segunda-feira, 13 de dezembro de 2004

Sim, eu deveria estar estudando mas não estou.
Passei o dia todo estudando (exceto de manhã que fiquei numa reunião que parecia que nunca ia acabar).
Eu estava morrendo de medo de ser reprovada novamente nessa matéria mas agora à noite, me matando de estudar me senti mais segura, acho que estou sabendo o suficiente para passar e ainda tenho amanhã de manhã para estudar um pouco mais. Então, resolvi fazer um intervalinho para escrever no blog.

Queria contar uma cena bizarra (?) que presenciei esses dias. Eu estava subindo uma rua perto do hospital, quando vi uma aglomeração de pessoas. Chegando mais perto, percebi que tinha uma mulher caída. Com toda responsabilidade que o "título" estudante de medicina me dá, meu primeiro impulso foi de ir até lá para tentar ajudar. Porém, quando me aproximei um pouco mais, percebi que havia um médico lá já e ele parecia tranquilo, não parecia precisar de ajuda.
Continuei, então, subindo a rua e olhando para a situação.
Demorou alguns segundos para "cair minha ficha" do que estava acontecendo: a mulher no chão estava passando mal (mas estava consciente), havia uma outra segurando-a e o médico estava, simplesmente parado em pé ao lado das duas dando ordens, dizendo faça assim, faça assado.
Eu já tinha visto algo muito parecido quando estive no PS da Santa Casa de São Carlos. Chegou uma emergência, os enfermeiros se desdobravam em mil para agir e o médico só parado do lado dando ordens, sem nem tocar, sem nem se alterar (sei lá se isso é um procedimento padrão, acho que é assim mesmo).
Mas, na rua, lidando com pessoas comuns, que não estão acostumadas... achei no mínimo desumando da parte dele não se abaixar para ajudar as duas mulheres.
Enfim, eu também não voltei lá para perguntar se queriam alguma coisa. Não posso falar nada. Mas achei tudo isso muito estranho, muito bizarro e fiquei com medo de acabar me tornando igual a ele, e fiquei angustiada por ter visto isso e não ter feito nada...

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