Cenas Inéditas:
Cena 1
Eu: -Pai, você vai sair?
- Vou.
Óbvio que ia. Ele estava se arrumando. Minha idéia era perguntar para onde, a que horas e quando ia voltar... igualzinho como eu fazia com minha mãe. Mas na hora me toquei do absurdo e não continuei.
Em vinte e um anos de convivência, eu nunca tive interesse em saber se meu pai ia sair, para onde, nem nada do tipo. Por que agora teria?
Cena 2
Meu pai andando de um lado para outro da casa:
- Onde estão meus óculos???
- Sei lá, pai. Nem vi.
- Que droga. Não sei onde deixei meus óculos.
- Xiiiii. Tá igualzinho a mamãe, perdendo os óculos pela casa...
- É mas eu só tenho um e sua mãe tinha um monte.
Pior ainda, né? Perdeu o único que tinha, ficou sem nenhum. Depois ele acabou achando não sei onde. Mas foi engraçado. A vida toda ele ficava zuando minha mãe porque dizia que não entendia como uma pessoa podia perder os óculos dentro de casa...
Cena 3
Eu arrumando o armário que era da minha mãe e ficou para mim e para minha irmã. Meu pai passou perto:
- Ah, arrumando, é?
- Finalmente, pode dizer.
- Finalmente...
Ele havia ficado indignado porque eu fico dormindo até uma 11h, não ajudo em nada na casa, não o ajudei com as coisas da mamãe, meu quarto está uma zona desde que cheguei há uma semana e não arrumei nada do que precisava, apesar de seus pedidos.
Engraçado é que sempre fui preguiçosa assim e ele nunca havia notado. Lógico, antes era minha mãe que ficava responsável por me cobrar as coisas ou por me pedir ajuda e ele achava que quando eu não fazia era porque ela não cobrava o suficiente, porque não tinha pulso firme... agora ele tá vendo.
Cena 4
Eu escrevendo no meu blog para falar do meu pai.
(haha Essa é a melhor!)
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