o levei à alguém que eu sabia que ajudaria prontamente. O coitadinho tava com uma GECA (gastro entereo colite aguda - não sei como se escreve)... um tanto desidratado... teve que ficar lá no hospital tomando um litro de soro.
Voltei à sala da coordenação e continamos a conversa, nossa filosofia sobre a vida, nosso aprendizado, nossa troca. Momento realmente especial.
De lá fui para outra consulta, agora com o PQ e fiquei extremamente chateada e decepcionada com certa postura que ele tomou quando contei sobre uma real preocupação minha. Ele é realmente um idiota. Há tempos que venho desconfiando disso mas hoje tive a confirmação exata. Como pode um médico, ainda mais um PQ agir daquela forma, com tal postura arrogante?
Voltei à coordenadora porque eu tinha prometido que almoçaríamos juntas mas acabamos conversando demais e tive que sair correndo (sem comer) para minha prova de Anato, no além-rio.
Fiz a maldita. Fui muuuuito mal. Eu deveria ter ficado a manhã toda estudando ao invés de conversando mas depois que vi a prova sei que não teria adiantado nada. Cheguei lá, ele pegou uma folha de papel almaço e ditou 6 perguntas... eu não sabia nenhuma por inteiro e de 2 eu não tinha a menor noção. Nunca esperei por uma prova assim. Achei que ia ter peças, questões alternativas, que seria no mínimo parecida com a prova que minha turma fez... ledo engano. Aprendi pra caramba estudando mas acho que não passei. Saí de lá com a quase certeza da DP (só não tenho certeza porque tenho esperanças que ele perceba que aquelas perguntas que ele fez não tem a menor importância para um estudante de medicina - eu respondi tudo relacionando com a prática da minha profissão mas, se considerarmos que o cara é um dentista especializado em ereção, chegamos à conclusão de que ele não me aliviará).
Saindo da prova, passei em casa (nova e linda casa) para trocar o material de Anato pelo de Fisio e fui para facul, determinada a estudar. Logo que entrei, encontrei uns calouros e começamos a conversar. Altas fofocas... foi muito bom. Depois levei alguns deles para conhecer a Casa do Estudante de Medicina (CEM) e ficamos conversando até uma 18h lá. Voltei à faculdade e encontrei minha amiguinha querida com uma carinha... começamos a conversar, começamos a chorar (dessa vez quase não deu pra disfarçar minhas lágrimas). Eu sentia claramente que tinha alguma coisa a mais que eu poderia fazer por ela mas eu não conseguia enxergar o que era. Conversamos, conversamos, pensamos e comecei a ter algumas idéias... que inicialmente não deram certo. Ela foi para o curso que ela tinha e eu fiquei “articulando” para arrumar uma solução melhor. Com a ajuda do meu anjo da guarda número 6 (ah é, esqueci de contar que arrumei mais um anjo da guarda... tão fofo), consegui pensar numa opção e, com toda a cara de pau, que eu não tinha há até muito pouco tempo, consegui uma pequena coisinha.
Foi ótimo enxergar uma luzinha a mais. Até recebi um sorriso de esperança em troca...
Ficamos conversando, bagunçando, comendo, postando até umas 21h30, quando ela foi embora.
Como me senti especial por conhecer pessoas tão boas... a coordenadora, meus amigos, meu novo anjinho (que, aliás, agora pouco ligou preocupado comigo... que graça), minha amiga tão querida mas tão cabeça dura...
Foram aprendizados e tanto...
Observando por cima, parece que fui eu que fui procurada para ajudar (a coordenadora, o calouro doente, os calouros perdidos, minha amiga), mas na verdade foram eles que me ajudaram e muito, me ensinando o valor que tenho por ser eu mesma, a importância da amizade, do companheirismo, da preocupação com o próximo, as inevitáveis diferenças entre os homens e como conviver muito bem com elas, a importância de se ter sofrido há tempos atrás, o que é sensibilidade, o que realmente é inveja, o que é intuição e, principalmente, o quanto ainda tenho para aprender.
Como há muito tempo não fazia, hoje rezei. Simplesmente sentei, juntei as mãozinhas e pedi ajuda... eu precisava de luz, de força e acho que consegui obter.
Ai, que saudades da Amanda... como queria ter falado com ela hoje também...
Acordei umas 8h, no meu quartinho novo (que aliás estou adorando) e estudei mais um pouco para a prova de anato (no dia anterior eu tinha ficado até 1h da manhã estudando). Vi as peçinhas, os músculos, aprendi um montão de coisas...
Às 10h30 fui para facul para uma consulta meio séria (falei de coisas sobre as quais pouquíssimas pessoas sabem e que me angustiam um tanto), depois passei na sala da minha coordenadora preferida e ficamos conversando muito. Ela estava com problemas e me senti um tanto lisonjeada quando ela disse: "senta aí, preciso desabafar". Conversamos a beça, aprendi muito sobre a vida, sobre as relações humanas, sobre política e sobre auto-aceitação. Foi muito bom para nós duas. No meio da conversa apareceu um calouro dizendo que precisava de ajuda porque estava doente. Nós achamos o máximo ele ter ido procurá-la, um ótimo sinal (a imagem dela tá melhorando rápido), mas nisso, infelizmente ela não podia ajudar. Peguei ele pela mão e o levei à alguém que eu sabia que ajudaria prontamente. O coitadinho tava com uma GECA (gastro entereo colite aguda - não sei como se escreve)... um tanto desidratado... teve que ficar lá no hospital tomando um litro de soro.
Voltei à sala da coordenação e continamos a conversa, nossa filosofia sobre a vida, nosso aprendizado, nossa troca. Momento realmente especial.
De lá fui para outra consulta, agora com o PQ e fiquei extremamente chateada e decepcionada com certa postura que ele tomou quando contei sobre uma real preocupação minha. Ele é realmente um idiota. Há tempos que venho desconfiando disso mas hoje tive a confirmação exata. Como pode um médico, ainda mais um PQ agir daquela forma, com tal postura arrogante?
Voltei à coordenadora porque eu tinha prometido que almoçaríamos juntas mas acabamos conversando demais e tive que sair correndo (sem comer) para minha prova de Anato, no além-rio.
