quinta-feira, 27 de fevereiro de 2003

"As relações interpessoais podem ensinar muito mais do que os livros... descobri isso agora, e da pior maneira."

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2003

Estou 'blogando' da biblioteca da FMUSP
Não é o máximo??!!!

sábado, 22 de fevereiro de 2003

Lembram-se daquela pesquisa de blogs que eu estava fazendo? Pois é, achei vários blogs legais, que gostaria de linkar mas estou morrendo de preguiça de avisar os donos dos blogs e acho que não é legal eu colocar sem avisá-los...

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2003

Hoje, pela primeira vez, senti a importância de ser uma estudante de Medicina. Não que eu ache que sou melhor que alguém, mas parece que as pessoas me respeitam mais.
Antes de fazer matrícula na Faculdade, eu havia visitado o Instituto do Coração (Incor) na tentativa de conseguir uma consulta para minha mãe. A única coisa que consegui foi um folheto com telefone para consultas particulares - "consultas pelo SUS só com indicação".
Voltei lá hoje e, além de conseguir passar da recepção, pude falar com um cardiologista influente que me permitiu levar minha mãe semana que vem.
Tem coisas que são legais e outras muito legais.

Tristezas e medos da vida

Que eu sou muito medrosa todos já sabem, mas dessa vez acho que tenho razão em temer. Estou sentindo o maior e mais terrível dos medos: o de perder a minha mãe.
A cada dia, a doença dela se torna mais grave e com menor chance de recuperação (o último médico que ela consultou disse que não há mais nada a fazer, além de esperar).
Nunca pensei que eu fosse sentir algo parecido... é desesperador. Não sei o que fazer, o que pensar, como ajudar... Estou naquela fase de achar tudo nela maravilhoso - ouço-a falando e penso: "ela tem uma voz tão linda", vejo-a caminhando: "ela tem um jeito tão especial", deito em seu colo: "ela é tão carinhosa", mas sei que não é por muito tempo que a terei ao meu lado. Esses dias, na alegria de ter entrado na faculdade, soltei a frase: "eu queria tanto que minha mãe me visse me formando, mas isso talvez não será possível". Muito triste!!!
É nessas horas que me dói mais eu ser tão sozinha... não tenho ninguém com quem possa dividir essa dor tão grande, ninguém para me ouvir, nem para me ajudar, ou apenas um ombro onde eu possa chorar...
E a novela... ainda nem pude assistir. E, pelo jeito que as coisas andam, nem vou poder. Na verdade, assisti a uns 5 minutos na terça, mas não me interessei muito e acabei indo fazer algo mais útil (dormir)...
Semana na Faculdade de Medicina

Semana de recepção de calouros é só alegria: churrascos, festas, pedágio (com campanha de doação de sangue), muita tinta e farinha, mas nada de piscina (é claro).
Até terça minha ficha ainda não tinha caído. Eu ainda não havia tomado consciência que tinha me tornado aluna de Med da USP. Tanto que, na terça, acordei achando que tudo que tinha vivido no dia anterior (fiquei na facul das 8:00 às 22:15) tinha sido apenas um "sonho maluco". Só no segundo dia percebi que era real, que dali pra frente tudo ia mudar.
Até hoje pela manhã, ainda estava na fase de encantamento achando tudo lindo e maravilhoso, mas ao entrar no Instituto de Química, numa visita monitorada à Cidade Universitária, hoje, percebi onde fui "amarrar meu burrinho". Fiquei assustadíssima com aquela professora de Bioquímica que disse: "entrem no site, procurem o assunto da aula, leiam, se virem porque semana que vem chamarei um grupo de alunos para discutir o caso que leram". O quê???? Discutir caso???? Que caso???? Nós ainda não tivemos nenhuma aula e a tal professora quer que discutamos um caso... maluquice total. Eu tô achando que isso é trote mas me avisaram para não brincar com essa professora, mesmo porque ela tem nesse semestre 40 alunos de DP - e eu não quero ser uma das que ficará também.
Estou assustada, mas vamos ver no que vai dar...

