Estraguei tudo mais uma vez...
Essa semana me desentendi com uma das pessoas que mais gosto na faculdade. Uma das amizades mais promissoras que eu estava construindo foi prejudicada por uma besteira (ou algumas besteiras). Nem sei direito o que houve, só sei que no fim das contas estávamos os dois nos sentindo muito mal e sem saber como consertar o que tinha sido rompido.
Espero que não seja irreversível.
O pior é que estou com uma vontade tremenda de ser totalmente sincera com ele e dizer tudo que estou pensando e sentindo... mas não tenho coragem. Acho que posso piorar muito a situação e acabar destruindo tudo definitivamente. Não que sejam coisas ruins mas são coisas não muito fáceis de serem ouvidas.
Eu ainda não sei o que é mais prejudicial: sentar e falar tudo de uma vez (e esperar que ele faça o mesmo), arriscando toda uma amizade tão legal ou deixar as coisas como estão e esperar que o tempo leve o que ainda restou no silêncio.
É incrível a capacidade que tenho de romper laços.
Isso é tão triste.
Estou me sentindo tão mal, tão chateada, tão frustrada, tão... sozinha. Poucas vezes me senti tão triste por alguma coisa como nessa semana. Nunca me senti tão travada diante de uma situação quanto agora – e olha que, como uma tímida assumida, sempre me sinto travada. Sabe quando você pára na frente da pessoa e pensa “a gente precisa conversar” mas nenhum som sai da sua boca, você troca olhares “sem-graçamente” desviados, você fala do tempo tentando fingir que nada aconteceu sem conseguir disfarçar o constrangimento, se cumprimenta de forma rápida para evitar que o mal-estar do momento se prolongue, como se a fuga e o fingimento não fossem piorar o que já não está nada bom?
E mais uma vez fica comprovado para essa tonta utópica incorrigível, que a teoria é muito, muito, muito diferente da prática. É muito fácil falar “seja sincera sempre, não importa a situação, fale tudo o quanto antes para que não se acumule e se torne uma bola de neve”. Mas, quando a dificuldade se apresenta dentro da gente, tudo muda. Têm vezes que é melhor ignorar aquela vozinha que diz “Fala logo” e pensar um pouco nas conseqüências.
"O que não enfrentamos em nós mesmos encontraremos como destino." Carl Gustav Jung
quinta-feira, 31 de julho de 2003
terça-feira, 29 de julho de 2003
MISUNDERSTOOD
Should I? Could I?
Have said the wrong things right a thousand times
If I could just rewind, I see it in my mind
If I could turn back time, you'd still be mine
You cried, I died
I should have shut my mouth, things headed south
As the words slipped off my tongue, they sounded dumb
If this old heart could talk, it'd say you're the one
I'm wasting time when I think about it
Chorus: I should have drove all night, I would have run all the lights
I was misunderstood
I stumbled like my words, Did the best I could
Damn, misunderstood
Could I? Should I?
Apologize for sleeping on the couch that night
Staying out too late with all my friends
You found me passed out in the yard again
You cried, I tried
To stretch the truth, but didn't lie
It's not so bad when you think about it
Chorus: I should have drove all night, I would have run all the lights
I was misunderstood
I stumbled like my words, did the best I could
Damn, misunderstood
Intentions good
Guitar Solo
It's you and I, just think about it...
Chorus: I should have drove all night
I would have run all the lights
I was misunderstood
I stumbled like my words, did the best I could
I 'm hanging outside your door
I've been here before
Misunderstood
I stumbled like my words, did the best I could
Damn, misunderstood
Intentions good.
Should I? Could I?
Have said the wrong things right a thousand times
If I could just rewind, I see it in my mind
If I could turn back time, you'd still be mine
You cried, I died
I should have shut my mouth, things headed south
As the words slipped off my tongue, they sounded dumb
If this old heart could talk, it'd say you're the one
I'm wasting time when I think about it
Chorus: I should have drove all night, I would have run all the lights
I was misunderstood
I stumbled like my words, Did the best I could
Damn, misunderstood
Could I? Should I?
Apologize for sleeping on the couch that night
Staying out too late with all my friends
You found me passed out in the yard again
You cried, I tried
To stretch the truth, but didn't lie
It's not so bad when you think about it
Chorus: I should have drove all night, I would have run all the lights
I was misunderstood
I stumbled like my words, did the best I could
Damn, misunderstood
Intentions good
Guitar Solo
It's you and I, just think about it...
Chorus: I should have drove all night
I would have run all the lights
I was misunderstood
I stumbled like my words, did the best I could
I 'm hanging outside your door
I've been here before
Misunderstood
I stumbled like my words, did the best I could
Damn, misunderstood
Intentions good.
domingo, 27 de julho de 2003
Depois de tanto ensaiar, coloquei novos links de blogs legais aí do lado.
Fiquei numa cruel dúvida: se devia separar os blogs de estudantes de Medicina, de médicos e das pessoas mais normais... Acabei separando. Não por preconceito ou por corporativismo, mas porque muita gente me pergunta se conheço blogs de médicos, então, assim facilita.
Por que será que as pessoas tem tanta curiosidade em conhecer a vida dos médicos e as loucuras dos estudantes? Estou me sentindo um animal de zoológico...
Fiquei numa cruel dúvida: se devia separar os blogs de estudantes de Medicina, de médicos e das pessoas mais normais... Acabei separando. Não por preconceito ou por corporativismo, mas porque muita gente me pergunta se conheço blogs de médicos, então, assim facilita.
Por que será que as pessoas tem tanta curiosidade em conhecer a vida dos médicos e as loucuras dos estudantes? Estou me sentindo um animal de zoológico...
sábado, 26 de julho de 2003
Quem diria que o centro acadêmico, com toda sua pose, tinha tamanha capacidade para fazer merda??!!!
A boa imagem que tinham perante os calouros, foi completamente destruída essa semana e acho que não tem recuperação...
*Calouros comentando sobre o CA (e não eram calouros folgados): “meu, a gente precisa ir lá ensinar pra esses caras como é que se organiza algo descentemente”. Pra chegar a esse ponto, imagina como é que as coisas estão...
A boa imagem que tinham perante os calouros, foi completamente destruída essa semana e acho que não tem recuperação...
*Calouros comentando sobre o CA (e não eram calouros folgados): “meu, a gente precisa ir lá ensinar pra esses caras como é que se organiza algo descentemente”. Pra chegar a esse ponto, imagina como é que as coisas estão...
Sobre o post anterior "Estresse total!", eu até ia escrever algo, queria desabafar mas quando estava fazendo isso, uma colega chegou, começamos a conversar e eu comecei a me sentir melhor. Acabei desligando o computador e indo para os sofás do porão da facul lhe fazer companhia enquanto ela esperava seu namorado.
