domingo, 21 de março de 2004

Decidi encerrar o blog...
                            Por diversas razões que tento agora expor a todos os amigos:


         1) Era para o "Nuvens" ser um entretenimento, um espaço para diversão e troca de informações. Mas (finalmente!) percebi que ele se tornou muito mais que isso para mim. Ele se tornou uma parte extremamente importante na minha vida, quase como um filho, alguém com vida própria.

          2) Não sei mais se continuo tão disposta a aceitar as conseqüências de tanta exposição como antes. Já não sei mais se o ganho esta sendo maior...

          3) Nesses poucos últimos meses mudei muito, amadureci pra caramba e, definitivamente, entrei numa nova fase, a qual ainda preciso conhecer, aprender... Quando me refiro a uma nova fase não estou dizendo naquele sentido que eu costumava usar como em "fase da diversão" ou "fase do luto". Eu me refiro a uma nova de vida. A quinta fase da minha vida (acho eu). Poderia dividir em:
                    - até os 6 anos
                    - dos 6 aos 11 anos
                    - dos 11 aos 18 anos
                    - dos 18 aos 21 anos

          4) Preciso aprender a me abrir com as pessoas e não só com o computador. É muito fácil chegar na frente de uma tela e escrever sobre a vida. O difícil é olhar nos olhos de outra pessoa e falar... E é essa uma das coisas que estou tentando aprender agora. Quero realmente aprender. Mas nãovou me esforçar o suficiente se continuar tendo esse refúgio...

          5) Preciso de mais tempo para estudar, reestruturar minha vida, me cuidar, trabalhar no CA, dar plantão no cursinho comunitário, fazer minhas ligas e, deixando o blog, não tendo mais essa compulsão por escrever e ler os de amigos, poderei me concentrar melhor em mim e nas minhas atividades.

É hora de voar por outros horizontes, mais alto, mais longe!!!


          Quem quiser manter contato, pode me mandar e-mails para o endereço do blog (blognuvens@yahoo.com.br) que prometo responder.

          Vou manter os arquivos ativos (até quando o blogger permitir) porque gosto muito de tudo isso... os momentos mais importantes da minha vida nesses últimos anos estão relatados aqui e isso para mim é uma riqueza imensa que eu gostaria de preservar.

                                                                  Um enorme beijo a todos!

segunda-feira, 15 de março de 2004

Nossa, como tô sensível...
     Fico me perguntando (e perguntando para os outros também, lógico!): "o que se faz quando sente muita saudade?"...
     O que eu faço para a saudade passar?
     Saudades de que exatamente?
     Não sei direito... tenho muuuuitas saudades da minha mãe e das vezes que eu chegava na casa da minha vó com saudades e ligava para mamãe para perguntar como estava ou para pedir bolo de cenoura... saudade das vezes em que eu ia para casa dela, deitava naquela cama de casal dura e dormia enquanto ela assistia tv (e logo dormia também)... saudades das mãos delas (que eu tanto invejva)...     tenho saudades de abraçar certa pessoa, de ficar do lado conversando, de ver aquele sorriso lindo para mim... e agora a gente quase nem se vê...     tenho saudades de tantas coisas que nem sei mais de que... Eu deveria viver o presente mais do que o passado, mas nesse momento, num tá dando... sabe quando aquilo vem numa intensidade incontrolável e você num sabe o que fazer para passar o aperto...
     Nunca como agora tive tanto carinho e reconhecimento de alguém como estou tendo da Patricia, nunca tive tantos e tão bons e carinhosos amigos, nunca estive em contato tão próximo de pessoas tão legais., nunca tive tantas oportunidades...
     Mas, mesmo assim, mesmo com todas as coisas boas que estão acontecendo na minha vida, não consigo não sentir saudades...
     E tenho chorado por qualquer coisa, principalmente pelas tristes histórias de amor que não dão certo por causa do medo do novo. E choro por me sentir tão pequena nesse mundinho tão grande... e me sentir tão sozinha enquanto estou rodeada de tanta gente...

     Hoje, ao passar em frente ao hospital, olhei aquelas janelinhas e imaginei o quanto de gente não deve ter lá dentro, em cada uma delas, sentindo-se sozinho, precisando de alguém para conversar, para desabafar... quantas pessoas não devem estar ali sofrendo, sentindo dores horríveis, lutando pela vida... e cheguei a conclusão que é melhor não pensar... (isso é triste).

