quarta-feira, 22 de abril de 2009

Que raiva!!!

Cheguei no hospital superanimada hoje. Até me ofereci pra pegar mais casos. Discuti um caso com o preceptor, tirei minhas dúvidas... foi bom.
Logo, fui avisada que teria visita à tarde. O preceptor passou quais seriam os leitos e os internos que deveriam apresentar os casos.
Eu não estava escalada, então, assim que acabei minhas obrigações, fui para casa almoçar (meus colegas que apresentariam os casos ficaram para preparar os detalhes de seus casos).

Quando voltei, às 14h, pronta pra visita, aparece o preceptor dizendo que ele tinha mudado de idéia, que ele não queria mais a paciente X. Agora, ele queria que apresentassem a paciente Y.
Como a lei de Murphy nunca me perdoa, a paciente Y era minha. Óbvio!
Fiquei desesperada. De manhã teve muita coisa pra fazer, não tinha tido tempo pra tirar uma história mais detalhada dessa paciente. Se ele tivesse me avisado antes, eu teria preparado o caso pra visita ao invés de ter ido almoçar, mas não.

Fui, cega, com a cara e a coragem (e a tremedeira, e a gagueira) e apresentei o caso mal e porcamente. Ok. Até aí o mico tinha sido médio.
De repente, me vira a residente, minha residente, aquela que deveria me ajudar, me apoiar, cobrir minhas costas quando eu estiver em apuros, e pergunta:
- Mas a paciente teve parto prematuro prévio?
Respondi:
- Teve, o primeiro parto dela foi prematuro. (Ela tinha me contado que foi, estava escrito no prontuário que foi, não tive tempo de tirar a história em detalhes para saber se foi mesmo, mas até aí eu não tinha a menor dúvida de que tinha sido)
E ela respondeu pomposa:
- Não, não foi. O primeiro parto dela foi cesárea por restrição de crescimento e DHEG. Ela não chegou a entrar em trabalho de parto.

Lindo! Se já não bastasse meu desespero e nervosismo, a FDP ainda me destruiu na frente do preceptor, das outras residentes e de todos os meus colegas.
Que raiva!
Por isso que não gostamos dos residentes de fora. Essas pessoas vêm de outras faculdades, ocupam nosso espaço e não perdem uma oportunidade para detonar a gente.

Eu juro que não tinha preconceito com pessoas de fora. Eu até achava que eles poderiam adicionar conhecimento, trazer outras experiências. Achei que poderia ser produtivo.
Mas agora, depois de ter conhecido vários, posso dizer que a maioria deles é ruim, eles se acham muito, vivem roubando nossos procedimentos e não perdem uma oportunidade de dar rasteiras na gente. (Claro que há exceções, mas são raras)

Que raiva!!!
O pior é saber que vou ter que conviver e depender dessa menina pelas próximas 2 semanas...

Tá vendo? Eu tento ficar numa boa, fazer as coisas de forma feliz e animada... mas minha positividade atrai situações negativas... Que fazer?

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