Preciso fazer isso mais vezes: conversar com pessoas legais com quem nunca conversei. Foi muito bom, apesar que fiquei com pena dela, coitada, ter que me agüentar num momento ruim como aquele que eu estava. Devo ter falado muita besteira... Depois peço desculpas.
Engraçado, estudamos na mesma sala há alguns meses, temos amigos em comum, já nos encontramos em outros lugares algumas vezes e nunca tínhamos conversado direito. Um tempão perdido já que ela é tão legal...
Mas, voltando ao assunto do estresse: estou impressionada com o excesso de estrelismo e egoísmo de algumas pessoas da minha sala. Tudo bem, eu sei que gente ruim tem em qualquer lugar mas minha utopia me fazia acreditar que numa profissão como a que escolhi, haveria menor número. E a garota cai das nuvens novamente Chegaria a dizer que tem até mais, dada a alta porcentagem de filhinhos de papai "endeusados" por suas famílias. É ridículo, ridículo, ridículo. E a idiota aqui fica tentando convencê-los de pensar no bem de todos...
Preciso fazer isso mais vezes: conversar com pessoas legais com quem nunca conversei. Foi muito bom, apesar que fiquei com pena dela, coitada, ter que me agüentar num momento ruim como aquele que eu estava. Devo ter falado muita besteira... Depois peço desculpas.
Engraçado, estudamos na mesma sala há alguns meses, temos amigos em comum, já nos encontramos em outros lugares algumas vezes e nunca tínhamos conversado direito. Um tempão perdido já que ela é tão legal...
Mas, voltando ao assunto do estresse: estou impressionada com o excesso de estrelismo e egoísmo de algumas pessoas da minha sala. Tudo bem, eu sei que gente ruim tem em qualquer lugar mas minha utopia me fazia acreditar que numa profissão como a que escolhi, haveria menor número. E a garota cai das nuvens novamente Chegaria a dizer que tem até mais, dada a alta porcentagem de filhinhos de papai "endeusados" por suas famílias. É ridículo, ridículo, ridículo. E a idiota aqui fica tentando convencê-los de pensar no bem de todos...
sexta-feira, 25 de julho de 2003
terça-feira, 22 de julho de 2003
Hoje tive a aula mais show do ano e, tenho certeza que uma das melhore da minha vida toda!!!
Inacreditável... Parecia que eu estava sonhando. Aquilo não podia ser verdade. (Quando as pessoas se acostumam a ser mal-tratadas, quando as tratam bem elas desconfiam, é claro.)
Depois de um semestre inteiro de decepções, aulas mal dadas, professores anti-didáticos, mal-humorados e, algumas vezes estúpidos, matérias não aprendidas e provas absurdas... na primeira aula do novo semestre, me aparece o Prof. Richard, com toda a sua didática e preocupação conosco. Ele simplesmente levou em conta e tentou consertar todas as reclamações que são feitas pelos alunos há anos (pelo que li nos relatórios dos fóruns anteriores). Faço questão de descrever:
- Educadamente nos deu as boas vindas e disse que ele esperava que nesse curso (Anato Respiratório) nós saímos sabendo a matéria verdadeiramente
- Se colocou à disposição para tirarmos dúvidas e para explicar a matéria quando precisássemos
- Talvez forneça as apostilas do curso (sim, haverá apostila no curso!) gratuitamente, se ele conseguir o patrocínio que está buscando
- As aulas práticas se iniciarão com demonstração de estruturas nos televisores e posteriormente identificaremos os detalhes nas peças. Em cada bancada haverá uma peça, marcada com alfinetes, uma lista de estruturas com identificação das cores dos alfinetes e xerox coloridas e plastificadas do Atlas (páginas correspondentes às estruturas daquela mesa)
- a prova será realizada antes da INTERMED (competição esportiva considerada mais importante para Medicina), para não prejudicar o pessoal que vai viajar para lá
- haverá um site na intenet com todas as aulas que ele der
- a todo momento ele vai fazer correlações clínicas “para que fique claro para vocês a importância do que estão vendo, para que entendam a função de saber tal estrutura, seu nome e localização”
- aula voltada para que o aluno aprenda o máximo na sala e não tenha que estudar tanto em casa “porque eu sei que além da Anatomia vocês têm outras matérias que também são difíceis e dão muito trabalho”. (Aleluia!! Finalmente alguém que enxerga o óbvio)
- haverá alunos-monitores para nos auxiliar
- O MELHOR: haverá uma pizzada, de 15 em 15 dias, para quem quiser ir, na qual estará presente um médico que nos contará sobre os exames que faz, sobre seu trabalho, “para que fique realmente claro para vocês, a importância de saber anatomia, de uma forma descontraída e interessante”.
É... parece utopia, né? Eu sei mas tenho fé que ele vai cumprir quase tudo. Tivemos uma demonstração de aula hoje e foi demais, superando qualquer expectativa. A aula teórica foi “entendível” e assimilável, ele não correu com a matéria, respondeu às dúvidas de forma clara. A aula prática foi exatamente da forma que ele descreveu, com as demonstrações, os alfinetes, as xerox, os professores super atencioso (um recorde - havia 3 professores). E o intervalo? Não teve intervalo. Teve coffe break!! Acredite se quiser: ele preparou um super lanche para a gente com sanduíches de metro, bolos de vários sabores, sucos, refrigerantes, leite com chocolate... nem sei o que mais... era tanta coisa!
Pensando bem, é até meio triste eu estar impressionada com essa aula bem dada. Não é nada do outro mundo e provavelmente quem não conhece a minha faculdade não entende por que eu estou tão feliz com algo tão simples. Deveriam se todas assim...
Inacreditável... Parecia que eu estava sonhando. Aquilo não podia ser verdade. (Quando as pessoas se acostumam a ser mal-tratadas, quando as tratam bem elas desconfiam, é claro.)