Amigos???

Faz quase uma semana que estou me perguntando qual é o problema comigo. Será que sou uma pessoa tão desagradável assim? Será que pareço ter alguma doença contagiosa? Ou será que é a péssima amizade que passo que faz com que ninguém queira estar perto de mim?
Domingo passado, mais uma vez, tentei reunir meus 'amigos' em casa e, como sempre, foi um desastre. Dessa vez, o problema ocorreu porque só apareceu uma pessoa (a Camillinha), das 15 que eu havia convidado.
Meu pai, com todo o prazer, foi para a cozinha, fez uma deliciosa feijoada para que eu recebesse meus amigos para comemorármos minha entrada na faculdade e... todo mundo me deu "o bolo".
Eu até entendo que alguns tinham compromissos (e me disseram isso), mas o que eu não entendo é por que alguns confirmaram a presença, não apareceram e sequer deram satisfação. No dia anterior ao almoço, eu telefonei a todos, na tentativa de confirmar, alguns disseram que não poderiam (tudo bem) mas outros disseram que iria com certeza, que não faltariam por nada...
Poderia dizer que eu entendo, que está tudo bem, mas eu não entendo não. Fiquei profundamente chateada, principalmente caom minhas (supostas) amigas mais chegadas. Começo a pensar que eu realmente sou uma pessoa sozinha.
Acho que acabei de inventar uma nova categoria de amigas: as "quase-amigas" - pessoas de quem gosto mais do que simples colegas mas tenho dúvidas se posso contar com elas sempre. Pensando bem, o fato de não poder contar 100% já retira delas o título de amigas... acho que estou confusa.
É... relutei em aceitar, fiquei irritada quando ouvi isso da Patricia (psicóloga)mas acho que realmente não tenho tantas amigas como imaginava. É algo tão óbvio (passo maior parte do tempo sozinha, quando tenho um problema não tenho para quem pedir ajuda ou para me ouvir a qualquer momento) mas custei a aceitar. Preciso, novamente, rever meus conceitos e minhas atitudes - o problema está comigo, é claro, só não sei qual é.

"Estou com a maior dor da alma."

Obs.: Toda essa reflexão não é apenas baseada no almoço. Ele foi apenas a gota d'água.

sábado, 15 de fevereiro de 2003

Sugestão

Leiam a entrevista publicada na Revista Veja dessa semana no link: Entrevista.
É sobre um médico, Dr. Geoffrey Kurland, diretor da divisão de pneumologia pediátrica do Hospital de Pittsburgh, nos Estados Unidos, que sobreviveu ao câncer e diz que agora vê os pacientes com outros olhos.
É bastante interessante e lembra um pouco a história do Dr. Alex Botsari, autor do livro Sem Anestesia (apesar de terem opiniões contrárias sobre Medicina Alternativa).

Vale a pena!!!
Momento romântico

Música de Gilberto Gil (?)

"Há de surgir
uma estrela no céu cada vez que você sorrir
Há de apagar
uma estrela no céu cada vez que você chorar
O contrário também bem que pode acontecer
De uma estrela brilhar quando a lágrima cair
Ou então de uma estrela cadente se jogar
Só pra ver a flor do seu sorriso se abrir"

Lindíssima mas até hoje só a ouvi duas vezes (nenhuma por inteiro).
Se alguém souber a verdadeira autoria, o nome da música ou o restante da letra, por favor, me mande.