Fiz a maldita. Fui muuuuito mal. Eu deveria ter ficado a manhã toda estudando ao invés de conversando mas depois que vi a prova sei que não teria adiantado nada. Cheguei lá, ele pegou uma folha de papel almaço e ditou 6 perguntas... eu não sabia nenhuma por inteiro e de 2 eu não tinha a menor noção. Nunca esperei por uma prova assim. Achei que ia ter peças, questões alternativas, que seria no mínimo parecida com a prova que minha turma fez... ledo engano. Aprendi pra caramba estudando mas acho que não passei. Saí de lá com a quase certeza da DP (só não tenho certeza porque tenho esperanças que ele perceba que aquelas perguntas que ele fez não tem a menor importância para um estudante de medicina - eu respondi tudo relacionando com a prática da minha profissão mas, se considerarmos que o cara é um dentista especializado em ereção, chegamos à conclusão de que ele não me aliviará).
Saindo da prova, passei em casa (nova e linda casa) para trocar o material de Anato pelo de Fisio e fui para facul, determinada a estudar. Logo que entrei, encontrei uns calouros e começamos a conversar. Altas fofocas... foi muito bom. Depois levei alguns deles para conhecer a Casa do Estudante de Medicina (CEM) e ficamos conversando até uma 18h lá. Voltei à faculdade e encontrei minha amiguinha querida com uma carinha... começamos a conversar, começamos a chorar (dessa vez quase não deu pra disfarçar minhas lágrimas). Eu sentia claramente que tinha alguma coisa a mais que eu poderia fazer por ela mas eu não conseguia enxergar o que era. Conversamos, conversamos, pensamos e comecei a ter algumas idéias... que inicialmente não deram certo. Ela foi para o curso que ela tinha e eu fiquei “articulando” para arrumar uma solução melhor. Com a ajuda do meu anjo da guarda número 6 (ah é, esqueci de contar que arrumei mais um anjo da guarda... tão fofo), consegui pensar numa opção e, com toda a cara de pau, que eu não tinha há até muito pouco tempo, consegui uma pequena coisinha.
Foi ótimo enxergar uma luzinha a mais. Até recebi um sorriso de esperança em troca...
Ficamos conversando, bagunçando, comendo, postando até umas 21h30, quando ela foi embora.
Como me senti especial por conhecer pessoas tão boas... a coordenadora, meus amigos, meu novo anjinho (que, aliás, agora pouco ligou preocupado comigo... que graça), minha amiga tão querida mas tão cabeça dura...
Foram aprendizados e tanto...
Observando por cima, parece que fui eu que fui procurada para ajudar (a coordenadora, o calouro doente, os calouros perdidos, minha amiga), mas na verdade foram eles que me ajudaram e muito, me ensinando o valor que tenho por ser eu mesma, a importância da amizade, do companheirismo, da preocupação com o próximo, as inevitáveis diferenças entre os homens e como conviver muito bem com elas, a importância de se ter sofrido há tempos atrás, o que é sensibilidade, o que realmente é inveja, o que é intuição e, principalmente, o quanto ainda tenho para aprender.
Como há muito tempo não fazia, hoje rezei. Simplesmente sentei, juntei as mãozinhas e pedi ajuda... eu precisava de luz, de força e acho que consegui obter.
Ai, que saudades da Amanda... como queria ter falado com ela hoje também...
Nossa... poucas vezes fiquei tão sobrecarregada com provas...
Tem Anato Dig amanhã, Fisio Dig na quinta e Genética na sexta. Considerando que ainda nem comeceia a estudar para Fisio nem para Genética, acho que vou ter muuuuito trabalho nas próximas horas.
Para os que convivem comigo, por favor, tenham paciência pois certamente estarei bastante estressada e cansada nesses dias... mas, semana que vem = nova fase.
Estava pensando esses dias (como se tivesse tempo para isso...), ainda me sinto presa aos problemas que vivi ano passado por causa dessas provas que ainda não fiz. De certa forma, ainda não saí do primeiro ano porque ainda tenho provas finais para fazer e isso não me agrada nada nada.
Agora pouco eu estava estudando no CA, veio um menino:
- Ei, moça, que tá fazendo aí atolada de papéis a essa hora?
- Tô estudando pra prova de Anato Dig...
- Anato Dig??? Rec???
- Não. Sub. Não fiz a prova final do ano passado.
- Não fez? Por quê?
- Por quê? (me assustei um pouco com a pergunta porque a maioria das pessoas sabe porque não fiz essas provas) É que... minha mãe morreu algumas horas antes da prova... de madrugada. Vc não sabia?
- Sua mãe? (pausa) Pô, desculpa. Eu não sabia...
Ele sentou do meu lado e "fofamente" perguntou o que tinha acontecido, conversamos um pouco... foi legal. Acho que pela primeira vez consegui falar de forma mais (não totalmente) natural sobre o assunto.
Acho que esse diálogo está presente em mim diariamente. Acho que eu (incontrolavelmente) me pergunto "por que estou tendo que estudar essas matérias de cursos que todos os meus amigos já até esqueceram?... Ah, é mesmo, é porque minha mãe morreu naquela semana de prova."
É complicado estar presa dessa maneira ao passado e acho que por isso não pedi para a professora de Fisio passar a prova para a semana que vem. Eu poderia facilmente ter feito isso, mas não fiz porque não quero mais prolongar essa "jaula". Quero abri-la definitivamente e me libertar dessa angústia que é saber que ainda estou pendurada por provas...
Tem Anato Dig amanhã, Fisio Dig na quinta e Genética na sexta. Considerando que ainda nem comeceia a estudar para Fisio nem para Genética, acho que vou ter muuuuito trabalho nas próximas horas.
Para os que convivem comigo, por favor, tenham paciência pois certamente estarei bastante estressada e cansada nesses dias... mas, semana que vem = nova fase.
Estava pensando esses dias (como se tivesse tempo para isso...), ainda me sinto presa aos problemas que vivi ano passado por causa dessas provas que ainda não fiz. De certa forma, ainda não saí do primeiro ano porque ainda tenho provas finais para fazer e isso não me agrada nada nada.
Agora pouco eu estava estudando no CA, veio um menino:
- Ei, moça, que tá fazendo aí atolada de papéis a essa hora?
- Tô estudando pra prova de Anato Dig...
- Anato Dig??? Rec???
- Não. Sub. Não fiz a prova final do ano passado.
- Não fez? Por quê?