Depois de um semestre inteiro de decepções, aulas mal dadas, professores anti-didáticos, mal-humorados e, algumas vezes estúpidos, matérias não aprendidas e provas absurdas... na primeira aula do novo semestre, me aparece o Prof. Richard, com toda a sua didática e preocupação conosco. Ele simplesmente levou em conta e tentou consertar todas as reclamações que são feitas pelos alunos há anos (pelo que li nos relatórios dos fóruns anteriores). Faço questão de descrever:
- Educadamente nos deu as boas vindas e disse que ele esperava que nesse curso (Anato Respiratório) nós saímos sabendo a matéria verdadeiramente
- Se colocou à disposição para tirarmos dúvidas e para explicar a matéria quando precisássemos
- Talvez forneça as apostilas do curso (sim, haverá apostila no curso!) gratuitamente, se ele conseguir o patrocínio que está buscando
- As aulas práticas se iniciarão com demonstração de estruturas nos televisores e posteriormente identificaremos os detalhes nas peças. Em cada bancada haverá uma peça, marcada com alfinetes, uma lista de estruturas com identificação das cores dos alfinetes e xerox coloridas e plastificadas do Atlas (páginas correspondentes às estruturas daquela mesa)
- a prova será realizada antes da INTERMED (competição esportiva considerada mais importante para Medicina), para não prejudicar o pessoal que vai viajar para lá
- haverá um site na intenet com todas as aulas que ele der
- a todo momento ele vai fazer correlações clínicas “para que fique claro para vocês a importância do que estão vendo, para que entendam a função de saber tal estrutura, seu nome e localização”
- aula voltada para que o aluno aprenda o máximo na sala e não tenha que estudar tanto em casa “porque eu sei que além da Anatomia vocês têm outras matérias que também são difíceis e dão muito trabalho”. (Aleluia!! Finalmente alguém que enxerga o óbvio)
- haverá alunos-monitores para nos auxiliar
- O MELHOR: haverá uma pizzada, de 15 em 15 dias, para quem quiser ir, na qual estará presente um médico que nos contará sobre os exames que faz, sobre seu trabalho, “para que fique realmente claro para vocês, a importância de saber anatomia, de uma forma descontraída e interessante”.
É... parece utopia, né? Eu sei mas tenho fé que ele vai cumprir quase tudo. Tivemos uma demonstração de aula hoje e foi demais, superando qualquer expectativa. A aula teórica foi “entendível” e assimilável, ele não correu com a matéria, respondeu às dúvidas de forma clara. A aula prática foi exatamente da forma que ele descreveu, com as demonstrações, os alfinetes, as xerox, os professores super atencioso (um recorde - havia 3 professores). E o intervalo? Não teve intervalo. Teve coffe break!! Acredite se quiser: ele preparou um super lanche para a gente com sanduíches de metro, bolos de vários sabores, sucos, refrigerantes, leite com chocolate... nem sei o que mais... era tanta coisa!
Pensando bem, é até meio triste eu estar impressionada com essa aula bem dada. Não é nada do outro mundo e provavelmente quem não conhece a minha faculdade não entende por que eu estou tão feliz com algo tão simples. Deveriam se todas assim...
segunda-feira, 21 de julho de 2003
Descobri que ontem foi dia do amigo da maneira mais especial que pode haver:
Recebendo um cartão de uma amiga.
E, para expressar minha felicidade por ter tão bons amigos, publico essa figura lindinha com texto mais fofo... Dedicada à Milene
Recebendo um cartão de uma amiga.
E, para expressar minha felicidade por ter tão bons amigos, publico essa figura lindinha com texto mais fofo... Dedicada à Milene
Eu queria não ser tão exigente mas acho que se não fosse não faria as coisas bem. (Aliás, mesmo sendo exigente, às vezes faço cada porcaria, imagina se não fosse.) E não teria o prazer de sensações como a que tive agora pouco:
Ele: - Você sabe que vai ter reunião da comissão semana que vem, né?
Eu:- Sei, mas... você acha que não tem problema se eu for?
- Se você for? Por quê? Claro que não. Você tem que ir.
- Mas... é que me sinto meio deslocada, eu não entendo direito algumas coisas que vocês discutem, às vezes eu acho que atrapalho, que causo algum constrangimento.
- Imagina! Claro que não! As coisas são assim mesmo. Você vai participando e aos poucos pegando as manhas, vai aprendendo. Aliás, eu estou impressionado com você, o quanto você está aprendendo rápido.
Eu achava que ele me achava uma boba, intrometida, que só fala besteiras. Eu sou muito tímida e fico muito calada nas reuniões porque o que eles (professores) discutem está muito além da minha capacidade de caloura. E quando a gente sai, sempre reclamo de alguma coisa.
Mas, se ele acha que posso ser útil e, acima de tudo, eu considerando que essas reuniões são muito interessantes e vão me ajudar muito na minha formação, então eu vou.
Ele: - Você sabe que vai ter reunião da comissão semana que vem, né?
Eu:- Sei, mas... você acha que não tem problema se eu for?
- Se você for? Por quê? Claro que não. Você tem que ir.
- Mas... é que me sinto meio deslocada, eu não entendo direito algumas coisas que vocês discutem, às vezes eu acho que atrapalho, que causo algum constrangimento.
- Imagina! Claro que não! As coisas são assim mesmo. Você vai participando e aos poucos pegando as manhas, vai aprendendo. Aliás, eu estou impressionado com você, o quanto você está aprendendo rápido.
Eu achava que ele me achava uma boba, intrometida, que só fala besteiras. Eu sou muito tímida e fico muito calada nas reuniões porque o que eles (professores) discutem está muito além da minha capacidade de caloura. E quando a gente sai, sempre reclamo de alguma coisa.
Mas, se ele acha que posso ser útil e, acima de tudo, eu considerando que essas reuniões são muito interessantes e vão me ajudar muito na minha formação, então eu vou.
sexta-feira, 18 de julho de 2003
Um ser estranho caminha solitário pela rua.
Óculos, aparelhos nos dentes, espinhas no rosto, que espelha a aparente seriedade. Casacão cobrindo quase todo corpo, mala nas costas – 3 vezes maior do que ela mesma. Em uma das mãos um livro grande e grosso, na outra um saquinho branco (“é lixo?”).
Será que alguém é capaz de perceber que por trás desse aparato todo bate um coração, há uma alma esperançosa que clama por ajuda?...
“Tem que ter muita coragem para sair assim na rua”.
Nesse mundo onde as aparências são muito mais importantes do que qualquer outra coisa...
Óculos, aparelhos nos dentes, espinhas no rosto, que espelha a aparente seriedade. Casacão cobrindo quase todo corpo, mala nas costas – 3 vezes maior do que ela mesma. Em uma das mãos um livro grande e grosso, na outra um saquinho branco (“é lixo?”).
Será que alguém é capaz de perceber que por trás desse aparato todo bate um coração, há uma alma esperançosa que clama por ajuda?...
“Tem que ter muita coragem para sair assim na rua”.
Nesse mundo onde as aparências são muito mais importantes do que qualquer outra coisa...
quinta-feira, 17 de julho de 2003
Mais dois dias de férias e um fim de semana de bagunças e arrumações.
Mais uma coisa que preciso aprender com urgência: Aproveitar as férias.
Nos primeiros dias eu dormi. Depois fiquei indo à faculdade arrumar problemas, saí com meus amigos e destruí/reconstruí meu blog. Mas não fiz quase nada do que tinha planejado e, o pior, estou me sentindo cansada...
Vai entender...
Mais uma coisa que preciso aprender com urgência: Aproveitar as férias.
