Nossa! Que fase ruim!
Depois dessas duas semanas de estresse total, me encontro aqui na faculdade, em plena sexta-feira às 23h45 da noite, trabalhando...
Tudo bem que isso que estou fazendo (tabulação de dados da minha pesquisa) é algo que eu gosto, faço por prazer, mas que é cansativo, ah, isso é, e muito!
No meio da semana, entrei em "burnout". Na quarta-feira, sai da facul super cedo - às 21h - porque já nem raciocinava mais. Cheguei em casa e dormi. Muito. Acordei às 9h do dia seguinte (fazia muito tempo que eu não dormia mais que 6h - na verdade, tive sorte nos dias em que consegui dormir durante 6h). Eu tinha aula na quinta de manhã mas não fui. Peguei toda minha roupa suja e fui lavar. Lavei tudo, direitinho, como há muito tempo não conseguia fazer.
Só saí de casa às 13h30, atrasada, correndo como sempre. Almocei voando e fui ao hospital para uma reunião como representante discente com representantes do governo. Foi interessantíssima! Só apareci na faculdade às 17h. Toda tranquila, me fazendo de desentendida. Foi ótimo!
Consegui terminar meu texto para o jornal, finalmente. Era para eu ter entregue na segunda-feira mas só mandei na quinta, quase meia noite. Eu gostei bastante do que produzi. Gostei mesmo. Apesar de achar que ficou extremamente informativo.
Porém, ao mostrar para o ex-editor do jornal, recebi uma crítica, seguida de uma cara de descontentamento horrível. Ele achou que eu não fui crítica o suficiente, que eu deveria ter "cutucado" mais, deveria ter levantado polêmica. Mas eu não sou de fazer isso. Não é minha característica de escrita. Só escrevo textos críticos e polêmicos quando eles saem naturalmente, quando estou realmente muito incomodada com alguma coisa. Mas assim...
Por que fiz essa matéria (sobre Atenção Primária): eu não pude participar da reunião onde foram definidas as pautas. A equipe definiu tudo (temas, quem ia escrever o que) e sobrou a matéria de capa (sem assunto). Vieram para mim e perguntaram se eu tinha alguma idéia de tema. Eu disse que não. Perguntaram se eu não podia escrever a matéria (sobre o tema que eu quisesse) para ir para capa (me senti lisonjeada). Insanamente eu aceitei. Decidi que queria escrever sobre Atenção Primária. Falei para a editora, ela aceitou e fui fazer minhas pesquisas. O ex-editor, que entende bastante desse assunto, devo admitir, levantou vários problemas relacionados ao assunto, esperando que eu abordasse isso na matéria (detalhe: ele não quis me ajudar a escrever). Beleza.
Deu um trabalhão desgraçado. Além de todas as obrigações que eu já tinha, fiquei extremamente sobrecarregada com esse texto. Mas fiz.
Depois de toda a dificuldade que passei, toda a luta para escrever sozinha, sem tempo, vem o cara e critica ferrenhamente... fiquei tão chateada. Fiquei mal mesmo. Me senti uma incompetente. Eu sei que a matéria está muito informativa e que em geral isso não é característica de matéria de capa, mas escrever texto crítico não é minha característica. Definitivamente, não. Se eles queriam uma matéria bombástica, que chamassem outra pessoa para escrever e não eu.
O pior é que, depois que minha chateação passou, que eu consegui entender que a culpa não era minha, volta o tal cara e fala: "Você não consertou o texto??? Pô. Eu achei que você ia mudar ele depois do que eu falei." É mole??
Quase mandei ele à merda. Só não o fiz porque a atual editora me convenceu que o cara está mal, passando por problemas pessoais e está meio descontrolado.
Fiquei tão chateada. Não pela crítica ao texto, mas pela forma com que as coisas aconteceram e pelo jeito que ele falou comigo. Ao mesmo tempo fiquei preocupada pois ando chateada demais com muita gente.
Na terça-feira, passei a manhã toda chorando com minha madrinha por causa de duas médicas que gosto muito (não são minhas médicas). Na minha opinião de pessoa magoada (que isso fique bem claro), acho que elas são "bipolar". Elas têm uma oscilação grande de humor (pelo menos comigo). Às vezes, elas são um doce, conversam bastante, são super carinhosas, me tratam bem. Outras vezes, ou são completamente ausentes ou estúpidas. Fico pensando se esse comportamento não esbarra no interesse... ou se o problema não está comigo.
Outra pessoa que tem me incomodado bastante é uma nova funcionária da faculdade. Tenho tido contato com ela por "trabalharmos" com assuntos ligados, mas sei (por fontes seguras) que ela não tem um caráter nada admirável. Desde que me conheceu, ela veio toda gentil, sorrindo, querendo me envolver no jogo dela. Um horror de pessoa. Mas tenho que aguentá-la e fingir que não percebo, fingir que não me incomoda (por motivos que tb não vêm ao caso). É péssimo. Me sinto a pior pessoa do mundo. Falsa.
Não sei o que está acontecendo comigo. Fico sofrendo por pessoas que não merecem. Fico magoada facilmente, me sentindo menor, me sentindo tão pequena... Às vezes tenho vontade de jogar tudo isso para os ares e ir cuidar da minha vida.
(Que texto confuso, não? Péssimo: talvez para refletir melhor minha alma...)
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