- Por quê? (me assustei um pouco com a pergunta porque a maioria das pessoas sabe porque não fiz essas provas) É que... minha mãe morreu algumas horas antes da prova... de madrugada. Vc não sabia?
- Sua mãe? (pausa) Pô, desculpa. Eu não sabia...
Ele sentou do meu lado e "fofamente" perguntou o que tinha acontecido, conversamos um pouco... foi legal. Acho que pela primeira vez consegui falar de forma mais (não totalmente) natural sobre o assunto.
Acho que esse diálogo está presente em mim diariamente. Acho que eu (incontrolavelmente) me pergunto "por que estou tendo que estudar essas matérias de cursos que todos os meus amigos já até esqueceram?... Ah, é mesmo, é porque minha mãe morreu naquela semana de prova."
É complicado estar presa dessa maneira ao passado e acho que por isso não pedi para a professora de Fisio passar a prova para a semana que vem. Eu poderia facilmente ter feito isso, mas não fiz porque não quero mais prolongar essa "jaula". Quero abri-la definitivamente e me libertar dessa angústia que é saber que ainda estou pendurada por provas...
domingo, 7 de março de 2004
Que semana...
Era para ser uma das melhores do ano... acabou sendo uma das mais cansativas.
Não só pelo trabalho que foi exaustivo mas também pelas tantas coisas que aconteceram, pelas tantas confusões dentro de mim, pelas tantas mudanças que fui forçada a fazer...
* no blog
- mudei de template (o outro tava dando muito trabalho para concertar)
- tive que mudar a coluna do perfil, que eu tanto gostava...
* na vida
- mudei de casa (a maior mudança... sai' da casa da minha vo e fui para um apartamentozinho perto da faculdade
- mudei de "moral" – sem comentários (quem viu viu, quem não viu perdeu o "show" de sexta)
- mudei de idéia – quanto a varias coisas da vida
- mudei de humor – varias vezes – de bom para ruim de ruim para péssimo, daí para mal, depois melhorei um pouco mais... e assim seguem os dias
Senti que depois de um momento de aceitação, depois de todas as confusões do ano passado e desse inicio de ano, agora estou tendo que, forçadamente, passar por mudanças na minha vida, conseqüências dos acontecimentos fortes de toda uma vida... Por que tudo na mesma hora?
Era para ser uma das melhores do ano... acabou sendo uma das mais cansativas.
Não só pelo trabalho que foi exaustivo mas também pelas tantas coisas que aconteceram, pelas tantas confusões dentro de mim, pelas tantas mudanças que fui forçada a fazer...
* no blog
- mudei de template (o outro tava dando muito trabalho para concertar)
- tive que mudar a coluna do perfil, que eu tanto gostava...
* na vida
- mudei de casa (a maior mudança... sai' da casa da minha vo e fui para um apartamentozinho perto da faculdade
- mudei de "moral" – sem comentários (quem viu viu, quem não viu perdeu o "show" de sexta)
- mudei de idéia – quanto a varias coisas da vida
- mudei de humor – varias vezes – de bom para ruim de ruim para péssimo, daí para mal, depois melhorei um pouco mais... e assim seguem os dias
Senti que depois de um momento de aceitação, depois de todas as confusões do ano passado e desse inicio de ano, agora estou tendo que, forçadamente, passar por mudanças na minha vida, conseqüências dos acontecimentos fortes de toda uma vida... Por que tudo na mesma hora?
sábado, 28 de fevereiro de 2004
Tenho estado tão feliz ultimamente...
Nem sei dizer o que está acontecendo, mas estou elétrica, com vontade de aproveitar muito a vida... mal consigo dormir e raramente me sinto cansada.
Quinta e sexta, cheguei em casa super tarde (às 23h e às 0h respectivamente) porque fiquei na facul... mas não cheguei cansada, estava querendo fazer um monte de coisa, arrumar a casa. Dormi super pouco mas estava bem no dia seguinte (apesar que no sábado deixer de ir ao EMA atender porque fiquei dormindo, mas foi mais preguiça e um pouco de chateação por as coisas lá não estarem boas, do que propriamente por cansaço).
É bom sentir isso. Só é ruim quando quero sair para o forró por exemplo e só consigo companhias masculinas (né, Larissa?). Não que seja ruim ir com os meninos mas é que eu queria ir para conhecer gente nova, outros garotos e num daria pra fazer isso muito bem se eu chegasse no forró cercada de marmanjos querendo cuidar de mim, né? Enfim, acabei não indo, mas com certeza essa sexta tem balada e vai ser muuuuito bom. Apesar de ser com o pessoal da facul (que costuma comentar demais certas coisas), acho que vai dar para dançar bastante e aproveitar muito a noite. (Quanta expectativa, não?)
Então, apesar dos graves problemas financeiros (sexta-feira não pude ir à aula porque não tinha dinheiro para pagar o ônibus, acreditam?), do meu irmão ainda estar meio mal, das minhas confusões sentimentais (depois de tudo que aconteceu, depois de toda a bobeira pela qual passei essa semana, comeceia a me questionar se meu amor também não é fraternal...) e da correria da facul, estou muitíssimo feliz, com muita vontade de fazer muita coisa e querendo me divertir MUITO!.
Nem sei dizer o que está acontecendo, mas estou elétrica, com vontade de aproveitar muito a vida... mal consigo dormir e raramente me sinto cansada.
Quinta e sexta, cheguei em casa super tarde (às 23h e às 0h respectivamente) porque fiquei na facul... mas não cheguei cansada, estava querendo fazer um monte de coisa, arrumar a casa. Dormi super pouco mas estava bem no dia seguinte (apesar que no sábado deixer de ir ao EMA atender porque fiquei dormindo, mas foi mais preguiça e um pouco de chateação por as coisas lá não estarem boas, do que propriamente por cansaço).
É bom sentir isso. Só é ruim quando quero sair para o forró por exemplo e só consigo companhias masculinas (né, Larissa?). Não que seja ruim ir com os meninos mas é que eu queria ir para conhecer gente nova, outros garotos e num daria pra fazer isso muito bem se eu chegasse no forró cercada de marmanjos querendo cuidar de mim, né? Enfim, acabei não indo, mas com certeza essa sexta tem balada e vai ser muuuuito bom. Apesar de ser com o pessoal da facul (que costuma comentar demais certas coisas), acho que vai dar para dançar bastante e aproveitar muito a noite. (Quanta expectativa, não?)