Nos primeiros dias eu dormi. Depois fiquei indo à faculdade arrumar problemas, saí com meus amigos e destruí/reconstruí meu blog. Mas não fiz quase nada do que tinha planejado e, o pior, estou me sentindo cansada...
Vai entender...
Finalmente estou conseguindo arrumar o blog e catalogar os arquivos.
Aliás, quem quiser ver minha organização, clique no link VEJA NUVENS PASSADAS (Arquivos).
É algo simples, sem nenhuma glamourarização (isso existe?) mas foi feito com carinho e de coração.
Espero que gostem.
Ah, por favor, se tiverem qualquer problema com o blog – visualização, links que não funcionam, pedaços cortados de textos, códigos estranhos onde não deveria haver etc.- me avisem. Depois de todos os problemas que tive com ele (aliás, ainda não sei como tudo aconteceu – o que quer dizer que pode acontecer de novo a qualquer momento), não consigo identificar todos os erros que ainda há. Consertei os principais e estou consertando outros mas ainda não sei de todos. Portanto, preciso muito da colaboração de vocês.
E, se já tiver acontecido algo parecido (código do template sumir de repente, sem aviso prévio nem direito a recuperações) com vocês ou com alguém que conheçam, me falem para que possamos trocar idéias e tentar evitar que aconteça novamente.
Eu supus algumas teorias:
- há fantasmas rondando a internet e assombrando blogs
- há fantasmas em minha casa me assombrando
- meu blog resolveu fazer greve para protestar contra os horríveis posts
- meu blog se cansou de mim e resolveu “dar um tempo”
- o blogger ou o blogger templates constatou que o sistema estava sendo mal utilizado e resolveu me boicotar
Bom, nada ainda foi confirmado. A investigação ainda está sendo feita. Se tiverem alguma outra teoria entrem em contato.
Aliás, quem quiser ver minha organização, clique no link VEJA NUVENS PASSADAS (Arquivos).
É algo simples, sem nenhuma glamourarização (isso existe?) mas foi feito com carinho e de coração.
Espero que gostem.
Ah, por favor, se tiverem qualquer problema com o blog – visualização, links que não funcionam, pedaços cortados de textos, códigos estranhos onde não deveria haver etc.- me avisem. Depois de todos os problemas que tive com ele (aliás, ainda não sei como tudo aconteceu – o que quer dizer que pode acontecer de novo a qualquer momento), não consigo identificar todos os erros que ainda há. Consertei os principais e estou consertando outros mas ainda não sei de todos. Portanto, preciso muito da colaboração de vocês.
E, se já tiver acontecido algo parecido (código do template sumir de repente, sem aviso prévio nem direito a recuperações) com vocês ou com alguém que conheçam, me falem para que possamos trocar idéias e tentar evitar que aconteça novamente.
Eu supus algumas teorias:
- há fantasmas rondando a internet e assombrando blogs
- há fantasmas em minha casa me assombrando
- meu blog resolveu fazer greve para protestar contra os horríveis posts
- meu blog se cansou de mim e resolveu “dar um tempo”
- o blogger ou o blogger templates constatou que o sistema estava sendo mal utilizado e resolveu me boicotar
Bom, nada ainda foi confirmado. A investigação ainda está sendo feita. Se tiverem alguma outra teoria entrem em contato.
quarta-feira, 16 de julho de 2003
Não sei o que aconteceu com esse blog. Eu juro que não apaguei o template. Não fiz nada, mas quando o abri, o código todo tinha sido trocado por poucas linhas sem sentido e não havia mais nada na página.
A sorte é que no dia anterior eu tinha criado outro blog com o template parecido porque estou catalogando meus arquivos e quero publicá-los. Se não fosse isso não teria jeito de recuperar o código. Teria que começar do zero...
A sorte é que no dia anterior eu tinha criado outro blog com o template parecido porque estou catalogando meus arquivos e quero publicá-los. Se não fosse isso não teria jeito de recuperar o código. Teria que começar do zero...
segunda-feira, 14 de julho de 2003
Que tipo de amiga eu sou?
Minha grande amiga foi para uma difícil viagem (pelo menos ela achava que seria), e eu nem pra telefonar pra ela. Que absurdo.
Pensei nela o dia todo. Espero que ela tenha sentido (podem não acreditar mas nossa ligação é tão forte que geralmente sentimos quando uma pensa na outra). O fato é que não liguei e não tem desculpas.
Isso sem mencionar que dois dias antes ela me levou a lugares muito legais para conhecer ótimas pessoas e passar por experiência muito boa. Ela é uma ótima amiga... E eu, uma desleixada, desatenciosa, uma besta.
Minha grande amiga foi para uma difícil viagem (pelo menos ela achava que seria), e eu nem pra telefonar pra ela. Que absurdo.
Pensei nela o dia todo. Espero que ela tenha sentido (podem não acreditar mas nossa ligação é tão forte que geralmente sentimos quando uma pensa na outra). O fato é que não liguei e não tem desculpas.
Isso sem mencionar que dois dias antes ela me levou a lugares muito legais para conhecer ótimas pessoas e passar por experiência muito boa. Ela é uma ótima amiga... E eu, uma desleixada, desatenciosa, uma besta.
domingo, 13 de julho de 2003
O trabalho é duro mas a possibilidade de entrar em contato com textos como esses e conhecer tantas pessoas maravilhosamente inteligentes faz tudo valer a pena. Mesmo que eu não consiga as tais mudanças... o aprendizado terá sido enorme.
Um professor de medicina...
Um professor distribuía entre seus alunos diferentes pacientes e casos para atendimento no ambulatório. Descrevia os aspectos que considerava fundamentais e perguntava aos diferentes grupos de alunos quem se interessava por esse ou aquele.
Disse então sobre um dos casos clínicos:
“Este paciente chora o tempo todo. Não faz o que você pede, não colabora.
É extremamente dependente: nunca vem sozinho às consultas, tem que ficar obrigatoriamente com alguém no hospital quando internado.
Não controla os esfíncteres.
Humor? Chora o tempo todo. Pensamento? Quase impossível saber o que pensa.
Não fala, não come sozinho. Anda com muita ajuda. Etc., etc., etc.”.
Reação dos alunos?
Protestos, desprezo, raiva, impaciência por ter de cuidar de alguém assim: “Deus me livre!”, “Nem pensar”, “Tô fora!”, “Pelo amor de Deus”!
Revela então, o professor, a identidade deste paciente com tantas “limitações”:
Trata-se de um... “Bebê”.
Um professor de medicina...
Um professor distribuía entre seus alunos diferentes pacientes e casos para atendimento no ambulatório. Descrevia os aspectos que considerava fundamentais e perguntava aos diferentes grupos de alunos quem se interessava por esse ou aquele.
