Bom novos ventos finalmente!
Estava chateada com meu início de internato. Poxa! Comecei na Pediatria, era para eu estar adorando, feliz da vida, mas... eu não estava gostando, estava chateada e fiquei de saco cheio já nos primeiros dias (no ambulatório, então... estava um desastre).
Até que tive que ficar de plantão sábado das 7h até domingo às 10h. Direto!
E AMEI!!! Foi muito legal poder "cuidar" dos pacientes, conhecê-los de verdade, ir lá quando estão passando mal, brincar com eles quando estão se sentindo bem... no dia-a-dia a gente só os vê pela manhã (cada aluno vê 2 ou 3 pacientes) durante 10 minutos e depois é só preenchimento de papel, discussão dos casos, teoria.
Na segunda-feira, tive um caso complicado no ambulatório, criança com pai usuário de drogas, diversas queixas. Intrigante. Interessante.
Na terça, foi o auge. Discuti um caso no ambulatório com uma médica que eu não conhecia (tinha acabado de voltar de férias) e foi realmente sensacional! Percebi que o que faltava para mim nas discussões era o tal do "feeling". Queria que me cobrassem atenção, cuidado, interesse (e não que me ensinassem fisiopatologia, como estavam fazendo). Para aprender sobre uma doença, posso abrir o livro e ler. Mas, para aprender como orientar o paciente de forma que ele entenda o quanto é importante a mudança de hábitos ruins, para aprender como perguntar, o que perguntar, como construir e trabalhar o CENÁRIO, só no atendimento, só discutindo e aprendendo com os mais velhos bons. E foi isso que, finalmente, aconteceu.
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