Então, apesar dos graves problemas financeiros (sexta-feira não pude ir à aula porque não tinha dinheiro para pagar o ônibus, acreditam?), do meu irmão ainda estar meio mal, das minhas confusões sentimentais (depois de tudo que aconteceu, depois de toda a bobeira pela qual passei essa semana, comeceia a me questionar se meu amor também não é fraternal...) e da correria da facul, estou muitíssimo feliz, com muita vontade de fazer muita coisa e querendo me divertir MUITO!.
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2004
O que eu mais disse hoje:
"Como eu sou idiota! Como eu sou boba! Como pude chegar a este estado de bobeira sem controle?"
Juro que nunca me imaginei assim, mas agora que a ficha realmente caiu, a bobeira tende a passar, né? Ou não...
Nossa, hoje eu falei muuuuitas besteiras. Muitas, muitas e muitas mesmo. A pior foi agora pouco, já à noite, na presença de 4 pessoas (uma delas nem entendeu ou nem ouviu, ainda bem!), rendeu risadas absurdas... mas fiz os 3 jurarem que nunca, sob nenhuma circustância, revelariam esse meu "podre".
Ah, é, ainda tem esse detalhe, além de eu ter falado tamanha besteira, de um jeito hilário, o significado dela, o que ela quer dizer é meio que uma revelação "podre". Ridículo! Uma verdadeira PÉROLA!
Mas que foi muito engraçado, ah isso foi... essa sou eu de verdade! Que bom!
"Como eu sou idiota! Como eu sou boba! Como pude chegar a este estado de bobeira sem controle?"
Juro que nunca me imaginei assim, mas agora que a ficha realmente caiu, a bobeira tende a passar, né? Ou não...
Nossa, hoje eu falei muuuuitas besteiras. Muitas, muitas e muitas mesmo. A pior foi agora pouco, já à noite, na presença de 4 pessoas (uma delas nem entendeu ou nem ouviu, ainda bem!), rendeu risadas absurdas... mas fiz os 3 jurarem que nunca, sob nenhuma circustância, revelariam esse meu "podre".
Ah, é, ainda tem esse detalhe, além de eu ter falado tamanha besteira, de um jeito hilário, o significado dela, o que ela quer dizer é meio que uma revelação "podre". Ridículo! Uma verdadeira PÉROLA!
Mas que foi muito engraçado, ah isso foi... essa sou eu de verdade! Que bom!
Demorou... e muito... mas minha ficha caiu.
Antes tarde do que nunca, né?
Pois é!
O problema é que agora tô com uma vontade imensa de escrever mais um capítulo de "Histórias de uma vida".
Mas acho que seria me expor ao extremo do extremo. Sei que já me exponho um tanto mas se escrevesse tudo que estou querendo hoje, talvez "cavasse minha cova". Fora que existem várias pessoas envolvidas nessa história, que não gostariam nem um pouco disso...
Enfim, vou escrever, mas não vou postar (por enquanto). Vou mandar para a Leila e depois que ela e mais algumas pessoas avaliarem os possíveis estragos, aí nós vemos...
Antes tarde do que nunca, né?
Pois é!
O problema é que agora tô com uma vontade imensa de escrever mais um capítulo de "Histórias de uma vida".
Mas acho que seria me expor ao extremo do extremo. Sei que já me exponho um tanto mas se escrevesse tudo que estou querendo hoje, talvez "cavasse minha cova". Fora que existem várias pessoas envolvidas nessa história, que não gostariam nem um pouco disso...
Enfim, vou escrever, mas não vou postar (por enquanto). Vou mandar para a Leila e depois que ela e mais algumas pessoas avaliarem os possíveis estragos, aí nós vemos...
QUAL VERDADEIRO SIGNIFICADO DA PALAVRA “TROCA”
Uma menina de 15 anos, num supermercado, parada em frente à seção de lingeries, mais especificamente, tentando escolher um sutiã...
Vem uma mulher, empurrando seu carrinho de compras:
- Você está precisando de ajuda, mocinha?
- É... preciso comprar um desses, mas... (pausa) É que minha mãe morreu e era ela que fazia isso para mim.
- É fácil, vem cá que eu te ajudo.
Juntas, a adolescente e a senhora desconhecida escolhem um novo sutiã.
- Pronto. Acho que esse vai ficar ótimo em você. (pausa) É verdade... preciso ensinar minhas filhas a fazerem essas coisas, né? Elas precisam ser mais independentes. Obrigada!
- Mas, não era eu que devia agradecer? Muito obrigada, viu? Você me ajudou muito muitão!
- Acho que nenhuma das duas precisa agradecer. Eu te ensinei uma coisa e você me ensinou outra muito importante.
Essa é a minha irmã... a admiro muito por esse tipo de contato especial que ela consegue estabelecer, mesmo com desconhecidos.
Uma menina de 15 anos, num supermercado, parada em frente à seção de lingeries, mais especificamente, tentando escolher um sutiã...
Vem uma mulher, empurrando seu carrinho de compras:
- Você está precisando de ajuda, mocinha?
- É... preciso comprar um desses, mas... (pausa) É que minha mãe morreu e era ela que fazia isso para mim.
- É fácil, vem cá que eu te ajudo.
Juntas, a adolescente e a senhora desconhecida escolhem um novo sutiã.
- Pronto. Acho que esse vai ficar ótimo em você. (pausa) É verdade... preciso ensinar minhas filhas a fazerem essas coisas, né? Elas precisam ser mais independentes. Obrigada!
- Mas, não era eu que devia agradecer? Muito obrigada, viu? Você me ajudou muito muitão!
- Acho que nenhuma das duas precisa agradecer. Eu te ensinei uma coisa e você me ensinou outra muito importante.
Essa é a minha irmã... a admiro muito por esse tipo de contato especial que ela consegue estabelecer, mesmo com desconhecidos.
Lendo os posts da Julia, me lembrei do dia em que saiu a lista da fuvest, ano passado. Depois de toda a festa no cursinho (tem um post sobre isso nos Arquivos de Fev/2003), cheguei em casa e fiquei assistindo TV com meus pais na sala.
À noite, minha mãe veio falar comigo:
- O que foi, filhinha? Você não está feliz, né? Por quê? Não era isso que você queria, passar na faculdade?