Nutrição Poupular

Essa foi a matéria de hoje do Globo Repórter. Ótimo!!! - "O Globo Repórter revela que já é possível substituir receitas médicas por receitas culinárias. O programa mostra como os alimentos podem combater doenças e melhorar a sua saúde sem pesar no seu bolso." (Copiado do site do programa)
Quando assisto esse tipo de programa me dá uma vontade de estudar nutrição também (aliás, também passei no vestibular da Unip para nutrição - OK, nenhum mérito por isso).
Minha mãe vive me perguntando como é que vou ser médica se sou contra a utilização de remédios. Mas, na verdade, não sou contra a utilização e sim contra tomar comprimidos a toda hora por qualquer bobagem. "Tá com dor de cabeça? Tomo isso que passa. Pegou um resfriado? Toma aquilo que sara rapidinho. Sabia que tomar vitamina C é ótimo?" - nada contra quem faz isso mas eu prefiro preservar meu corpinho com o mínimo de drogas possível. Pra mim, funciona muito melhor dormir mais, melhorar a alimentação e o estresse, caminhar ou fazer meditação para diminuir a dor de cabeça do que tomar um comprimido; repouso para resfriado e laranja (e outros alimentos) para a vitamina C. Em relação aos meus futuros pacientes... ainda não sei como vou guiar minha carreira. Pode ser que daqui uns meses eu aceite os remédios como o melhor tratamento para tudo (acho bem difícil), pode ser que até lá eu encontre formas para associar medicação e alimentação nos tratamentos, ou pode ser que eu simplesmente resolva seguir a vontade do paciente (na medida do possível) receitando remédio para quem preferir e mudança de hábitos para os outros (nos casos mais simples). [Eu sou muito maluca mesmo, não sou?! Ainda nem tive minha 1ª aula na Facul e já estou discutindo o tratamento de pacientes, com a maior ignorância do mundo!!!]

Bom, pra quem não pôde assistir ao programa ou pra quem tiver interesse em maiores informações, visite o site e delicie-se.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2003

Só hoje me dei conta que não escrevi no blog que passei na Unesp. Quando eu disse qua não dava a mínima importância para essa lista ninguém acreditou achando que eu ia me sentir mais inteligente por ter passado lá também.
Pois é, não fez a menor diferença para mim (é claro que faria diferença se eu não tivesse passado nas outras mas como não foi isso que aconteceu...). Na verdade, só fiquei sabendo que tinha passado porque a Ju me ligou para dar parabéns.
Mas, já que resolvi escrever sobre isso, fica registrado que passei na 1ª lista de Unesp (aquela faculdade que faz uma prova razoavelmente fácil e decidi quem vai entrar em Medicina por meros detalhes e décimos de pontos - deixando muitos ótimos candidatos reprovados e alguns não tão bons aprovados).

Nossa, acabei de ter um pensamento absurdo: "será que meus filhos vão ler esses posts algum dia?". Nunca tinha pensado no futuro dos meus posts mas até que essa seria uma boa idéia...


Estou adorando os e-mails e comentários que estou recebendo sobre a nova cara do blog e me dando os parabéns pela minha entrada na FMUSP. Brigadão pessoal.

Hoje é um dia histórico: pela primeira vez andei de trem. Parece bobeira mas eu morria de medo porque achava que era muito perigoso (por causa da violência). [Aliás, sou muuuuiiiiito medrosa, às vezes até eu me irrito com tamanha covardia - como no dia que fui à FMUSP com a Ju e ela me fez pegar o metrô para irmos ao Etapa. Quase morri lá dentro e passei a maior vergonha - tenho pavor de andar metrô.]
O trem é tão agradável... claro que não é nada perfeito (afinal, estamos em Sampa) mas tem até ar condicionado e música ambiente (alguns). Acreditam que levei 11 minutos para ir da Berrini à Cidade Universitária e, apenas 25 minutos da Cidade Universitária à Santo Amaro - marcos históricos na minha vida. Em pensar que da primeira vez que fui lá (para fazer um trabalho de Administração para o colégio), o Alan cabeção me fez pegar 2 ônibus, andar 2km, gastando 3 horas para chegar ao mesmo lugar.