"Who? Who am I to be blue..."

domingo, 14 de março de 2004

     Música linda, que ultimamente tem me perseguido:

Offer
by Alanis Morissette

Who
Who am I to be blue
Look at my family and fortune
Look at my friends and my house

Who
Who am I to feel deadend
Who am I to feel spent
Look at my health and my money

And where
Where do I go to feel good
Why do I still look outside me
When clearly I've seen it won't work

Is it my calling to keep on when I'm unable
And is it my job to be selfless extraordinary
And my generosity has me disabled
By this my sense of duty to offer

And why
Why do I feel so ungrateful
Me who is far beyond survival
Me who see life as an oyster

Is it my calling to keep on when I'm unable
And is it my job to be selfless extraodinary
And my generosity has me disabled
Why this my sense of duty to offer

And how
How dare I rest on my laurels
How dare I ignore an outstretched hand
How dare I ignore a third world country

Is it my calling to keep on when I'm unable
And is it my job to be selfless extraodinairy
And my generosity has me disabled
By this my sense of duty to offer

Who
Who am I to be woo



Oferecer
por Alanis Morissette

Quem, quem sou eu para entristecer?
Diante de minha família e sorte
Diante de meus amigos e minha casa

Quem, quem sou eu para me sentir sem vida?
Quem sou eu para me sentir esgotada?
Diante de minha saúde e meu dinheiro

E onde, aonde eu vou para me sentir bem?
Por que eu ainda procuro externamente?
Quando está claro que isso não funcionará

Refrão:
É minha escolha continuar quando sou capaz?
E é meu trabalho ser extraordinariamente desinteressante
e
Minha generosidade me desacreditou pelo
Meu sentimento de dever em oferecer

E por que, por que eu me sinto tão ingrata?
Eu que estou muito além de apenas sobreviver
Eu que vejo a vida como uma ostra

Refrão:
É minha escolha continuar quando sou capaz
E é meu trabalho ser extraordinariamente desinteressante
e
Minha generosidade me desacreditou pelo
Meu sentimento de dever em oferecer

E como, como ouso descansar em minha glória
Como ouso ignorar uma mão estendida?
Como ouso ignorar os países de terceiro mundo?

Refrão:
É minha escolha continuar quando sou capaz
É meu trabalho ser extraordinariamente desinteressante
e
Minha generosidade me desacreditou pelo
Meu sentimento de dever em oferecer

Quem, quem sou eu para entristecer?


     Eu queria muito escrever, mas nem to inspirada...
     Queria falar da maravilhosa noite de sexta com meus amigos da facul num rodizio de pizza. Nunca comi tanto na minha vida. Nunca tinha visto tanta emocao naqueles lindos olhinhos verdes... Eh bom fazer as coisas com amor para as pessoas, ne? Eh muito bom ter amigos especiais...
     Queria contar da minha nova vida como moradora de uma "republica". Nao eh uma republica de verdade mas eh bem parecida. E ta sendo tao bom.
     Queria contar sobre o sonho estranho que tive com o diretor da faculdade, a coordenadora, as secretarias, algumas piscinas, um lindo jardim e um importante pedido: "Voce faria mesmo isso por mim?". Apesar de ter sido uma promessa de sonho, eu vou realmente fazer. Eu nem tinha pensado nessa solucao para o problema, mas agora que ela apareceu, nao custa nada...
     Queria falar da carencia que estou sentindo. Engracado... eu nunca fui tao bem tratada, nunca recebi tanto carinho quanto to recebendo esses dias mas sinto cada vez mais falta de abracos... Por que?
     Arrumei um montao de irmaozinhos na facul (sao eles que tem me dado tanto carinho). Eh engracado a maneira proxima que estou lidando com eles. Eu nunca fui muito disso. Ficar abracando, deitar no colo, fazer e receber carinho, dizer "estou carente". Ate ouvi (duas vezes) esses dias: "Estou todo suado, nojento, acabei de vir do treino". E, nas duas vezes (para pessoas diferentes), respondi "Eu nao me importo". E dei um enorme abraco...

     Queria escrever sobre um montao de coisas, mas realmente nao to inspirada e to afim de ir embora da casa do meu pai (estou esperando a chuva passar).
Que saudades da mama...

sexta-feira, 12 de março de 2004

Olha só o e-mail que acabei de receber (eu tinha que registrar):

"De: Professor de Anatomia
Para: M...
Data: 12/03/2004 11:55
Assunto: prova digestório

Oi M...

infelizmente você não foi aprovada e nem tirou a nota mínima para fazer
recuperação
da disciplina Anatomia Sistema Digestório
Recomendo fazer matrícula regular quando a disciplina for oferecida no segundo
semestre."