Eu não sabia explicar o que estava sentindo. Eu realmente não estava tão feliz quanto imaginava que ficaria. Eu não sentia que minha vida tinha mudado só porque me tornei estudante de medicina (essa percepção veio um pouco depois)... Eu estava com mais MEDO do que viria do que feliz...
É engra?ado, né? A gente passa anos da nossa vida lutando por um objetivo, sonhando com uma vida , quando acontece, parece que nem é tão especial assim... É como se não soubéssemos dar valor... e sentimos culpa, sentimos que poderemos ser "eternamente infelizes"... É tão estranho...
Mas passa. Pelo menos para mim passou. O começo do segundo ano é bem mais divertido (tirando as matérias, lógico!). Receber os calouros, sentir-se veterano, ver o quanto você aprendeu nesse primeiro ano que pareceu tão inútil (só porque você esqueceu o quanto você era ignorante quando entrou)...
Acho que realmente estou mais feliz agora do que quando passei.
À noite, minha mãe veio falar comigo:
- O que foi, filhinha? Você não está feliz, né? Por quê? Não era isso que você queria, passar na faculdade?
Eu não sabia explicar o que estava sentindo. Eu realmente não estava tão feliz quanto imaginava que ficaria. Eu não sentia que minha vida tinha mudado só porque me tornei estudante de medicina (essa percepção veio um pouco depois)... Eu estava com mais MEDO do que viria do que feliz...
É engra?ado, né? A gente passa anos da nossa vida lutando por um objetivo, sonhando com uma vida , quando acontece, parece que nem é tão especial assim... É como se não soubéssemos dar valor... e sentimos culpa, sentimos que poderemos ser "eternamente infelizes"... É tão estranho...
Mas passa. Pelo menos para mim passou. O começo do segundo ano é bem mais divertido (tirando as matérias, lógico!). Receber os calouros, sentir-se veterano, ver o quanto você aprendeu nesse primeiro ano que pareceu tão inútil (só porque você esqueceu o quanto você era ignorante quando entrou)...
Acho que realmente estou mais feliz agora do que quando passei.
DP, DEPENDÊNCIA, REPETÊNCIA, FAZER DE NOVO...
Neurofisiologia...
Pois é, amarelei e, na maior covardia, liguei para a professora e disse que eu não iria fazer a prova. Disse que eu tinha tentado estudar mas que não tinha conseguido e que eu preferia fazer o curso novamente...
TODO MUNDO me disse para eu não fazer isso, me disseram que era loucura: o Daniel (o mais enfático), a minha tutora - médica há alguns anos - ("pra quê? Esse curso não vale tanto assim, vc esquece tudo depois"), os veteranos, meu pai, meus irmãos... Mas eu não consegui nem tentar.
Desde ano passado era isso que eu queria fazer.
Eu queria fazer o curso de novo, era isso que meu coração me mandava fazer. Mas a razão era mais forte e me fez tentar estudar, tentar de novo e de novo, até que 1h antes da prova, quando já estava no ponto para pegar ônibus, percebi que era besteira... Nem os tópicos essenciais que o Dani me passou (descerebração, motoneurônio alfa e gama, Parkinson, coma...) eu consegui aprender... imagina se ela fizesse uma prova diferente?
Eu tiraria 0,5 como "prêmio" de consolação, teria perdido a minha tarde toda no além-rio, não teria ficado com meu grupo para fazer o trabalho de Microbio (apesar que nem ajudei muito), não teria recebido os bons conselhos do meu amigo Xande (abafa o caso)... E teria pegado DP de qualquer jeito.
Foi melhor assim...
Mais uma vez me pergunto: Loucura?
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2004
Eternal Flame
Written by Susanna Hoffs/Billy Steinberg/Thomas Kelly
Close your eyes, give me your hand, darlin'
Do you feel my heart beating
Do you understand
Do you feel the same
Or am I only dreaming
Is this burning
An eternal flame
(Ooooh)
I believe it's meant to be, darlin' (ooooh)
I watch you when you are sleeping
You belong with me (aaaah)
Do you feel the same
Or am I only dreaming
Is this burning
An eternal flame
Say my name
Sun shines through the rain
Of all life, so lonely
And come and ease the pain
I don't wanna lose this feeling, ho-oh
(Ooh)
(Ooooh) Close your eyes
Give me your hand (oh yeah yeah) darlin'
Do you feel my heart beating
Do you (do you understand) understand
Do you feel the same
Or am I only dreaming (dreaming)
Or is this burning an eternal flame
Written by Susanna Hoffs/Billy Steinberg/Thomas Kelly
Close your eyes, give me your hand, darlin'
Do you feel my heart beating
Do you understand
Do you feel the same
Or am I only dreaming
Is this burning
An eternal flame
(Ooooh)
I believe it's meant to be, darlin' (ooooh)
I watch you when you are sleeping
You belong with me (aaaah)
Do you feel the same
Or am I only dreaming
Is this burning
An eternal flame
Say my name
Sun shines through the rain
Of all life, so lonely
And come and ease the pain
I don't wanna lose this feeling, ho-oh
(Ooh)
(Ooooh) Close your eyes
Give me your hand (oh yeah yeah) darlin'
Do you feel my heart beating
Do you (do you understand) understand
Do you feel the same
Or am I only dreaming (dreaming)
Or is this burning an eternal flame
terça-feira, 24 de fevereiro de 2004
Eu devia estar estudando Neuro... mas nao consigo... aquilo nao faz o menor sentido para mim... acho que vou pegar DP mesmo...
Tentei fazer meu trabalho de Staphylo, mas eh tanta coisa, sao tantas doencas, tantas pessoas no grupo...
Entao fico aqui no computador, editando o site da minha turma (Emergencia 91) (a Ju Loira vai me matar mas estou adorando a brincadeira), escrevendo no mais novo blog da minha turma (ORCA 92), respondendo os e-mails dos calouros perdidos e tentando (meio indiretamente) evitar que eles facam uma tremenda besteira com o e-groups deles...
Estou me divertindo um tanto, mas minha consciencia pesa a cada minuto... Eu devia estar estudando, eu devia estar no hosital cuidando do Dudu...
Tentei fazer meu trabalho de Staphylo, mas eh tanta coisa, sao tantas doencas, tantas pessoas no grupo...
Entao fico aqui no computador, editando o site da minha turma (Emergencia 91) (a Ju Loira vai me matar mas estou adorando a brincadeira), escrevendo no mais novo blog da minha turma (ORCA 92), respondendo os e-mails dos calouros perdidos e tentando (meio indiretamente) evitar que eles facam uma tremenda besteira com o e-groups deles...