Falando da minha visita à USP (calouro é foda: se mete onde não é chamado, faz um monte de besteira, se perde por andar sozinho onde não conhece - tem vergonha de perguntar porque imediatamente o identificariam como bixo - e, depois, não quer ser zuado... ' vô te fala' ), meu plano era fazer a carteirinha de passe e voltar para casa, mas obviamente não foi isso que aconteceu.
Primeiro porque me perdi tentando achar a Coseas (onde tinha que ir para fazer a carteirinha). Fiquei vagando em torno do Cepê, entrei no Crusp (eta lugarzinho esquisito), fui sair no Cinusp para então encontrar a tal rua do Anfiteatro e posteriormente achei a minúscula portinha onde eu tinha que ir. O legal foi que depois que sai e andei até o ponto, encontrei um calouro todo perdido procurando a Coseas e, com maior orgulho, pude indicar o caminho.
Depois, ao invés de voltar para casa, decidi pegar o Circular e literalmente dar uma volta na USP. Encontrei lugares muito legais como a Casa de Cultura Japonesa (onde pretendo levar minha irmã), o HU (que achava que era um mito, mas existe de verdade - apesar de não ser aquela beleza que alguns dizem), o ICB entre outras. O problema [Quem ver a ignorância da caloura?] é que não consegui achar o tal ICB IV e nem consegui descobrir o que é esse tal de Barracão onde vou ter aula. [Provavelmente, semana que vem eu vou saber e, depois que eu conseguir parar de dar risada da minha cara, eu escrevo um post contando].
Acabei rodando por todo lado e só voltei pra casa às 18:30 (detalhe: tinha saído às 14:00).
Apesar da canseira e do calor foi ótimo sair de lá um pouco mais conhecedora dos confins da Cidade Universitária. Espero poder fazer passeios assim mais vezes (mas vai demorar).

Tive tantas idéias durante o dia sobre o que escrever mas parece que elas fugiram, como sempre. Vou tentar me lembrar e ir escrevendo com calma, enquanto tento melhorar o template e consertar os erros.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2003

Aeeeeeeeeeeee!!!

Consegui editar o template em uma madrugada. Agora, preciso saber o que acharam.
Eu sei que vocês não gostam muito de se manifestar mas, por favor, eu estou implorando que me escrevam opiniões sobre a nova cara do blog. Ficou feio, legal, podre, bom (mas pode melhorar) ...?
E, se encontrarem algum erro (além das páginas de arquivo e das cores das fontes ao lado, que pretendo arrumar em breve), me avisem, por favor.
Não deixem de dar opinião - mesmo que seja uma dura crítica... eu agüento.

Ah, Rafael A., estou esperando por seu e-mail... gostaria muito de saber mais sobre você e sua luta para o vestibular. Não deixe de escrever, tá?

Agora que já sei onde vou estudar posso começar a reorganizar minha vida, por isso, hoje à tarde volto para a casa da minha avó. Sendo assim, não poderei mais atualizar meu blog diariamente mas pretendo fazer isso semanalmente, no mínimo (pelo menos nessas primeiras semanas incertas).

Ah, ainda não consegui ler os blogs que encontrei na minha aventura pela net, mas assim que puder indico os mais legais para vocês.

Meus arquivinhos (Veja nuvens passadas) estavam cheios de problemas e eu nem sabia.
Acabo de conseguir consertar alguns defeitos e republicá-los, mas não os editei.

