terça-feira, 16 de setembro de 2003

Mais uma batalha perdida nessa luta tão difícil. Parece que a guerra está chegando ao fim e nós iremos perdê-la, inevitavelmente.
"O que é que a gente pode fazer, doutor?
- Nada, infelizmente."
Isso é o mais duro - assistir a tudo sem poder fazer absolutamente nada, a não ser esperar... e sofrer.

Foi a madrugada mais difícil da minha vida, a mais sofrida, a mais desesperadora.
Os dias passam, as coisas passam e voltam, passam e voltam, passam e voltam...
Quando vai acabar esse tão terrível pesadelo?

Alguéns me perguntam:
- Paloma, você está precisando de ajuda? Está precisando de alguma coisa? Quer conversar? - pessoalmente, pelo telefone ou com um e-mail lindo e inesperado.
E eu respondo:
- Não, não, obrigada. Estou bem. - querendo dizer: preciso sim e preciso muito, preciso de alguém que me abrace, que me ouça, que me entenda, que me ajude a ultrapassar essa barra... preciso de um colo, preciso de um conselho, preciso de um médico... - nenhuma palavra parecida sai da minha boca porque eu simplesmente não consigo falar nesse assunto sem derramar um mar de lágrimas, porque eu não consigo pedir ou aceitar ajuda, porque eu tenho algum problema mental que me faz dizer o contrário.
Alguéns respondem:
- Se precisar, é só ligar ou me procurar, tá? Pra qualquer coisa mesmo, nem que seja pra conversar. Vai dar tudo certo.

Certo? O que é o certo???

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