Estou me divertindo um tanto, mas minha consciencia pesa a cada minuto... Eu devia estar estudando, eu devia estar no hosital cuidando do Dudu...
Presentinho da Lê, minha amiga querida:
"Eu vejo a vida melhor no futuro,
Eu vejo isso por cima de um muro
De hipocrisia que insiste em nos rodear.
Eu vejo a vida mais clara e farta,
Repleta de toda satisfação que se tem direito,
Do firmamento ao chão.
Eu quero crer no amor numa boa,
Que isso valha pra qualquer pessoa,
Que realizar a força que tem uma paixão.
Eu vejo um novo começo de era,
De gente fina, elegante e sincera,
Com habilidade pra dizer mais sim do que não.
Hoje o tempo voa amor,
Escorre pelas mãos mesmo sem se sentir,
E não há tempo que volte amor,
Vamos viver tudo o que há pra viver,
Vamos nos permitir..."
(Lulu Santos)
"Eu vejo a vida melhor no futuro,
Eu vejo isso por cima de um muro
De hipocrisia que insiste em nos rodear.
Eu vejo a vida mais clara e farta,
Repleta de toda satisfação que se tem direito,
Do firmamento ao chão.
Eu quero crer no amor numa boa,
Que isso valha pra qualquer pessoa,
Que realizar a força que tem uma paixão.
Eu vejo um novo começo de era,
De gente fina, elegante e sincera,
Com habilidade pra dizer mais sim do que não.
Hoje o tempo voa amor,
Escorre pelas mãos mesmo sem se sentir,
E não há tempo que volte amor,
Vamos viver tudo o que há pra viver,
Vamos nos permitir..."
(Lulu Santos)
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2004
O que é feriado?
Feriado, são uns dias que eu não tenho que ir para faculdade mas tenho que ficar várias horas no hospital porque alguma coisa aconteceu.
Mas você só tá no segundo ano e já tem que fazer plantão de feriado?
Pois é. Essa é minha vida de estudante de medicina com família complicada...
É feriado de carnaval.
Como todo e qualquer feriado que tive desde que entrei na faculdade, advinhem o que aconteceu...
Só ouvi de longe.
Meu pai:
- Assim não dá. Vou ter que te levar para o hospital.
15 minutos depois:
- Filha, tô saindo. Vou levar seu irmão pro hospital. Ele não tá bem.
Algumas horas depois, toca o telefone:
- Seu irmão não pára de sentir dor. Já deram um monte de remédios para ele e a dor não passa. Estão suspeitando de apendicite e acabaram de fazer uma tomo. Provavelmente ele vai ficar aqui essa noite e eu vou ter que ficar com ele.
Uma hora depois:
- Filha... Tô no Centro cirúrgico. É apendicite! Os médicos falaram que parece estar bem inflamado. É caso de urgência. Torce por ele!
No dia seguinte pela manhã:
- Apendicite grave, perfurada e necrosada. O pior é que foi difícil diagnosticar. Ele não tinha febre, estava com dores mal localizadas pelo abdômen inteiro. Tiveram que fazer milhares de exames para descobrir o que era realmente.
Nunca desejei tanto, que não existissem mais feriados. É algo inexplicável. Toda vez que tem um, acontece algo grave e eu e meu pai ficamos dias cuidando de alguém no hospital. Quando não é minha irmã, era minha mãe e agora, quem diria, meu irmão.
Por que isso tá acontecendo de novo???
Feriado, são uns dias que eu não tenho que ir para faculdade mas tenho que ficar várias horas no hospital porque alguma coisa aconteceu.
Mas você só tá no segundo ano e já tem que fazer plantão de feriado?
Pois é. Essa é minha vida de estudante de medicina com família complicada...
É feriado de carnaval.
Como todo e qualquer feriado que tive desde que entrei na faculdade, advinhem o que aconteceu...
Só ouvi de longe.
Meu pai:
- Assim não dá. Vou ter que te levar para o hospital.
15 minutos depois:
- Filha, tô saindo. Vou levar seu irmão pro hospital. Ele não tá bem.
Algumas horas depois, toca o telefone:
- Seu irmão não pára de sentir dor. Já deram um monte de remédios para ele e a dor não passa. Estão suspeitando de apendicite e acabaram de fazer uma tomo. Provavelmente ele vai ficar aqui essa noite e eu vou ter que ficar com ele.
Uma hora depois:
- Filha... Tô no Centro cirúrgico. É apendicite! Os médicos falaram que parece estar bem inflamado. É caso de urgência. Torce por ele!
No dia seguinte pela manhã:
- Apendicite grave, perfurada e necrosada. O pior é que foi difícil diagnosticar. Ele não tinha febre, estava com dores mal localizadas pelo abdômen inteiro. Tiveram que fazer milhares de exames para descobrir o que era realmente.
Nunca desejei tanto, que não existissem mais feriados. É algo inexplicável. Toda vez que tem um, acontece algo grave e eu e meu pai ficamos dias cuidando de alguém no hospital. Quando não é minha irmã, era minha mãe e agora, quem diria, meu irmão.
Por que isso tá acontecendo de novo???
sábado, 21 de fevereiro de 2004
Eh tempo de diversão!
Achei que eu tinha entrado numa nova fase: a de correr riscos. Porém, ontem, recusando um convite muito BOM, percebi que ainda não estou pronta para os riscos.
Mas, entrei mesmo numa nova fase: a de me divertir MUITO sem pensar tanto nas conseqüências. Óbvio que em algum momento eu vou me arrepender, vou querer esconder minha cabeça num buraco no chão... mas, sem me divertir, só pensando, eu já sentia isso. Só estou melhorando minha qualidade de vida.
Daqui uns meses reavalio essa decisão.
Eh tempo de diversão!
Achei que eu tinha entrado numa nova fase: a de correr riscos. Porém, ontem, recusando um convite muito BOM, percebi que ainda não estou pronta para os riscos.
Mas, entrei mesmo numa nova fase: a de me divertir MUITO sem pensar tanto nas conseqüências. Óbvio que em algum momento eu vou me arrepender, vou querer esconder minha cabeça num buraco no chão... mas, sem me divertir, só pensando, eu já sentia isso. Só estou melhorando minha qualidade de vida.