Pois é... a que ponto cheguei??? Devo ter tirado algo próximo de 0,30 numa prova que valia 10,0...
E depois de longa caminhada, com muita ansiedade, entrei na sala onde havia aquele monte de aparelhos para comunicação. Eu tinha uma "carta" na mão. Uma carta moderna. Preta. Uma carta que não era para mim. Um lindo ato.
Sentei em frente à máquina e li e me vi ali e lembrei e chorei.
Aquilo me tocou de uma forma... Eu já sabia sobre o que era, eu já conhecia a história contada mas eu nunca imaginei ela escrita dessa forma, com tamanha sensibilidade, passando tanto sentimento.
E me senti impotente por não poder ajudar para o final ser feliz...
E me senti triste pela tristeza...
E me senti feliz por existir pessoas tão especiais quanto esse escritor apaixonado...
E senti medo de sofrer assim... de ter uma história triste assim, onde a razão vence o coração...
E senti esperanças de um dia ter uma história bonita assim, mesmo que eu sofra.
Porque finalmente aprendi que por mais triste que seja o fim, por mais sofrimento que ele cause, se conseguimos aproveitar o meio, tudo já vale a pena.

Como Romeu e Julieta que poderiam ter vivido até os 80 anos, se separado para casar com outras pessoas, ter tido filhos, netos... mas que nunca teriam sentido a pureza do amor, que nunca teriam vivido com tamanha intensidade, que não teriam essa história linda para ser contada.

É melhor morrer por um sonho ou por um ideal do que ser infeliz a vida toda, sentir-se frustado, derrotado.

E eu quis responder ao escritor, quis achá-lo, mas não sabia como. Passei um tempão procurando seu endereço moderno em listas e mais listas desse aparelho de comunicação mas foi uma busca inútil... eu sequer sabia o nome completo dele... E na distância e no anonimato, amei aquela alma doce e, como havia lhe dito no dia anterior, num momento de paz como nunca tinha tido antes, desejei com todas as minhas forças ser, um dia, amada assim por alguém tão especial como ele.

E as únicas coisas que me pergunto agora são: onde está o segundo ato? E como será o terceiro? E o quarto?
Finalmente alívio!
Acabo de fazer a última prova da semana. Vamos fazer uma recapitulação e incluir os resultados:
- Quarta - Anato Dig - depois de ter passado um dia todo estudando, ter ficado até de madrugada vendo alças intestinais, depois de finalmente ter aprendido o que são as tais tênias, fiz a maldita, fui muuuuito mal (como deu pra notar pelo mail quer recebi e publiquei no post anterior), peguei DP... mais um curso para acompanhar com a 92!
- Quinta - Fisio Dig - depois de não ter estudado quase nada, ter saído para passear com a Lê a manhã toda antes da bendita... cheguei lá, esperando por uma prova teórica, que cobrasse esquema e me deparei com uma prova extremamente simples, onde tudo que eu tinha que fazer era grifar a frase errada. Moleza! Tirei 3,0 nessa prova. 3,0!!! E... PASSEI! Felizmente eu tinha ido razoavelmente bem nas anteriores (6,0 e 6,5), graças às minhas amiguinhas que me ensinavam tudo 15 minutos antes, e consegui uma média suficiente para passar. Menos uma matéria com a qual me preocupar.
- Sexta - Genética - depois de um fim de tarde cansativo e estressante na quinta, não estudei quase nada para genética - só estudei o básico e, advinhem... só caiu o básico. Acho que deu pra ir bem (tirando a tal questão de heterozigoto composto que errei inteira por pura bobeira). Me senti segura com a matéria, como se eu tivesse assistido a todas as aulas e estudado minimamente. Ótimo. Mas não pretendo continuar ausente nessa matéria porque senão bombo por falta, por falta de nota nas provinhas e por falta de nota nos casos clínicos... Além do que, principalmente, eu tenho gostado pra caramba da matéria e da professora.

