Definitivamente desisti de ler "Comer, Rezar, Amar". Estava se tornando uma tortura para mim acompanhar essa jornada.
Não acho o livro ruim. Não mesmo. A autora escreve muito bem. Mas simplesmente não é o momento da minha vida para ficar lendo esse "blog". Sim, porque para mim esse livro parece mais um blog, um diário, do que propriamente um livro.
Ela conta sobre sua viagem à Itália, depois à Índia, com detalhes sobre sua vida amorosa, suas dificuldades, sua depressão, seus amigos. E parece tudo "all that again", sem muita novidade, sem nada que impressione.
Em "substituição" comecei a ler "A Sombra do Vento" de Carlos Ruiz Zafón. Estou simplesmente encantada com a escrita dele. Ele brinca com as palavras criando imagens e metáforas inesperadas, lindas.
Sem falar que a história se passa na minha amada Barcelona. Cada descrição de cada parque, rua, casa... ah, queria tanto estar lá!
Ah, inclui um link aí do lado para o blog "Vendo e Ouvindo". Acompanho esse blog já faz um tempo e ele me ajuda a alimentar meu prazer pela leitura e minha curiosidade. O blogueiro disponibiliza livros atuais digitalizados, principalmente os que estão na lista dos mais vendidos da semana, de graça.
Muitas pessoas vão dizer: "isso é pirataria, é um absurdo. O autor do livro deixa de receber enquanto você leva vantagem sobre ele". Tenho dois pontos a comentar sobre isso:
1) Quem leva vantagem sobre o autor são as editoras que repassam uma porcentagem pequena de seus lucros para os verdadeiros merecedores, para aqueles que passaram meses, anos de suas vidas, produzindo o conteúdo dos livros
2) Acho que sites como esse ajudam na divulgação e na venda de livros, não a diminui como muitos acham, além de difundir a cultura e o hábito saudável de ler. Eu, por exemplo, não teria lido nem metade dos livros que li se não fosse a internet. E muitos dos livros que li, divulguei para amigos, que acabaram por comprá-los (porque preferem o papel e têm dinheiro para escolher). Alguns dos livros que li comprei para dar de presente e outros (poucos) comprei para ter em casa porque amei. Se não tivesse lido, usufruindo da chamada "pirataria", provavelmente alguns dos meus amigos, não teriam comprado, eu não teria dado nenhum de presente e talvez teria comprado um ou outro para mim, por curiosidade.
Um outro ponto a se considerar: se essa "pirataria" da internet é considerada prejudicial para os autores e editoras, também deveriam sê-lo as bibliotecas públicas, que emprestam livros gratuitamente para quem quiser, sem reembolsar ninguém.
Considerar difusão de cultura um crime, é retroceder aos tempos Medievais, quando livros eram queimados em praça pública e as pessoas que os liam também.
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