quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Bom novos ventos finalmente!

Estava chateada com meu início de internato. Poxa! Comecei na Pediatria, era para eu estar adorando, feliz da vida, mas... eu não estava gostando, estava chateada e fiquei de saco cheio já nos primeiros dias (no ambulatório, então... estava um desastre).
Até que tive que ficar de plantão sábado das 7h até domingo às 10h. Direto!
E AMEI!!! Foi muito legal poder "cuidar" dos pacientes, conhecê-los de verdade, ir lá quando estão passando mal, brincar com eles quando estão se sentindo bem... no dia-a-dia a gente só os vê pela manhã (cada aluno vê 2 ou 3 pacientes) durante 10 minutos e depois é só preenchimento de papel, discussão dos casos, teoria.
Na segunda-feira, tive um caso complicado no ambulatório, criança com pai usuário de drogas, diversas queixas. Intrigante. Interessante.
Na terça, foi o auge. Discuti um caso no ambulatório com uma médica que eu não conhecia (tinha acabado de voltar de férias) e foi realmente sensacional! Percebi que o que faltava para mim nas discussões era o tal do "feeling". Queria que me cobrassem atenção, cuidado, interesse (e não que me ensinassem fisiopatologia, como estavam fazendo). Para aprender sobre uma doença, posso abrir o livro e ler. Mas, para aprender como orientar o paciente de forma que ele entenda o quanto é importante a mudança de hábitos ruins, para aprender como perguntar, o que perguntar, como construir e trabalhar o CENÁRIO, só no atendimento, só discutindo e aprendendo com os mais velhos bons. E foi isso que, finalmente, aconteceu.

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