Depois que saí da prova, às 9h30, já iniciei minha nova fase, a de menina estudiosa. Fui pra biblioteca, peguei livro de Microbio (em inglês), desci para pegar minha carteirinha de passe e logo corri para cá (para a sala de computadores) porque eu tinha que ler uma coisa importante... e a ansiedade quase me consumiu... (ver próximo post).

quarta-feira, 10 de março de 2004

Quanta coisa para um dia só...
Acordei umas 8h, no meu quartinho novo (que aliás estou adorando) e estudei mais um pouco para a prova de anato (no dia anterior eu tinha ficado até 1h da manhã estudando). Vi as peçinhas, os músculos, aprendi um montão de coisas...
Às 10h30 fui para facul para uma consulta meio séria (falei de coisas sobre as quais pouquíssimas pessoas sabem e que me angustiam um tanto), depois passei na sala da minha coordenadora preferida e ficamos conversando muito. Ela estava com problemas e me senti um tanto lisonjeada quando ela disse: "senta aí, preciso desabafar". Conversamos a beça, aprendi muito sobre a vida, sobre as relações humanas, sobre política e sobre auto-aceitação. Foi muito bom para nós duas. No meio da conversa apareceu um calouro dizendo que precisava de ajuda porque estava doente. Nós achamos o máximo ele ter ido procurá-la, um ótimo sinal (a imagem dela tá melhorando rápido), mas nisso, infelizmente ela não podia ajudar. Peguei ele pela mão e o levei à alguém que eu sabia que ajudaria prontamente. O coitadinho tava com uma GECA (gastro entereo colite aguda - não sei como se escreve)... um tanto desidratado... teve que ficar lá no hospital tomando um litro de soro.
Voltei à sala da coordenação e continamos a conversa, nossa filosofia sobre a vida, nosso aprendizado, nossa troca. Momento realmente especial.
De lá fui para outra consulta, agora com o PQ e fiquei extremamente chateada e decepcionada com certa postura que ele tomou quando contei sobre uma real preocupação minha. Ele é realmente um idiota. Há tempos que venho desconfiando disso mas hoje tive a confirmação exata. Como pode um médico, ainda mais um PQ agir daquela forma, com tal postura arrogante?
Voltei à coordenadora porque eu tinha prometido que almoçaríamos juntas mas acabamos conversando demais e tive que sair correndo (sem comer) para minha prova de Anato, no além-rio.
Fiz a maldita. Fui muuuuito mal. Eu deveria ter ficado a manhã toda estudando ao invés de conversando mas depois que vi a prova sei que não teria adiantado nada. Cheguei lá, ele pegou uma folha de papel almaço e ditou 6 perguntas... eu não sabia nenhuma por inteiro e de 2 eu não tinha a menor noção. Nunca esperei por uma prova assim. Achei que ia ter peças, questões alternativas, que seria no mínimo parecida com a prova que minha turma fez... ledo engano. Aprendi pra caramba estudando mas acho que não passei. Saí de lá com a quase certeza da DP (só não tenho certeza porque tenho esperanças que ele perceba que aquelas perguntas que ele fez não tem a menor importância para um estudante de medicina - eu respondi tudo relacionando com a prática da minha profissão mas, se considerarmos que o cara é um dentista especializado em ereção, chegamos à conclusão de que ele não me aliviará).
Saindo da prova, passei em casa (nova e linda casa) para trocar o material de Anato pelo de Fisio e fui para facul, determinada a estudar. Logo que entrei, encontrei uns calouros e começamos a conversar. Altas fofocas... foi muito bom. Depois levei alguns deles para conhecer a Casa do Estudante de Medicina (CEM) e ficamos conversando até uma 18h lá. Voltei à faculdade e encontrei minha amiguinha querida com uma carinha... começamos a conversar, começamos a chorar (dessa vez quase não deu pra disfarçar minhas lágrimas). Eu sentia claramente que tinha alguma coisa a mais que eu poderia fazer por ela mas eu não conseguia enxergar o que era. Conversamos, conversamos, pensamos e comecei a ter algumas idéias... que inicialmente não deram certo. Ela foi para o curso que ela tinha e eu fiquei “articulando” para arrumar uma solução melhor. Com a ajuda do meu anjo da guarda número 6 (ah é, esqueci de contar que arrumei mais um anjo da guarda... tão fofo), consegui pensar numa opção e, com toda a cara de pau, que eu não tinha há até muito pouco tempo, consegui uma pequena coisinha.
Foi ótimo enxergar uma luzinha a mais. Até recebi um sorriso de esperança em troca...
Ficamos conversando, bagunçando, comendo, postando até umas 21h30, quando ela foi embora.
Como me senti especial por conhecer pessoas tão boas... a coordenadora, meus amigos, meu novo anjinho (que, aliás, agora pouco ligou preocupado comigo... que graça), minha amiga tão querida mas tão cabeça dura...
Foram aprendizados e tanto...
Observando por cima, parece que fui eu que fui procurada para ajudar (a coordenadora, o calouro doente, os calouros perdidos, minha amiga), mas na verdade foram eles que me ajudaram e muito, me ensinando o valor que tenho por ser eu mesma, a importância da amizade, do companheirismo, da preocupação com o próximo, as inevitáveis diferenças entre os homens e como conviver muito bem com elas, a importância de se ter sofrido há tempos atrás, o que é sensibilidade, o que realmente é inveja, o que é intuição e, principalmente, o quanto ainda tenho para aprender.