Daqui uns meses reavalio essa decisão.
Eh tempo de diversão!
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2004
Xiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
De repente me bateu uma tristeza. Uma vontade de ir pra casa e ficar chorando em baixo das cobertas. Uma saudade da semana passada e de quanto eu estava feliz.
Não sei o que é nem de onde veio mas tá doendo um tanto...
Não vou pra casa porque sei que vou dormir e não fazer nada de útil. Então, fico aqui, esperando a Larissa sair da Liga, tentando pesquisar a tal da S. aureus para o trabalho de Microbio, tentando conseguir forças para ir à biblioteca estudar alguma coisa, tentando esquecer o inesquecível.
Apesar que, pensando sobre o que fiz esses dias e o que fiz hoje acho que até tenho motivos para estar triste. Vamos ver se são aceitáveis (por hoje):
1) Não consigo voltar a tratá-lo normalmente. Queria pará-lo para falar "oi" quando o visse no corredor, queria conversar sobre besteiras, dançar no meio do CA só pra diversão... mas mal consigo olhar para ele e não sei por que. Será que ainda está muito recente e eu tenho que dar um tempinho para mim? Que saudades...
2) Na aula de Preventiva hoje, a professora ficou um tempão falando como se preenche uma declaração de óbito (DO). Quando peguei aquele papel na mão, veio um filme na minha cabeça: quando EU tive que ir ao cartório pegar o atestado de óbito da minha mãe, ler o DO, ler o atestado, a causa mortis. Me lembro bem que estava escrito: choque cardiogênico. E eu me perguntava por que não estava escrito Doença de Chagas. Depois, acabei descobrindo... E hoje, naquela aula, tive que ouvir umas 300 vezes: "Primeiro se coloca a causa direta da morte, 'Devido a ou como consequência de' e por último colocamos a causa básica". Eu já sabia disso. Já sabia muito bem e não queria mais ficar colocando as tais causas, de seres fictícios, em ordem de importância. É óbvio que eu nunca vou esquecer como se preenche uma DO. Não vou porque cansei de ler a da minha mãe e acabei "aprendendo" bem a tal ordem. Eu sei que os outros alunos precisam aprender aquilo, eles precisavam daquelas 300 repetições para aprender. Mas eu não. E não me perdôo por me ter feito ficar lá, ouvindo toda aquela babozeira que só estava me fazendo mal.
3) Na aula de Pato, à tarde: atrofia, hipertrofia, hiperplasia. Adivinhem só: corações com hipertrofia, cérebros com lesões devido à isquemia, "quando uma pessoa sofre um AVC e perde os movimentos...", várias coisas nas quais eu já sou praticamente especialista. E que me fazem lembrar... e lembrar...
4) Um amigo: - Acho que acabou. Vou me afastar dela (uma amiga nossa).
Eu: Calma, meu, também não é assim. Você não precisa ser tão radical.
- Ah, mas eu tô cansado dessa história. Acho que o melhor mesmo é a gente se afastar. Ela está me tratando muito estranho e...
- Mas vocês se gostam pra caramba... Agora vai querer fazer o clube do bolinha de um lado e o da luluzinha do outro? Para que ter essa quebra?
Ridículo! Cada vez mais, os melhores amigos da minha sala, mesmo se gostando, estão se afastando por mal entendidos ou pequenas besteirinhas infantis. Uma tristeza só.
Na hora do almoço, eu estava sozinha e encontrei um outro amigo que sentou na minha mesa:
Eu: - Tenho sentido que você tem se afastado de todo mundo... que ta acontecendo?
Ele: - Ah, meu, cansei dessas besteirinhas de criança, desse nhemnhemnhem. As pessoas exigem demais da gente e acham que têm muito a nos ensinar. É ridículo como esse pessoal se acha bom, se acha superior. Ultimamente, sozinho, tenho conseguido fazer muito mais coisas, tenho estudado melhor, tenho vivido melhor. Não preciso ficar grudado nesse povo... E você? Também percebi que se afastou do pessoal...
- É, pois é. Cansei de muita coisa também. Estou precisando de tempo para mim, precisando me cuidar. E certas pessoas exigem muito e não fazem o menor esforço para parar e te ouvir ou tentar te entender. Eles só querem, querem e querem. Eu fiz ótimos amigos aqui na faculdade, pessoas que eu não preciso ver nem falar todo dia para continuar tendo uma amizade incrivelmente especial. Eu percebi que não preciso ficar grudada para manter uma amizade com aqueles que são meus verdadeiros amigos. Essa até acabou sendo uma forma de eu perceber de quem eu realmente sou amiga, de quem eu sinto falta, com quem eu me preocupo e coisas assim. Estou tentando me cuidar, antes de qualquer outra coisa, dar valor a mim.
- É... a gente pode ter nossas diferenças mas concordamos de vez em quando, né? É aquela coisa: a gente quase não se fala, a gente discute pra caramba, mas eu sei que se eu precisar de você, como já precisei, posso contar a qualquer momento e você deve sentir a mesma coisa. A gente não concorda mas a gente se apóia e isso é o que importa no fim das contas...
Apesar de boa a conversa, foi triste. É ruim assistir a esse show de desentendimentos. Pior ainda é participar dele.
Eu sei que para o resto da minha vida verei pessoas brigando e se desentendendo, mesmo nenhuma (ou as duas) estando errada, para o resto da minha vida vou ouvir falar em ICC, coração hipertrofiado, AVC, reabilitação... Mas acho que ainda não estou pronta para esse "de repente", ainda preciso de uma certa preparação psicológica antes de me deparar com esses assuntos. É pedir demais? Tipo: quando eu for na Liga de ICC, já sei que vou ver pacientes com histórias muito parecidas com a da minha mãe e tal. Mas, quando é que eu poderia imaginar que numa aula de Medicina Preventiva, eu teria que ouvir 300 vezes sobre a tal ordem de causa da morte? Nunca. Aliás, eu nunca pensei que aprenderia isso numa aula. Achei que era uma coisa que a gente aprendia na prática, quando precisasse fazer...
Enfim, ainda bem que tranquei matrícula, que amanhã não tenho prova de Anato Urinário nem provinha de Microbio, posso dormir até mais tarde, me recuperar da "fossa" falando no telefone até tarde e recomeçar amanhã. A filosofia agora é: me senti mal? paro, durmo, como, penso, falo bastante, faço algo legal e logo melhoro. Tem dado certo...
