domingo, 9 de novembro de 2003

(Post escrito na madrugada de terça para quarta – não publicado porque o disquete ficou esquecido nas profundezas do armário revirado)
1:00 da madrugada.
O que a Paloma está fazendo há essa hora acordada??? Depois de um dia cansativo como esse, às vésperas de um dia cheio e dois dias antes da prova de Anato Circulatório, ela consegue ficar assim parada na frente do computador? Como??? (Atente para o fato que ela não assistiu NENHUMA aula de Anato Circulatório, ainda não tocou no livro e só pegou num coração uma vez por poucos segundos)
Ela está cansada sim. Mas está mais cansada da situação do que fisicamente.
Por que ela não vai dormir?
- porque ela sabe que no dia seguinte terá que acordar, levantar da cama e...
- porque ela não consegue, com todas essas coisas na cabeça, com aquela imagem ruim e todos os seus pensamentos pessimistas
- porque ela está com cabelo molhado e sua mãe sempre disse para não dormir com o cabelo molhado.
Por que não tomou banho antes?
- porque ela chegou tarde, ficou no telefone tentando pedir ajuda (oh, Deus, um milagre aconteceu... ou será que é sinal de um estado de desespero nunca visto antes?), depois ficou olhando para o teto, confusa, tentando “sentir” mais e não pensar tanto...
Tá. Mas será que ela nunca ouviu falar de secador de cabelo?
- ela não consegue segurar o secador de cabelo, na altura de sua cabeça, pelo tempo mínimo necessário. (Está sem comer desde às 13h)
O que está havendo dessa vez??
- dessa vez? Parece que não é “dessa vez” mas sim “ainda daquela vez”, que se arrasta, aparentemente pela eternidade.
Fingir que se está bem, esconder e não pedir ajuda acaba resultando na famosa bola de neve, que, já grande, despenca da montanha por ação de um simples pena de urubu.
O que fazer?
Fazer o que se sabe certo mas que se tem medo. “É preciso muita coragem para passar por uma situação dessas, para se admitir fraco, para pedir auxilio nas atividades... É preciso muita coragem nesse momento.”

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