Disse então sobre um dos casos clínicos:
“Este paciente chora o tempo todo. Não faz o que você pede, não colabora.
É extremamente dependente: nunca vem sozinho às consultas, tem que ficar obrigatoriamente com alguém no hospital quando internado.
Não controla os esfíncteres.
Humor? Chora o tempo todo. Pensamento? Quase impossível saber o que pensa.
Não fala, não come sozinho. Anda com muita ajuda. Etc., etc., etc.”.
Reação dos alunos?
Protestos, desprezo, raiva, impaciência por ter de cuidar de alguém assim: “Deus me livre!”, “Nem pensar”, “Tô fora!”, “Pelo amor de Deus”!
Revela então, o professor, a identidade deste paciente com tantas “limitações”:
Trata-se de um... “Bebê”.
Consegui alterar algumas coisinhas e acho que ficou bom.
Finalmente consegui abrir o site do contador da Julia, que sempre achei lindo. Acabei conseguindo um contador muito lindinho também (há milhares de contadores muito legais nesse sistema).
Depois de todo o trabalhão que esse blog me deu hoje, vou dormir um pouquinho. Se der, amanhã continuo arrumando.
Finalmente consegui abrir o site do contador da Julia, que sempre achei lindo. Acabei conseguindo um contador muito lindinho também (há milhares de contadores muito legais nesse sistema).
Depois de todo o trabalhão que esse blog me deu hoje, vou dormir um pouquinho. Se der, amanhã continuo arrumando.
sábado, 12 de julho de 2003
Seção Recados
A todos que lêem o blog: muito obrigada pelas visitas e desculpem pela bagunça. Vou tentando arrumar aos poucos mas acabo causando mais problemas. Então, aguardem, um dia vou fazer com que ele volte a ficar, no mínimo, apresentável.
Por acaso vocês também estão tendo problemas para abrir o blog, para visualizar os posts? Eu não sei se o problema que eu estou tendo é com meu computador (um dinossauro) ou se é com o blogger mesmo.
Milene, sobre o comentário da musiquinha, matematicamente eu concordo com seu raciocínio de "coisas diferentes e mutuamente exclusivas" não poderem ser alcançadas mesmo que as pessoas acreditem muito, mas filosoficamente, cheguei à conclusão de que isso é possível sim. Pode-se conseguir coisas diferentes e mutuamente exclusivas na prática, na vida. Eu tentei pensar num exemplo para dar mas sequer consegui pensar em desejos que poderiam ser opostos. Logo eu, que sou a contradição em pessoa... (O que dormir excessivamente depois de 2 semanas de puro estresse não faz com o cérebro deficiente de uma pessoinha?!) Enfim, assim que pensar em alguma coisa, eu escrevo.
Ah, o pessoal do CAOC realmente estava muito estressado mesmo. Eram gritos em forma de flecha voando para todos os lados. Mas avisei antes que eu iria e consegui um ser um pouco mais controlado para me ajudar.
Efemero (sempre fico em dúvida se é melhor escrever assim ou o seu nome), valeu pelo puxão de orelha, eu realmente estava precisando e pode dar outros sempre que achar necessário. Prometo que no próximo vou seguir seu conselho... É, acabei indo na Facul e arrumando coisas demais para fazer. Me arrependi um pouco.
Estou esperando pelo show, viu?
E... eu realmente gostaria de ter um vizinho com quem pudesse namorar. Ainda não tenho vontade de visitar (ou residir em) um presídio, para namorar meu vizinho atual. (Ele tem envolvimento com drogas e algumas outras atividades não muito lícitas). Mas valeu a dica, mesmo assim.
Mariana, valeu pela força. Ultimamente, as pessoas só tem me desencorajado a esquecer as tais mudanças. É bom ouvir (ou ler) de vez em quando um "Espero que você consiga. Não custa tentar".
Fernanda, obrigada pelos elogios. Adoraria que você sempre passasse por aqui. Aliás, visitei o blog cujo endereço você deixou aqui e fiquei em dúvida, ele é seu? Quem é você?
Felicia, ainda estou esperando que você dê um alô no meu blog, escreva um comentário ou algum recadinho... até no blog da Mi você já deixou, e no meu, nada. Estou com saudades.
A todos que lêem o blog: muito obrigada pelas visitas e desculpem pela bagunça. Vou tentando arrumar aos poucos mas acabo causando mais problemas. Então, aguardem, um dia vou fazer com que ele volte a ficar, no mínimo, apresentável.
Por acaso vocês também estão tendo problemas para abrir o blog, para visualizar os posts? Eu não sei se o problema que eu estou tendo é com meu computador (um dinossauro) ou se é com o blogger mesmo.
Milene, sobre o comentário da musiquinha, matematicamente eu concordo com seu raciocínio de "coisas diferentes e mutuamente exclusivas" não poderem ser alcançadas mesmo que as pessoas acreditem muito, mas filosoficamente, cheguei à conclusão de que isso é possível sim. Pode-se conseguir coisas diferentes e mutuamente exclusivas na prática, na vida. Eu tentei pensar num exemplo para dar mas sequer consegui pensar em desejos que poderiam ser opostos. Logo eu, que sou a contradição em pessoa... (O que dormir excessivamente depois de 2 semanas de puro estresse não faz com o cérebro deficiente de uma pessoinha?!) Enfim, assim que pensar em alguma coisa, eu escrevo.
Ah, o pessoal do CAOC realmente estava muito estressado mesmo. Eram gritos em forma de flecha voando para todos os lados. Mas avisei antes que eu iria e consegui um ser um pouco mais controlado para me ajudar.
Efemero (sempre fico em dúvida se é melhor escrever assim ou o seu nome), valeu pelo puxão de orelha, eu realmente estava precisando e pode dar outros sempre que achar necessário. Prometo que no próximo vou seguir seu conselho... É, acabei indo na Facul e arrumando coisas demais para fazer. Me arrependi um pouco.
Estou esperando pelo show, viu?
E... eu realmente gostaria de ter um vizinho com quem pudesse namorar. Ainda não tenho vontade de visitar (ou residir em) um presídio, para namorar meu vizinho atual. (Ele tem envolvimento com drogas e algumas outras atividades não muito lícitas). Mas valeu a dica, mesmo assim.
Mariana, valeu pela força. Ultimamente, as pessoas só tem me desencorajado a esquecer as tais mudanças. É bom ouvir (ou ler) de vez em quando um "Espero que você consiga. Não custa tentar".
Fernanda, obrigada pelos elogios. Adoraria que você sempre passasse por aqui. Aliás, visitei o blog cujo endereço você deixou aqui e fiquei em dúvida, ele é seu? Quem é você?
Felicia, ainda estou esperando que você dê um alô no meu blog, escreva um comentário ou algum recadinho... até no blog da Mi você já deixou, e no meu, nada. Estou com saudades.
