Estou transbordando de novas ideias e preciso dar vazão a elas, então vamos lá.
Mais uma vez, comecei a fazer terapia. Dessa vez com um homem (inédito).
E não é que o cara tá me impressionando!!!
Achei alguém que pensa mais fora da caixinha que eu. Ele é um gênio! Estou amando!!!
Algumas de suas ideias que tem me martelado a cabeça:
1) Ninguém precisa ser o melhor, viver acima da média. Você pode viver na média ou até abaixo dela e ser até mais feliz.
De fato, a gente passa boa parte da vida tentando ser melhor em algo, tentando provar nosso valor. Mas pra quê? Pra quem?
Se você é o melhor em algo, sorte sua! Seja feliz!
Mas se você não é tão bom e fica se esforçando pra ser melhor que os outros pela simples vaidade de ser, você provavelmente está perdendo seu tempo.
Eu nunca gostei de chamar muito a atenção. Por isso provavelmente nunca quis ser a melhor em muitas coisas.
Mas sempre me senti mal quando tirava uma nota média na prova ou quando não era a escolhida para um trabalho ou algo assim.
Estou começando a entender que isso não faz o menor sentido. Posso ser feliz fazendo as coisas do jeito que eu acho correta, tentando melhorar minha capacidade e não tentando melhorar em comparação aos outros.
Não preciso ser melhor do que os outros em nada, nem sequer acima da média.
Só preciso tentar ser cada dia melhor. Eu em comparação comigo mesma, nas coisas que me fazem bem.
Simples assim.
2) Pessoas deprimidas são, na verdade, mimadas.
Da primeira vez que ele me falou isso, achei um absurdo! Depressão é uma doença. Não dá pra reduzir tamanho sofrimento numa ideia simplista assim.
Mas, quer saber? Ele tem razão!
Tirando a parte dos desequilíbrios dos neurotransmissores, nós, pessoas deprimidas, somos na verdade bastante mimados. A gente queria que o mundo fosse como a gente sonhava, que as pessoas agissem de acordo com nossas expectativas, que nossos problemas se resolvessem sem tantas enrolações e dores.
Atualmente estou tratada (e bem tratada!), tomando medicação direitinho e bem compensada (pela primeira vez na vida!). Mas mesmo assim, às vezes me pego com "tristeza do mundo" pelas coisas não serem como eu gostaria. Puro mimo!!
3) A gente sempre sabe. Sabe mas faz errado porque temos mania de "seguir nosso coração".
Você não precisa dar vazão a todas as suas vontades. Às vezes usar um pouco a cabeça faz bem.
Sabe quando você, por exemplo, entra num relacionamento e começa a fazer um monte de besteiras com a justificativa de que está apaixonado e por isso ficou bobo?
Pois é... se você é um adulto, isso é ridículo!!
Por exemplo, eu estava há 7 meses num relacionamento com um cara que não queria assumir compromisso.
Além de eu saber que essa frase significa "não gosto de você tanto assim", nessa convivência de meses deu pra eu perceber que ele seria um péssimo companheiro, um pai ausente, um marido pouco carinhoso. Ele é egocêntrico. Ele se coloca em primeiro lugar sempre e faz tudo do jeito dele sempre.
Não adianta. Eu sabia desde o segundo mês que essa relação não teria futuro. Eu sabia! Simplesmente sabia.
Mas continuei insistindo porque estava apaixonada e achava que não deveria desperdiçar esse sentimento tão lindo e puro.
Ridículo!!!
Terminei com ele há um mês e estou muito bem, obrigada!
Claro que sinto falta, claro que já quase tive recaídas, claro que a solidão também não é legal.
Mas só o fato de eu ter me aberto a outras possibilidades, voltado a conhecer outras pessoas (aliás, tinder é demais!!! rsrsrs) e me libertado daquela prisão em forma de paixonite, já fez valer a pena!!!
4) Vulnerabilidade é bom. É estando no ápice da vulnerabilidade que floresce a criatividade, o amor, você mesmo.
Bom, essa é a maior doideira e a coisa mais genial que já ouvi!
Passei a minha vida inteira tentar mascarar minha vulnerabilidade, construir muros, me defender, me esconder...
E a pergunta essencial aqui é "pra quê?"
Por que não se deixar vulnerável? Por que não correr o risco?
Você se abre pra uma pessoa (existem milhares de jeitos dessa abertura ocorrer) e o que de pior ela pode fazer com você???
O que de pior pode acontecer?
Ainda estou digerindo isso, mas as conclusões que cheguei até agora foram em prol da ideia.
Deixa entrar e vê o que acontece. Mesmo com todos os cuidados que a gente toma nas mais diversas situações da vida, coisas ruins sempre acabam acontecendo com todo mundo, mas pelo menos você se permitiu a novidade, a experiência, a vida!
As inúmeras coisas que a gente perde tentando se preservar, se proteger de um risco imaginário potencial, é um preço muito alto a pagar.