Ai... queria tanto trocar esse template, agora que entendo um pouco mais, mas dá tanto trabalho que até me desanima.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2003

Um dia muito especial:

Acordei com o telefone tocando, eram amigos me parabenizando pela aprovação na Unifesp:
- Vimos seu nome no jornal. Parabéns!!!
- Obrigada, mas o que eu mais quero ainda está por vir.
Passei o dia ansiosa, esperando que o relógio marcasse 16:30h, mas parecia que ele andava mais lentamente. Comi bem, vi TV para tentar esquecer o tempo mas foram tentativas frustadas... Greve de ônibus, acaba ou não? Preciso sair.
Notícia: ônibus circulando normalmente. Ufa! Menos um problema, mas não menos ansiedade.
Finalmente os ponteirinhos chegaram na posição tão aguardada. Saí sob o calor quase insuportável de 38ºC.
Nova espera: pelo ônibus - no meio do nada, onde só há uma linha - e um homem, no ponto, me diz que o ônibus acabara de passar. "Ai, por que não peguei carona com minha mãe até a civilização (av. Interlagos)?"
Depois de 15 minutos de espera ("Até que não foi muito"), o grande e barulhento ônibus branco aparece na ladeira. Sentei para admirar a paisagem de 1h15min de viagem até a av. 23 de maio.
Cheguei, desci do busão, subi as escadas do Centro Cultural SP com as pernas tremendo e o coração acelerado. Tentei diminuir a tal ansiedade entrando no CCSP para pegar a "Agenda Cultural" do mês. Não adiantou. Passos acelerados até o Etapa (percurso de 15min, fiz em 7min).
Ao virar a esquina, ainda um pouco distante, vejo aquele monte de cabecinhas na calçada em frente ao meu local de destino. Procuro por rostos conhecidos e, ao me aproximar, quase chorando, encontro a Carol (com a família, o Luciano e a Larissa) que também havia passado na Unifesp: "Parabéns!".
O terrível comunicado de mais uma longa e tenebrosa espera: as listas chegariam por e-mail às 19:00h, ainda seriam impressas para depois serem afixadas no pavimento J (lá em cima).
Espero... bato o pé... danço... rôo a "Agenda Cultural" - não rôo as unhas porque estavam pintadas bonitinhas de verde.
"Vamos para frente do cursinho?" Fomos... "Olha a Ju... Oi Ju, parabéns". Minha amiga Juliana e a família (inclusive seu irmão de lindos olhos que ela nunca havia me apresentado), nervosíssima.
Passa o Baratinha (prof. de Química): "Passaram na Unifesp? Vamos ter que pintá-las". Eu não queria pois meu rosto estava sendo guardado para a USP... deixei escrever "Medi" em minha testa, "Unifesp" em uma das bochechas, "Bichete" no braço e desenhar um benzeno em meu pescoço.
"Meu Deus... são 19:00h... vamos subir". Subir? Impossível!!! O corredor estava cheio de gente querendo subir e, para complicar, nos proibiram de usar a escada... tem que ser de elevador. "Incrível... nunca nos deixaram usar o elevador, obrigando-nos a subir trocentos degrais 2 ou 3 vezes por dia e, agora que queremos subir pela escada, não podemos." Mais espera...
Depois de não sei quanto tempo, finalmente subimos. A lista??? Ainda não estava lá!!! Espera de novo...
Tumulto... gritos... protestos... retiram as divisórias... mais tumulto... empurra-empurra. Eu, segurando as mãos da Carol e da Ju, esmagada entre os milhares de desesperados, consegui chegar à lista... Procura... a Carol passou na Pinheiros... procura... e, finalmente, o momento mais esperado... "PASSEI!!!" - Passamos eu, a Carol, o Luciano, a Ju e outros da minha sala.
Sou incapaz de descrever os momentos que se seguiram... foi algo como uma mistura de gritos, pulos, "vamos pintar seu rosto", filmagem, foto, "preenche esse formulário de autorização de utilização de imagem", cola broche "Virei Bicho - Etapa 2003" e muitos "Parabéns!!!".
Descemos para falar com os pais das meninas e, na porta, vários alunos da Pinheiros: "Quem são nossos calouros? Vai rolar uma festa pra vocês lá na Atlética. Muito Louco. Vocês tem que ir." Não podíamos. Alguém identificou em nosso rosto a palavra "Unifesp": "Credo... Apaga isso imediatamente!!!" Apagar?? Nem pensar. Vou estudar na USP mas não desprezo a Unifesp, foram enormes conquistas.
Volta pra casa - 20:20h - todos na rua olhando minha cara toda escrita e esverdeada e meus braços pintados de vermelho e dando risada (Ainda bem!!!). Ônibus lotado, todos me estranhando... Que bom!!! Também esperava por esse reconhecimento... aquela vontade de gritar para todos "Passei na Fuvest, sou estudante de Medicina da USP".
Cheguei em casa... mais festa... meus pais e irmãos muito felizes e querendo contar para todo mundo.
"Que dia especialmente maravilhoso!!!!!"