Negligência.
Percebi que estou sendo negligente com a saúde da minha mãe e da minha irmã.
Que horror. Coisas que eu achava um absurdo, que eu sempre critiquei, me peguei fazendo.
O bom é que percebi a tempo de concertar.
"É fácil falar, criticar, mas quando é com você, vê o quanto é difícil fazer o certo."
Percebi que estou sendo negligente com a saúde da minha mãe e da minha irmã.
Que horror. Coisas que eu achava um absurdo, que eu sempre critiquei, me peguei fazendo.
O bom é que percebi a tempo de concertar.
"É fácil falar, criticar, mas quando é com você, vê o quanto é difícil fazer o certo."
quarta-feira, 9 de julho de 2003
Encontrei um site lindo, lindo lindo. E fica melhor ainda por ser simples.
Na verdade, não é o site que é lindo, é seu conteúdo. Lá tem milhares de poesias de centenas de poetas consagrados. Deve ter dado um trabalhão pra por tudo aquilo e tem me dado um trabalhão porque fiquei mais de duas hora lá e não fiz quase nada do que deveria. Mas valeu a pena.
Pra quem gostar de poesias, o site é: Recanto das Poesias
Só pra começar:
Ter ou não ter namorado
(Carlos Drummond de Andrade)
Quem não tem namorado é alguém que tirou férias remuneradas de si mesmo. Namorado é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namorado de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia. Paquera, gabira, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão é fácil. Mas namorado mesmo é muito difícil. Namorado não precisa ser o mais bonito, mas ser aquele a quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio, e quase desmaia pedindo proteção. A proteção dele não precisa ser parruda ou bandoleira: basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição.
Quem não tem namorado não é quem não tem amor: é quem não sabe o gosto de namorar. Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um envolvimento, dois amantes e um esposo; mesmo assim pode não ter nenhum namorado. Não tem namorado quem não sabe o gosto da chuva, cinema, sessão das duas, medo do pai, sanduíche da padaria ou drible no trabalho.
Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar lagartixa e quem ama sem alegria.
Não tem namorado quem faz pactos de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a felicidade, ainda que rápida, escondida, fugidia ou impossível de curar.
Não tem namorado quem não sabe dar o valor de mãos dadas, de carinho escondido na hora que passa o filme, da flor catada no muro e entregue de repente, de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico Buarque, lida bem devagar, de gargalhada quando fala junto ou descobre a meia rasgada, de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia, ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo, tapete mágico ou foguete interplanetário.
Não tem namorado quem não gosta de dormir, fazer sesta abraçado, fazer compra junto. Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele; abobalhados de alegria pela lucidez do amor.
Não tem namorado quem não redescobre a criança e a do amado e vai com ela a parques, fliperamas, beira d’água, show do Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musical da Metro.
Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos, quem não se chateia com o fato de seu bem ser paquerado. Não tem namorado quem ama sem gostar; quem gosta sem curtir; quem curte sem aprofundar. Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada ou meio-dia do dia de sol em plena praia cheia de rivais.
Não tem namorado quem ama sem se dedicar, quem namora sem brincar, quem vive cheio de obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele. Não tem namorado que confunde solidão com ficar sozinho e em paz. Não tem namorado quem não fala sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo.
Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando 200Kg de grilos e de medos. Ponha a saia mais leve, aquela de chita, e passeie de mãos dadas com o ar. Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesma e descubra o próprio jardim. Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela. Ponha intenção de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteio.
Se você não tem namorado é porque não enlouqueceu aquele pouquinho necessário para fazer a vida parar e, de repente, parecer que faz sentido.
Na verdade, não é o site que é lindo, é seu conteúdo. Lá tem milhares de poesias de centenas de poetas consagrados. Deve ter dado um trabalhão pra por tudo aquilo e tem me dado um trabalhão porque fiquei mais de duas hora lá e não fiz quase nada do que deveria. Mas valeu a pena.
Pra quem gostar de poesias, o site é: Recanto das Poesias
Só pra começar:
Ter ou não ter namorado
(Carlos Drummond de Andrade)
Quem não tem namorado é alguém que tirou férias remuneradas de si mesmo. Namorado é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namorado de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia. Paquera, gabira, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão é fácil. Mas namorado mesmo é muito difícil. Namorado não precisa ser o mais bonito, mas ser aquele a quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio, e quase desmaia pedindo proteção. A proteção dele não precisa ser parruda ou bandoleira: basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição.
Quem não tem namorado não é quem não tem amor: é quem não sabe o gosto de namorar. Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um envolvimento, dois amantes e um esposo; mesmo assim pode não ter nenhum namorado. Não tem namorado quem não sabe o gosto da chuva, cinema, sessão das duas, medo do pai, sanduíche da padaria ou drible no trabalho.
Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar lagartixa e quem ama sem alegria.
Não tem namorado quem faz pactos de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a felicidade, ainda que rápida, escondida, fugidia ou impossível de curar.
Não tem namorado quem não sabe dar o valor de mãos dadas, de carinho escondido na hora que passa o filme, da flor catada no muro e entregue de repente, de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico Buarque, lida bem devagar, de gargalhada quando fala junto ou descobre a meia rasgada, de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia, ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo, tapete mágico ou foguete interplanetário.
Não tem namorado quem não gosta de dormir, fazer sesta abraçado, fazer compra junto. Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele; abobalhados de alegria pela lucidez do amor.
Não tem namorado quem não redescobre a criança e a do amado e vai com ela a parques, fliperamas, beira d’água, show do Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musical da Metro.
Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos, quem não se chateia com o fato de seu bem ser paquerado. Não tem namorado quem ama sem gostar; quem gosta sem curtir; quem curte sem aprofundar. Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada ou meio-dia do dia de sol em plena praia cheia de rivais.
Não tem namorado quem ama sem se dedicar, quem namora sem brincar, quem vive cheio de obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele. Não tem namorado que confunde solidão com ficar sozinho e em paz. Não tem namorado quem não fala sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo.
Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando 200Kg de grilos e de medos. Ponha a saia mais leve, aquela de chita, e passeie de mãos dadas com o ar. Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesma e descubra o próprio jardim. Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela. Ponha intenção de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteio.
Se você não tem namorado é porque não enlouqueceu aquele pouquinho necessário para fazer a vida parar e, de repente, parecer que faz sentido.
Eu queria muito devolver o tesouro...
Há algum tempo, alguém muito especial me deu um tesouro muitíssimo especial e, apesar de não concordar muito com aquilo, guardei-o comigo.
Mas nunca deixei de pensar que aquilo não era justo. É uma parte da vida dela que está comigo, um pedacinho do seu coração.
Já embrulhei tudo de novo e guardei numa caixa pra devolver assim que puder. Só não sei se ela vai querer...