De repente me bateu uma tristeza. Uma vontade de ir pra casa e ficar chorando em baixo das cobertas. Uma saudade da semana passada e de quanto eu estava feliz.
Não sei o que é nem de onde veio mas tá doendo um tanto...
Não vou pra casa porque sei que vou dormir e não fazer nada de útil. Então, fico aqui, esperando a Larissa sair da Liga, tentando pesquisar a tal da S. aureus para o trabalho de Microbio, tentando conseguir forças para ir à biblioteca estudar alguma coisa, tentando esquecer o inesquecível.
Apesar que, pensando sobre o que fiz esses dias e o que fiz hoje acho que até tenho motivos para estar triste. Vamos ver se são aceitáveis (por hoje):
1) Não consigo voltar a tratá-lo normalmente. Queria pará-lo para falar "oi" quando o visse no corredor, queria conversar sobre besteiras, dançar no meio do CA só pra diversão... mas mal consigo olhar para ele e não sei por que. Será que ainda está muito recente e eu tenho que dar um tempinho para mim? Que saudades...
2) Na aula de Preventiva hoje, a professora ficou um tempão falando como se preenche uma declaração de óbito (DO). Quando peguei aquele papel na mão, veio um filme na minha cabeça: quando EU tive que ir ao cartório pegar o atestado de óbito da minha mãe, ler o DO, ler o atestado, a causa mortis. Me lembro bem que estava escrito: choque cardiogênico. E eu me perguntava por que não estava escrito Doença de Chagas. Depois, acabei descobrindo... E hoje, naquela aula, tive que ouvir umas 300 vezes: "Primeiro se coloca a causa direta da morte, 'Devido a ou como consequência de' e por último colocamos a causa básica". Eu já sabia disso. Já sabia muito bem e não queria mais ficar colocando as tais causas, de seres fictícios, em ordem de importância. É óbvio que eu nunca vou esquecer como se preenche uma DO. Não vou porque cansei de ler a da minha mãe e acabei "aprendendo" bem a tal ordem. Eu sei que os outros alunos precisam aprender aquilo, eles precisavam daquelas 300 repetições para aprender. Mas eu não. E não me perdôo por me ter feito ficar lá, ouvindo toda aquela babozeira que só estava me fazendo mal.
3) Na aula de Pato, à tarde: atrofia, hipertrofia, hiperplasia. Adivinhem só: corações com hipertrofia, cérebros com lesões devido à isquemia, "quando uma pessoa sofre um AVC e perde os movimentos...", várias coisas nas quais eu já sou praticamente especialista. E que me fazem lembrar... e lembrar...
4) Um amigo: - Acho que acabou. Vou me afastar dela (uma amiga nossa).
Eu: Calma, meu, também não é assim. Você não precisa ser tão radical.
- Ah, mas eu tô cansado dessa história. Acho que o melhor mesmo é a gente se afastar. Ela está me tratando muito estranho e...
- Mas vocês se gostam pra caramba... Agora vai querer fazer o clube do bolinha de um lado e o da luluzinha do outro? Para que ter essa quebra?
Ridículo! Cada vez mais, os melhores amigos da minha sala, mesmo se gostando, estão se afastando por mal entendidos ou pequenas besteirinhas infantis. Uma tristeza só.
Na hora do almoço, eu estava sozinha e encontrei um outro amigo que sentou na minha mesa:
Eu: - Tenho sentido que você tem se afastado de todo mundo... que ta acontecendo?
Ele: - Ah, meu, cansei dessas besteirinhas de criança, desse nhemnhemnhem. As pessoas exigem demais da gente e acham que têm muito a nos ensinar. É ridículo como esse pessoal se acha bom, se acha superior. Ultimamente, sozinho, tenho conseguido fazer muito mais coisas, tenho estudado melhor, tenho vivido melhor. Não preciso ficar grudado nesse povo... E você? Também percebi que se afastou do pessoal...
- É, pois é. Cansei de muita coisa também. Estou precisando de tempo para mim, precisando me cuidar. E certas pessoas exigem muito e não fazem o menor esforço para parar e te ouvir ou tentar te entender. Eles só querem, querem e querem. Eu fiz ótimos amigos aqui na faculdade, pessoas que eu não preciso ver nem falar todo dia para continuar tendo uma amizade incrivelmente especial. Eu percebi que não preciso ficar grudada para manter uma amizade com aqueles que são meus verdadeiros amigos. Essa até acabou sendo uma forma de eu perceber de quem eu realmente sou amiga, de quem eu sinto falta, com quem eu me preocupo e coisas assim. Estou tentando me cuidar, antes de qualquer outra coisa, dar valor a mim.
- É... a gente pode ter nossas diferenças mas concordamos de vez em quando, né? É aquela coisa: a gente quase não se fala, a gente discute pra caramba, mas eu sei que se eu precisar de você, como já precisei, posso contar a qualquer momento e você deve sentir a mesma coisa. A gente não concorda mas a gente se apóia e isso é o que importa no fim das contas...
Apesar de boa a conversa, foi triste. É ruim assistir a esse show de desentendimentos. Pior ainda é participar dele.
Eu sei que para o resto da minha vida verei pessoas brigando e se desentendendo, mesmo nenhuma (ou as duas) estando errada, para o resto da minha vida vou ouvir falar em ICC, coração hipertrofiado, AVC, reabilitação... Mas acho que ainda não estou pronta para esse "de repente", ainda preciso de uma certa preparação psicológica antes de me deparar com esses assuntos. É pedir demais? Tipo: quando eu for na Liga de ICC, já sei que vou ver pacientes com histórias muito parecidas com a da minha mãe e tal. Mas, quando é que eu poderia imaginar que numa aula de Medicina Preventiva, eu teria que ouvir 300 vezes sobre a tal ordem de causa da morte? Nunca. Aliás, eu nunca pensei que aprenderia isso numa aula. Achei que era uma coisa que a gente aprendia na prática, quando precisasse fazer...
Enfim, ainda bem que tranquei matrícula, que amanhã não tenho prova de Anato Urinário nem provinha de Microbio, posso dormir até mais tarde, me recuperar da "fossa" falando no telefone até tarde e recomeçar amanhã. A filosofia agora é: me senti mal? paro, durmo, como, penso, falo bastante, faço algo legal e logo melhoro. Tem dado certo...
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