Como há muito tempo não fazia, hoje rezei. Simplesmente sentei, juntei as mãozinhas e pedi ajuda... eu precisava de luz, de força e acho que consegui obter.

Ai, que saudades da Amanda... como queria ter falado com ela hoje também...
PRECISO TROCAR DE TEMPLATE URGENTEMENTE!!!

Mas não tenho tempo, por enquanto.

Que horror!
Nossa... poucas vezes fiquei tão sobrecarregada com provas...
Tem Anato Dig amanhã, Fisio Dig na quinta e Genética na sexta. Considerando que ainda nem comeceia a estudar para Fisio nem para Genética, acho que vou ter muuuuito trabalho nas próximas horas.
Para os que convivem comigo, por favor, tenham paciência pois certamente estarei bastante estressada e cansada nesses dias... mas, semana que vem = nova fase.

Estava pensando esses dias (como se tivesse tempo para isso...), ainda me sinto presa aos problemas que vivi ano passado por causa dessas provas que ainda não fiz. De certa forma, ainda não saí do primeiro ano porque ainda tenho provas finais para fazer e isso não me agrada nada nada.
Agora pouco eu estava estudando no CA, veio um menino:
- Ei, moça, que tá fazendo aí atolada de papéis a essa hora?
- Tô estudando pra prova de Anato Dig...
- Anato Dig??? Rec???
- Não. Sub. Não fiz a prova final do ano passado.
- Não fez? Por quê?
- Por quê? (me assustei um pouco com a pergunta porque a maioria das pessoas sabe porque não fiz essas provas) É que... minha mãe morreu algumas horas antes da prova... de madrugada. Vc não sabia?
- Sua mãe? (pausa) Pô, desculpa. Eu não sabia...
Ele sentou do meu lado e "fofamente" perguntou o que tinha acontecido, conversamos um pouco... foi legal. Acho que pela primeira vez consegui falar de forma mais (não totalmente) natural sobre o assunto.

Acho que esse diálogo está presente em mim diariamente. Acho que eu (incontrolavelmente) me pergunto "por que estou tendo que estudar essas matérias de cursos que todos os meus amigos já até esqueceram?... Ah, é mesmo, é porque minha mãe morreu naquela semana de prova."
É complicado estar presa dessa maneira ao passado e acho que por isso não pedi para a professora de Fisio passar a prova para a semana que vem. Eu poderia facilmente ter feito isso, mas não fiz porque não quero mais prolongar essa "jaula". Quero abri-la definitivamente e me libertar dessa angústia que é saber que ainda estou pendurada por provas...


domingo, 7 de março de 2004

Que semana...
Era para ser uma das melhores do ano... acabou sendo uma das mais cansativas.
Não só pelo trabalho que foi exaustivo mas também pelas tantas coisas que aconteceram, pelas tantas confusões dentro de mim, pelas tantas mudanças que fui forçada a fazer...

* no blog
- mudei de template (o outro tava dando muito trabalho para concertar)
- tive que mudar a coluna do perfil, que eu tanto gostava...

* na vida
- mudei de casa (a maior mudança... sai' da casa da minha vo e fui para um apartamentozinho perto da faculdade
- mudei de "moral" – sem comentários (quem viu viu, quem não viu perdeu o "show" de sexta)
- mudei de idéia – quanto a varias coisas da vida
- mudei de humor – varias vezes – de bom para ruim de ruim para péssimo, daí para mal, depois melhorei um pouco mais... e assim seguem os dias

Senti que depois de um momento de aceitação, depois de todas as confusões do ano passado e desse inicio de ano, agora estou tendo que, forçadamente, passar por mudanças na minha vida, conseqüências dos acontecimentos fortes de toda uma vida... Por que tudo na mesma hora?