Acho que sim. Acho que ela deve ter se arrependido e por isso também quero devolver. A situação era outra, o que imaginamos que aconteceria não aconteceu, ou melhor, aconteceu ao contrário. O siginificado que aquilo tem pra mim, apesar de grande, com certeza é muito menos do que o significado que tem pra ela.
Será que alguém tem guardado algum tesouro meu e eu não me lembro?? Às vezes sinto falta de alguma coisa muito importante mas nunca sei exatamente do que é...
Há algum tempo, alguém muito especial me deu um tesouro muitíssimo especial e, apesar de não concordar muito com aquilo, guardei-o comigo.
Mas nunca deixei de pensar que aquilo não era justo. É uma parte da vida dela que está comigo, um pedacinho do seu coração.
Já embrulhei tudo de novo e guardei numa caixa pra devolver assim que puder. Só não sei se ela vai querer...
Acho que sim. Acho que ela deve ter se arrependido e por isso também quero devolver. A situação era outra, o que imaginamos que aconteceria não aconteceu, ou melhor, aconteceu ao contrário. O siginificado que aquilo tem pra mim, apesar de grande, com certeza é muito menos do que o significado que tem pra ela.
Será que alguém tem guardado algum tesouro meu e eu não me lembro?? Às vezes sinto falta de alguma coisa muito importante mas nunca sei exatamente do que é...
Marcando minha volta às novelas, à loucura da minha irmã pelo Renato Russo, às minhas "super" filosofias reafirmadas por lindas músicas...
Mais uma Vez
Mas é claro que o sol
Vai voltar amanhã
Mais uma vez, eu sei
Escuridão já vi pior
Doidecer gente sã
Espera que o sol já vem
Tem gente que está do mesmo lado que você
Mas deveria estar do lado de lá
Tem gente que machuca os outros
Tem gente que não sabe amar
Tem gente enganando a gente
Veja nossa vida como está
Mas eu sei que um dia a gente aprende
Se você quiser alguém em quem confiar
Confie em si mesmo
Quem acredita sempre alcança
Mas é claro que o sol vai voltar amanhã
Mais uma vez eu sei
Escuridão já vi pior
Doidecer gente sã
Espera que o sol já vem
Nunca deixe que lhe digam
Que não vale a pena
Acreditar no sonho que se tem
Ou que seus planos nunca vão dar certo
Ou que você nunca vai ser alguém
Tem gente que machuca os outros
Tem gente que não sabe amar
Mas eu sei que um dia a gente aprende
Se você quiser alguém em quem confiar
Confie em si mesmo
Quem acredita sempre alcança
(Renato Russo/Fávio Venturin)
Mais uma Vez
Mas é claro que o sol
Vai voltar amanhã
Mais uma vez, eu sei
Escuridão já vi pior
Doidecer gente sã
Espera que o sol já vem
Tem gente que está do mesmo lado que você
Mas deveria estar do lado de lá
Tem gente que machuca os outros
Tem gente que não sabe amar
Tem gente enganando a gente
Veja nossa vida como está
Mas eu sei que um dia a gente aprende
Se você quiser alguém em quem confiar
Confie em si mesmo
Quem acredita sempre alcança
Mas é claro que o sol vai voltar amanhã
Mais uma vez eu sei
Escuridão já vi pior
Doidecer gente sã
Espera que o sol já vem
Nunca deixe que lhe digam
Que não vale a pena
Acreditar no sonho que se tem
Ou que seus planos nunca vão dar certo
Ou que você nunca vai ser alguém
Tem gente que machuca os outros
Tem gente que não sabe amar
Mas eu sei que um dia a gente aprende
Se você quiser alguém em quem confiar
Confie em si mesmo
Quem acredita sempre alcança
(Renato Russo/Fávio Venturin)
Eu sei que fiquei pedindo por férias. Eu precisava descansar, dormir um pouco mais, queria me livrar das provas...
Mas não agüento mais. Quero voltar à faculdade, quero me mexer, fazer alguma coisa de útil. Eu queria ir para Minas mas não vou poder por causa da minha mãe. Aliás, nem pude ir à festa de 15 anos da minha priminha mineira - deve ter sido linda...
Vocês tem idéia do que é acordar às 11:30h, tomar café da manhã, conversar um pouco com sua mãe no sol e às 13:00h, enquanto todos da casa estão indo almoçar, você voltar para cama e só acordar às 17:00h? Isso não é vida...
Eu sei que parece loucura mas já estou me programando para ir à faculdade essa semana para arrumar o que fazer. Sei que tem um pessoal trabalhando no Centro Acadêmico e vou lá ver se consigo alguém disposto a lutar comigo na Graduação pelas mudanças com as quais tanto sonho. Sei que é quase impossível eu conseguir alguma coisa, mas se ninguém tentar nada mudará mesmo e como não tenho coisa melhor para fazer, vou me queimando com os professore e com a direção. Se eu conseguir uma mudancinha já vai ser uma grande conquista e o rótulo de "a chata da 91" vai ter valido a pena.
Mas não agüento mais. Quero voltar à faculdade, quero me mexer, fazer alguma coisa de útil. Eu queria ir para Minas mas não vou poder por causa da minha mãe. Aliás, nem pude ir à festa de 15 anos da minha priminha mineira - deve ter sido linda...
Vocês tem idéia do que é acordar às 11:30h, tomar café da manhã, conversar um pouco com sua mãe no sol e às 13:00h, enquanto todos da casa estão indo almoçar, você voltar para cama e só acordar às 17:00h? Isso não é vida...
Eu sei que parece loucura mas já estou me programando para ir à faculdade essa semana para arrumar o que fazer. Sei que tem um pessoal trabalhando no Centro Acadêmico e vou lá ver se consigo alguém disposto a lutar comigo na Graduação pelas mudanças com as quais tanto sonho. Sei que é quase impossível eu conseguir alguma coisa, mas se ninguém tentar nada mudará mesmo e como não tenho coisa melhor para fazer, vou me queimando com os professore e com a direção. Se eu conseguir uma mudancinha já vai ser uma grande conquista e o rótulo de "a chata da 91" vai ter valido a pena.
domingo, 6 de julho de 2003
Desculpem o trantorno.
Estou tentando colocar em prática minhas novas idéias para o blog, só que está dando muito trabalho e eu não vou poder fazer tudo de uma vez. Então, se virem algumas linhas sem sentido, pedaços cortados, figuras invertidas etc., não se preocupem. Tudo será concertado... eu espero.
Como é bom poder dormir e acordar a hora que se quer, ficar de pijama até tarde, comer comidinha caseira, arroz da mamãe, ouvir as brigas da família e ficar feliz por estar de volta, escrever no blog, ler muitos blogs...