Mas, como eu previa, não caiu a ficha direito... não parece que é verdade... ainda nem conegui chorar, apesar de sentir vontade.

PASSEI NA PINHEIROS!!!
PASSEI!!!!
PASSEI!!!!
Finalmente sou uma futura médica e calourinha da Mi

terça-feira, 4 de fevereiro de 2003

Aventura por blogs desconhecidos

Nesta quente e feliz madrugada estive (aproveitando meus últimos dias de casa da mamãe) navegando na internet para descobrir blogs diferentes. Iniciei minha aventura pelo Eat on web e acabei por cair em blogs interessantíssimos, sobre os mais variados assuntos.
Infelizmente, já é muito tarde (na verdade, é muito cedo, quase de manhã) e por estar exausta não consegui passar da letra "d" das páginas em português e nem li tudo que desejava dos blogs em que entrei. Mas, amanhã, se estiver em condições físicas e psicológicas (a dúvida é por causa da lista da Fuvest) continuarei minha aventura.
Prometo relatar tudo depois e indicar páginas legais para vocês também se divertirem e se informarem.
EXTRA! EXTRA!
Em primeiríssima mão:

PASSEI NA UNIFESP PASSEI! PASSEI!
Nem consigo acreditar... depois de tanta luta.
Mal consigo respirar, não sei se dou risada ou se choro... esperei tanto para ver meu nominho lá...

Agora, é só esperar pelo meu maior sonho - passar na USP. Amanhã à tarde, sai a lista no cursinho e, é claro, estarei lá para conferi-la. Mas, aconteça o que acontecer, minha vaga na faculdade de Medicina já está garantida.


E, para a Juliana, minha companheira de luta e, agora, colega de faculdade: PARABÉNS! PARABÉNS! PARABÉNS!

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2003

Fiz um post no Seja Cidadão sobre algumas críticas que ando recebendo em relação ao meu lado "engajada" socialmente e à idealização daquele blog. Gostaria muito que lessem.


Tentativa de filosofiar com minha ignorância

Hoje, assisti a reportagens sobre aquele garoto do interior que entrou numa escola atirando e se matou, depois de ferir várias pessoas, e sobre o médico que esquartejou sua paciente.

Pelo que disseram, o garoto era humilhado por muitas pessoas, desde à infância, por ser gordinho e, depois que emagreceu, passaram à zuá-lo por ser magro. Além disso, idolatrava Hittler e guardava diversas armas (facões, revólveres, espingardas) e muita munição em sua casa (sem que os pais vissem ou se importassem).

O médico estava sendo perseguido a meses pela mulher, que inclusive o ameaçava, tendo feito vários boletins de ocorrência. Diz-se que ela armou uma rede de espionagem para vigiá-lo e que vivia procurando-o pois não aceitava o fim do relacionamento que haviam tido.

Não sei quais informações são verdadeiras mas, quando ouço histórias assim, fico me perguntando até que ponto a pressão da sociedade pode promover tais atitudes. Não estou tentando justificar os crimes e sei que pressões piores ocorrem em todo lugar a todo momento sem que aja assassinatos, mas talvez se tivessem sido amenizadas, os crimes não ocorreriam.

Será que muitas pessoas, diariamente, evitam que violências ocorram, amenizando as pressões da sociedade?