Agora, há mais uma coisa boa: como é bom ouvir sua irmã dizendo "olha como está meu pé... está assim há alguns dias e não sei o que fazer, o que você acha que eu devo fazer, o que posso passar?" e eu, com toda pose de "a médica da família", depois de fazer as perguntas básicas (doí?, coça?, como começou?, o que mais está sentindo?...), dizendo, "Não passa nada. Lava bem e amanhã vai ao PS para médica examinar". O melhor é a carinha dela de "uau... ela já entende de alguma coisa" e o orgulho de ter uma irmã estudante de Medicina... mesmo eu não entendendo de nada e não tendo a mínima noção do que pode ser a tal ferida.
Agora, há mais uma coisa boa: como é bom ouvir sua irmã dizendo "olha como está meu pé... está assim há alguns dias e não sei o que fazer, o que você acha que eu devo fazer, o que posso passar?" e eu, com toda pose de "a médica da família", depois de fazer as perguntas básicas (doí?, coça?, como começou?, o que mais está sentindo?...), dizendo, "Não passa nada. Lava bem e amanhã vai ao PS para médica examinar". O melhor é a carinha dela de "uau... ela já entende de alguma coisa" e o orgulho de ter uma irmã estudante de Medicina... mesmo eu não entendendo de nada e não tendo a mínima noção do que pode ser a tal ferida.
quinta-feira, 3 de julho de 2003
Acabo de terminar meu relatório de Bio Mol. Ele ficou muito lindinho (pelo menos a parte que eu fiz). É uma pena que meu grupo não goste de se reunir. Nossos “trabalhos em grupo” são feitos individualmente. Depois, alguém se encarrega de juntar as partes e imprimir. Eu não concordo com esse método, acho que perdemos muito fazendo assim e acho que o trabalho não fica tão bom. Mas... fazer o que, né?
Aliás, ontem eu estava filosofando com uma das meninas do meu grupo (finalmente encontrei alguém que gosta de “viajar” como eu e que atura minhas observações estúpidas) e ela me disse que não gosta dessas reuniões para fazer trabalho porque ela acha que grupo é algo utópico, que não é possível 4 ou 5 pessoas se sentarem em volta de uma mesa, discutirem idéias, dividir tarefas, ajudar uns aos outros, chegar a um acordo e produzir alguma coisa. Tudo bem que é difícil mesmo fazer isso e o tempo que gastamos é imenso mas é muito legal e pode acabar saindo bons produtos.
Ela falou que nunca conseguiu fazer nada assim, que em toda vida dela ela ou se omitia e deixava as pessoas decidirem como o trabalho ia ser feito (cada um com sua parte) ou acabava fazendo tudo sozinha.
Eu contei a ela algumas das maravilhosas experiências que tive de trabalhos em grupo, principalmente no (antigo) ginásio quando íamos para casa da Vivi, passávamos a tarde toda entre trabalho, fofocas e guloseimas, e apresentávamos os melhores da sala. No começo, ela não acreditou muito em mim, depois ela ficou chateada por nunca ter feito algo assim e recomeçamos a filosofar sobre qual seria o problema – se o problema estava nas atitudes dela ou se estava nos grupos que ela escolhia.
Eu disse a ela que no próximo semestre escolheríamos um grupo bem legal e faríamos um verdadeiro trabalho em grupo mas ela falou que isso talvez não seria bom porque escolher um grupo onde as pessoas são flexíveis e não tem tanta dificuldade de trocar idéias seria esconder o problema. Na opinião dela, o mais certo seria tentar convencer o nosso grupo já existente a trabalhar de forma mais integrada da próxima vez.
Acho que o ideal seria esse mesmo mas utopia é acreditar que você pode mudar a cabeça de uma pessoa. As pessoas mudam – disso eu tenho certeza – mas só quando a vontade parte delas mesmas não de alguém de fora.
Enfim, eu não pretendo ficar nos mesmos grupos semestre que vem. Tenho ainda muitas experiências pra viver e muitas idéias para trocar e não quero ficar presa a uma panelinha. Mas ela não parece muito afim de conhecer melhor outras pessoas...
Nossa... olha a hora! Tenho que estudar para prova de amanhã. Queria escrever mais mas preciso ir – aguardando ansiosamente a chegada de sexta-feira quando se inicia meu “feriado prolongado”.
Aliás, ontem eu estava filosofando com uma das meninas do meu grupo (finalmente encontrei alguém que gosta de “viajar” como eu e que atura minhas observações estúpidas) e ela me disse que não gosta dessas reuniões para fazer trabalho porque ela acha que grupo é algo utópico, que não é possível 4 ou 5 pessoas se sentarem em volta de uma mesa, discutirem idéias, dividir tarefas, ajudar uns aos outros, chegar a um acordo e produzir alguma coisa. Tudo bem que é difícil mesmo fazer isso e o tempo que gastamos é imenso mas é muito legal e pode acabar saindo bons produtos.
Ela falou que nunca conseguiu fazer nada assim, que em toda vida dela ela ou se omitia e deixava as pessoas decidirem como o trabalho ia ser feito (cada um com sua parte) ou acabava fazendo tudo sozinha.
Eu contei a ela algumas das maravilhosas experiências que tive de trabalhos em grupo, principalmente no (antigo) ginásio quando íamos para casa da Vivi, passávamos a tarde toda entre trabalho, fofocas e guloseimas, e apresentávamos os melhores da sala. No começo, ela não acreditou muito em mim, depois ela ficou chateada por nunca ter feito algo assim e recomeçamos a filosofar sobre qual seria o problema – se o problema estava nas atitudes dela ou se estava nos grupos que ela escolhia.
Eu disse a ela que no próximo semestre escolheríamos um grupo bem legal e faríamos um verdadeiro trabalho em grupo mas ela falou que isso talvez não seria bom porque escolher um grupo onde as pessoas são flexíveis e não tem tanta dificuldade de trocar idéias seria esconder o problema. Na opinião dela, o mais certo seria tentar convencer o nosso grupo já existente a trabalhar de forma mais integrada da próxima vez.
Acho que o ideal seria esse mesmo mas utopia é acreditar que você pode mudar a cabeça de uma pessoa. As pessoas mudam – disso eu tenho certeza – mas só quando a vontade parte delas mesmas não de alguém de fora.
Enfim, eu não pretendo ficar nos mesmos grupos semestre que vem. Tenho ainda muitas experiências pra viver e muitas idéias para trocar e não quero ficar presa a uma panelinha. Mas ela não parece muito afim de conhecer melhor outras pessoas...
Nossa... olha a hora! Tenho que estudar para prova de amanhã. Queria escrever mais mas preciso ir – aguardando ansiosamente a chegada de sexta-feira quando se inicia meu “feriado prolongado”.
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